Alepe aprova fim da delegacia de combate à corrupção

(Foto: Jarbas Araújo/Alepe)

A medida anunciada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), de extinguir as delegacias de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) foi aprovada em uma sessão de muito bate boca na Assembleia Legislativa de Pernambuco na noite de terça-feira (30).

O Projeto de Lei foi apresentado pelo Governo do Estado, sendo aprovado por 36 votos e quatro contra. A matéria volta à discussão nessa quarta-feira (31). Além da Decasp, a delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim) também foi extinta e será criado um novo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

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O Draco ficará subordinado a outra diretoria e chefiado por delegado que será nomeado em comissão pelo governador. Opositores viram a manobra como uma forma de afastar a delegada Patrícia Domingos, responsável por investigar nomes ligados ao Palácio dos Campos da Princesa do seu cargo. Sem as delegacias, ela deixará o órgão.

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(Foto: Divulgação)

Um Projeto de Lei apresentado pelo Governo de Pernambuco vista extinguir as delegacia especializadas de Combate à Pirataria e a de Combate aos Crimes contra a Administração (Decasp) para criar um Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e vem dividindo opiniões.

O PLO nº 2066/2018 foi encaminhado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na semana passada, mas na concepção da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), a medida significa um retrocesso. Entretanto, enquanto os delegados criticam a medida por ser “extremamente danosa ao combate à corrupção”, o chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral, explica que o projeto vai ampliar a competência das delegacias.

“Elas não só vão apurar e repelir crimes contra a corrupção, mas também outras infrações contra a administração pública, como o peculato. Vão atuar em qualquer crime de organização criminosa”, afirma. A extinção das duas delegacias significará a realocação dos policiais para os novos departamentos e fará com que o governo inaugure novas unidades em Pernambuco, alega Amaral.