Após duplicação e nova ciclovia, Avenida Clementino Coelho é inaugurada de forma simbólica

(Foto: Ascom).

Com um investimento de cerca de R$ 6 milhões, a Avenida Clementino Coelho está repaginada. O corredor teve a pista para automóveis restaurada, duplicada e ganhou uma ciclovia numa obra que levou quase seis meses. A nova avenida foi entregue de forma simbólica pelo prefeito Miguel Coelho, o senador Fernando Bezerra e o deputado Antonio Coelho, nesta sexta (26).

A reestruturação da Clementino Coelho é uma das obras públicas mais impactantes dos últimos 12 anos em Petrolina. O corredor teve quase 2,5 quilômetros de via alargada, melhorando o trânsito entre o antigo ponto de apoio da Gontijo até a Faculdade Maurício de Nassau. O projeto de mobilidade visou também o usuário de bicicleta. Uma pista foi implantada ao longo da avenida, com trechos em formato de ciclovia e outros com ciclofaixa. Por fim, a intervenção requalificou a rotatória e o monumento da Bíblia.

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niéde guidon

O simbolismo desse caso leva a pensar que a meta do ICMBIO é: se não podemos manter o exemplo que é a Capivara, então vamos deixá-lo exatamente como os outros parques nacionais, largados, entregues à própria sorte”. Foto: Internet

O Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado nos municípios piauienses de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato, há tempos vem funcionando em situação precária por falta de recursos financeiros.

Agora no entanto, a situação parece ter chegado ao extremo, ou seja, não existe mais nenhuma fonte de recursos disponível, pelo contrário, teria ocorrido um bloqueio de aproximadamente 4 milhões, por falta de interesse do Governo Federal em manter oficialmente o convênio com a Fundação Museu do Homem Americano (FUDHAM), o valor estaria depositado na Caixa Econômica Federal.

Ambientalistas foram tomados de surpresa com a situação drástica de fechamento do Parque Nacional da Serra da Capivara, principalmente porque no dia 1 de junho deste ano, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, esteve em São Raimundo Nonato para visitar o Parque e se reunir com Niéde Guidon, na pauta um dos principais assuntos era a escassez de recursos que por diversas vezes, tivera sido denunciada pela própria arqueóloga.

A visita teria sido uma completa frustração, justamente porque na ocasião o ministro se comprometeu com a liberação dos recursos bloqueados, na ordem de cerca de 4 milhões de reais, para a manutenção e preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara, bem como do seu patrimônio histórico, ambiental e cultural.

Ademais, Sarney Filho sequer conseguiu  a assinatura para a renovação do termo de cogestão já existente desde a década de 1990, entre FUNDHAM e  ICMBIO, resultando no bloqueio da referida verba.

Niéde Guidon disse que comunicou à UNESCO sua saída das ações de conservação e manutenção do parque. Com isso, todo o patrimônio cultural da humanidade ficará ameaçado, sujeito aos riscos e insegurança de um parque no papel, como estão quase todas as unidades de conservação do país. “O simbolismo desse caso leva a pensar que a meta do ICMBIO é: se não podemos manter o exemplo que é a Capivara, então vamos deixá-lo exatamente como os outros parques nacionais, largados, entregues à própria sorte”, finalizou a arqueóloga.

 

Saúde não tem recursos para combate à microcefalia

Técnicos do INSS atribuem o aumento da demanda justamente ao crescimento de casos de bebês com microcefalia no País/Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Apesar do freio financeiro imposto, o secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, entregou uma pauta para Barros com necessidades. (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)

De um lado, o anúncio de R$ 15 milhões para a continuidade da construção do campus da UFRPE no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Do outro, um discurso de otimização de gastos e de “torneiras” fechadas para novos credenciamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim foram as visitas dos ministros da Educação, Mendonça Filho, e da Saúde, Ricardo Barros, ao Estado, na última segunda-feira (4).

No primeiro caso, o aporte compõe uma soma de R$ 52,6 milhões liberados desde maio para instituições federais de educação, como UFPE, IFPE, Univasf e a própria UFRPE. Já na segunda situação, a falta de investimentos pode afetar a ampliação de serviços de reabilitação de pacientes da Síndrome Congênita do Zika.

Só a microcefalia, manifestação mais severa dos danos causados pelo vírus em bebês, tem 8.165 casos notificados no País, 2.014 deles em Pernambuco. Historicamente, saúde e educação têm demandas urgentes. Os contrastes de um mesmo governo na forma de atendê-las é que parece preocupante.

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