Mais cinco cidades entram em situação de emergência devido à estiagem em Pernambuco

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nessa quarta-feira (26), a situação de emergência em mais cinco cidades de Pernambuco que enfrentam a estiagem. Estão na lista as cidades de Ibimirim, Limoeiro e São Bento do Una, no Agreste, e Serrita e Trindade, no Sertão.

Com esses novos reconhecimentos, o número de municípios pernambucanos em situação de emergência devido a desastres é de 81. Em todo o País, são 1519. As cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

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ONS autoriza aumento da vazão na Barragem de Sobradinho

(Foto: André Schuler/Chesf)

A vazão da barragem de Sobradinho foi aumentada neste começo de setembro. O motivo é a transferência de energia entre os estados e foi autorizado pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), já que há problemas na geração de energia no país.

Atualmente o reservatório está com menos de 50% da capacidade (exatamente 47,63%), tendo o menor índice do subsistema São Francisco. Mesmo assim, haverá mais água saindo do que chegando, porque a vazão foi aumentada para 1.300 m³/s, para ajudar a manter o nível mínimo da Reserva de Itaparica.

Governo da Bahia reconhece Situação de Emergência em Casa Nova por conta da estiagem

(Foto: Reprodução/Site da prefeitura de Casa Nova)

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), reconheceu nessa quinta-feira (7) a Situação de Emergência no município de Casa Nova (BA), por conta da estiagem que afeta a cidade. O Decreto n° 19.680/2020 é válido por 150 dias, a contar de forma retroativa em 27 de abril.

Nessa data a Prefeitura decretou Situação de Emergência, agora reconhecida pelo Estado. Com isso, Casa Nova poderá receber ajuda estadual no enfrentamento à seca. O município não informou as localidades mais afetadas pela estiagem.

Garantia Safra: Prefeitura de Petrolina afirma que Estado atrasou repasse da última parcela

(Foto: Ascom/PMJ)

A última parcela do Garantia Safra está atrasada em Petrolina. Segundo nota enviada pela Prefeitura nessa segunda-feira (16), o Governo do Estado não depositou o valor ao município, deixando os agricultores contemplados com o benefício desassistidos.

De acordo com a gestão municipal o valor a ser pago nesse final de ano “não será depositado aos trabalhadores porque o governo estadual não efetuou o pagamento da última parcela, prejudicando assim, o repasse do benefício em todo o Sertão pernambucano”.

O benefício é pago a agricultores prejudicados com o período de estiagem. O Blog Waldiney Passos entrou em contato com o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, para saber o que aconteceu. Seguimos aguardando uma nota da pasta.

Devido à estiagem, Governo da Bahia decreta Situação de Emergência em Casa Nova

Governo reconhece Decreto Municipal publicado no final de outubro

O Diário Oficial da Bahia dessa quinta-feira (7) traz o Decreto n° 19.311,no qual fica reconhecida a Situação de Emergência em Casa Nova. O decreto foi sancionado pelo vice-governador e governador em exercício, João Leão.

No documento o Estado destaca que a estiagem tem afetado as atividades econômicas do município e coloca em risco a saúde da população. O decreto tem validade de 180 dias e será válido para as localidades apontadas pela Prefeitura de Casa Nova como de risco.

A gestão de Casa Nova lembrou ao Governo da Bahia que a estiagem prolongada comprometeu a colheita, mas também a pecuária – principal atividade econômica da cidade – ficaram comprometidas pela seca. O Blog entrou em contato com a Prefeitura para saber quais as áreas mais sensíveis e se o Governo da Bahia já enviou algum apoio ao local. Estamos aguardando uma resposta.

Petrolina e mais 53 municípios pernambucanos têm situação de emergência reconhecida devido à estiagem

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, nessa terça-feira (29), a situação de emergência em 54 municípios Pernambucanos por conta da estiagem. Petrolina é uma das cidades apontadas pela Portaria nº 2.530, publicada no Diário Oficial da União (DOU), que reconhece a situação dos municípios.

Com a medida publicada, os 54 municípios Pernambucanos poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência e restabelecimento de serviços essenciais.

O apoio emergencial por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do MDR, é complementar à atuação dos governos estaduais e municipais. O auxílio pode ser solicitado sempre que necessário, inclusive em situações recorrentes, como é o caso de desastres ocasionados por seca ou chuvas intensas.

Governo Federal reconhece estado de seca e estiagem em Chorrochó e Paulistana

(Foto: Ilustração)

O Governo Federal decretou nessa sexta-feira (13) estado de emergência em 17 municípios. Entre as cidades estão Irecê e Chorrochó, na região norte do Estado. A Portaria n° 2.143/2019 também contempla Pernambuco e Piauí.

Anteriormente os municípios já haviam solicitado apoio aos estados e tiveram a estiagem ou seca reconhecida agora pelo Governo Federal.

Há duas classificações na Portaria: na seca o município passa mais tempo sem chuvas do que na estiagem. Com os decretos os municípios podem solicitar apoio da Operação Carro-pipa, coordenada pelo Exército, além de fazer compras necessárias sem exigência de licitação.

Além de Chorrochó, que é próximo a Petrolina (PE) e Juazeiro, Paulistana (PI) também teve seu estado de estiagem reconhecido pela União.

Governo Federal reconhece emergência e carros pipas continuam atuando em Casa Nova

(Foto: Ilustração)

Com 50 carros pipas administrados pelo Exército e mais 10 custeados pela Prefeitura, o município de Casa Nova (BA) recebeu, nessa quinta-feira (18), cópia do Dário Oficial da União, edição 136/2019, de 17/07/2019, com a Portaria 1721, datada de 16/07/2019 reconhecendo a “situação de emergência na área descrita no Formulário de Informações do Desastre – FIDE”, atendendo Decreto 540 de 09 de Maio de 2019.

O reconhecimento da situação de emergência capacita o Município de Casa Nova a continuar recebendo recursos para o abastecimento por carros pipa nas localidades que sofrem com estiagem e a receber recursos oriundos do Governo Federal e destinados a diminuir os danos causados pela seca.

Em Casa Nova os únicos recursos disponibilizados em função da seca são os destinados ao pagamento dos carros pipa. A informação foi prestada pelo coordenador adjunto de prevenção e preparação da Defesa Civil da Bahia, Vitor Alexandre Gantois.

Prefeitura de Remanso declara situação de emergência

(Foto: Internet)

O período de estiagem vivenciado pelo município de Remanso (BA) levou o prefeito Zé Filho a decretar Situação de Emergência. No Decreto n° 2.545/2019 o gestor justifica que há dois anos a cidade sofre com a falta de chuvas e que a situação se agravou nos últimos meses.

De acordo com a Prefeitura há relatórios comprovando “prejuízos das atividades produtivas do município, principalmente agricultura e pecuária, falta d’água e alimentos para consumo humano, para consumo animal” e paralisação das atividades produtivas.

O Decreto se estende da zona urbana à rural e terá validade de 180 dias. Nele também ficam determinadas ações da Defesa Civil, cujo objetivo é ajudar os moradores de localidades afetadas com a estiagem.

Especialista anuncia fim da estiagem prolongada no Nordeste durante palestra realizada em Petrolina 

(Foto: ASCOM)

Ao contrário do que diz a mídia sobre o aquecimento global produzido pelo homem, os controladores do clima (o sol e os oceanos) apontam para um resfriamento que deve durar até cerca de 2030, o que significa, entre outros fatores, o fim do ciclo da estiagem prolongada com a chegada de chuvas regulares no Nordeste.

Esta foi uma das boas novas anunciadas pelo professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion, durante palestra realizada na noite desta quarta-feira (24), em Petrolina (PE). Convidado pelo Sindicato dos Produtores Rurais do município, o PhD em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas fez um diagnóstico dos últimos 180 dias com relação a produção agrícola regional e apresentou as perspectivas para o inverno 2018/2019.

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Volume útil de Sobradinho deve atingir 12% no segundo semestre, afirma Comitê

(Foto: Ilustração)

Um relatório divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou que os reservatórios do Rio São Francisco no Sudeste e Nordeste devem continuar com baixo volume. O alerta vem mesmo em um ano no qual choveu acima da média.

“Independentemente da chuva nos próximos três, quatro meses, a situação do São Francisco continuará crítica”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, o meteorologista Marcelo Seluchi.

Desde 2013 o Rio São Francisco está em estiagem, tendo em 2017 o Reservatório de Sobradinho atingido seu menor volume útil, abaixo de 2%.

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Estiagem pode levar a reajustes de mais de 10% para energia em 2018

Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%. (Foto: Arquivo)

A falta de chuvas de 2017 vai pesar no bolso dos consumidores em 2018. Após um ano com um volume de afluências abaixo da média, que levou a um elevado consumo de energia a partir de usinas térmicas, mais caras, a tarifa de luz deve subir em um ritmo maior neste ano.

E isso mesmo considerando que o atual período chuvoso, iniciado em novembro, tem se mostrado mais favorável. As projeções variam, mas os reajustes das tarifas de energia devem superar os 10%, em média. Uma parcela significativa desse reajuste vem do aumento do custo da energia, pressionado pelo déficit hidrológico (GSF), estimam especialistas.

Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%, o que significa que as hidrelétricas geraram 21% menos do que o volume de energia que tinham direito de comercializar. Para compensar a menor geração hídrica, foram acionadas termelétricas, que produzem uma energia mais cara, gerando custo adicional para o sistema.

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Esse custo deveria ser coberto pela receita proveniente das bandeiras tarifárias, mas tendo em vista o alto preço da energia de curto prazo registrado ao longo do ano, justamente pela geração térmica, o valor arrecadado não tem sido suficiente para fazer frente às necessidades.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a elevar o valor da cobrança adicional com o acionamento das bandeiras, a partir de novembro, e ainda liberou um recursos proveniente de um outro encargo, a Conta de Energia de Reserva (Coner), de maneira a reduzir o descompasso entre gastos e receitas. Ainda assim, a projeção é de déficit significativo.

Pelas regras do setor, quando a receita com as bandeiras tarifárias não é suficiente para cobrir os custos, as distribuidoras arcam com compromisso e, no momento do reajuste, o saldo dessa conta entra no cálculo da tarifa, de forma a zerar os passivos.

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Codevasf investe em projetos de convivência com o semiárido em municípios afetados pela seca

Diante de diversos estudos, a seca se tornou algo previsível e diante disso foi possível elaborar novas formas de sobrevivência. (Foto: Divulgação)

Este ano o Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 62 municípios afetados pela seca. Diante desta realidade a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) atua em ações de convivência com o semiárido para amenizar a dura realidade da estiagem prolongada.

“A seca não vai deixar de existir, mudou o paradigma. Agora deixamos de combater e passamos a conviver com a seca, estimulando, estruturando e capacitando as atividades agrícolas e pecuárias. Além da implantação de sistemas de abastecimento de água, para que essas comunidades permaneçam em suas casas e consigam manter o seu sustento”, afirma o gerente regional de revitalização, Maxwell Rodrigo Lima Tavares.

A Companhia atua nas regiões ribeirinhas dos rios São Francisco e Parnaíba, com projetos ligados a atividades agrícolas. Neste período de longa estiagem, a Codevasf opera com a garantia de água para consumo humano, reprodução agrícola, dessalinização animal e para a sobrevivência de pequenos cultivos que garantem a segurança alimentar de famílias inteiras.

Neste período de longa estiagem, a Codevasf opera com a garantia de água. (Foto: Divulgação)

“Nos últimos três anos, mais de R$ 1,2 bilhão, vem sendo executados pela Codevasf, que tem como missão promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias do Rio São Francisco, Parnaíba e Rio Itapecuru-Mirim com a utilização sustentável de recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para inclusão social e econômica em ações emergenciais que visam aliviar, para mais de 1,7 milhão de moradores rurais do semiárido brasileiro, os efeitos da longa estiagem, que já é considerada a mais severa do último século”, afirma Maxwell Rodrigo.

Diante de diversos estudos, a seca se tornou algo previsível e diante disso foi possível elaborar novas formas de sobrevivência, inclusive mudando o posicionamento de “combate à seca”, para “convivência com o semiárido”.

“Assim como outros países precisam saber lidar com nevascas e com o frio. O governo brasileiro trabalha hoje com essa mentalidade mudando o foco de ‘combate à seca’, para ‘convivência com o semiárido’. Essa mudança de foco pode ser facilitada pela capacidade de previsão do fenômeno da seca, por meio de informações meteorológicas e estudos climáticos”, explica Maxwell Rodrigo.

Centro de manejo e melhoramento genético de caprinos em Parnamirim

Com um investimento superior a R$ 500 mil, no âmbito das ações de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, do governo federal, foi implantado em 2015. O projeto busca o melhoramento genético dos rebanhos da região.

“A Codevasf implantou em Parnamirim e fez a doação de reprodutores. Foram cinco ovinos e cinco caprinos, em Parnamirim. Uma equipe trabalha na capacitação dos produtores que procuram o centro de manejo”, diz o gerente regional.

Outros projetos são a ampliação e construção de adutoras, instalação de flutuantes, perfuração e montagem de poços modulares, limpeza de assoreamento de água, implantação de cisternas, entre outras demandas.

Em Petrolina, a Codevasf investiu R$ 65 milhões, na ampliação do esgotamento sanitário de que já está em operação. Além da doação de peixes para incentivo da cadeia produtiva.

Com 516 anos de exploração, Rio São Francisco enfrenta a mais grave crise hídrica

Rio São Francisco precisa urgentemente de revitalização. (Foto: Blog Waldiney Passos)

“Corre um boato na beira do rio, que o Velho Chico pode morrer, virar riacho e correr, ‘pro’ nada”. A poesia do Juazeirense Wilson Duarte, que tem parceria musical de Nilton Freitas e Wilson Freitas, leva consigo um pedido de socorro, carregado de sentimento, para o bem mais precioso que a população de Petrolina, Juazeiro e região tem: o rio São Francisco.

Com 516 anos de exploração por parte das civilizações que ocuparam o Brasil há mais de cinco séculos, o rio São Francisco está passando pela mais severa crise hídrica contemporânea. Hoje, o Velho Chico chegou aos menores níveis de reserva, o que afeta diretamente milhões de pessoas que dependem das suas águas.

No dia do santo padroeiro do rio, celebrado no dia 4 de outubro, a situação é crítica para as pessoas que dependem das suas águas para viver. Este é o caso do técnico em agropecuária José Cerqueira.

Morador da margem de Sobradinho em Sento Sé, ele vê com tristeza a situação do rio, que já foi o grande provedor de uma imensa região. “Não conseguimos mais produzir nosso alimento e muitas famílias passam fome”, disse, acrescentando que já chorou várias vezes, vendo a água diminuir a cada dia.

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Estiagem: Salgueiro, Orocó e Afrânio estão na lista dos municípios em situação de emergência

Os dados foram elaborados em parecer técnico feito no dia 26 de setembro. (Foto: Ilustração)

Nesta sexta-feira (29) o Governo do Estado divulgou a lista das cidades em situação de emergência no Sertão de Pernambuco e que foram afetadas pela estiagem. A lista foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco.

Sem chuvas há 180 dias, aparecem na lista os seguintes municípios: Afogados da Ingazeira, Manari, Afrânio, Mirandiba, Araripina, Moreilândia, Arcoverde, Orocó, Belém do São Francisco, Ouricuri, Betânia, Parnamirim, Bodocó, Petrolândia, Brejinho, Petrolina, Cabrobó, Quixaba, Calumbi, Salgueiro, Carnaíba, Santa Cruz, Carnaubeira da Penha, Santa Cruz da Baixa Verde, Cedro, Santa Filomena, Custódia, Santa Maria da Boa Vista, Dormentes, Santa Terezinha, Exu, São José do Belmonte, Flores, Serra Talhada, Floresta, Serrita, Granito, Sertânia, Ibimirim, Solidão, Iguaracy, Tabira, Inajá, Tacaratu, Ingazeira, Terra Nova, Ipubi, Trindade, Itacuruba, Triunfo, Itapetim, Tuparetama, Jatobá, Verdejante e Lagoa Grande.

Com informações do G1

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