Bancada pernambucana faltou 874 vezes entre 2015 e 2018 no Congresso; Adalberto é o mais faltoso

Bancada de Pernambuco durante reunião no Congresso Nacional.

Um levantamento exclusivo realizado pela ONG Ranking dos Políticos, que atua na fiscalização da gestão dos parlamentares brasileiros, apontou que os deputados e senadores de Pernambuco, somados, não estiveram presentes em 874 sessões plenárias do Congresso Nacional entre os anos de 2015 e 2018. Do total de faltas, 340 delas não foram justificadas. O mapa completo do estado pode ser conferido clicando aqui.

O mais ausente foi o deputado federal Adalberto Cavalcanti (Avante), que faltou 105 vezes de 395 sessões. Por outro lado, o menos faltoso foi o deputado Mendonça Filho (MDB), que teve apenas cinco ausências enquanto exercia o cargo. Apesar disso, ele está mal avaliado no ranking nacional, aparecendo apenas na 348ª posição.

O Ranking dos Políticos também mostra que os congressistas pernambucanos gastaram R$ 36.238.004,46 entre cotas e verbas indenizatórias até o presente momento do mandato. Somente com combustível e lubrificantes, os deputados e senadores do estado gastaram R$ 3.023.633,20. Ao todo, os parlamentares brasileiros nas duas casas gastaram cerca de R$ 60 milhões com esse tipo de despesa no período.

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Petrolina: Índice de 40% de pacientes que faltam consultas e exames no SUS prejudica unidades de saúde

(Foto: ASCOM)

O grande número de faltas aos exames médicos marcados através do Sistema Único de Saúde (SUS) em Petrolina (PE) tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde. No município, cerca de 40% dos pacientes que realizam marcações não comparecem para a realização dos procedimentos. Segundo estudos, o índice aceitável de faltas no SUS é de 20%.

Buscando identificar os motivos para esse índice elevado e traçar estratégias, a Secretaria Municipal de Saúde, iniciou, nesta semana, um levantamento nos bairros da cidade que apresentaram os maiores números. O primeiro foi o Loteamento Recife, zona leste da cidade.

A secretária executiva de gestão em saúde, Cássia Guimarães, juntamente com uma equipe da pasta, visitou a Unidade Básica de Saúde e diversas residências da localidade para saber os motivos das ausências.

“Nós tivemos diversas respostas, uns tinham outros compromissos, outros disseram não saber do agendamento, e alguns não foram por motivos pessoais. Isso é preocupante e precisamos conscientizar a população sobre a importância de comparecer a esses procedimentos. No que diz respeito ao trabalho da Secretaria, vamos traçar estratégias para que todos sejam avisados com antecedência”, frisou.

De acordo com a secretária executiva, a orientação é que o paciente que estiver impossibilitado de ir aos agendamentos comunique em tempo hábil à unidade de saúde. “Isso permitirá que a equipe de marcação aproveite a vaga para outra pessoa que está aguardando. Durante nossa visita identificamos que apenas uma pequena parte compareceu à unidade para devolver a vaga. Outra orientação é que o paciente mantenha sempre o endereço e os telefones atualizados nas unidades”, alertou.

Senado perdoa faltas e livra senadores de desconto

Plenário durante sessão conjunta do Congresso Nacional. À mesa, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Constituição estabelece, em seu artigo 55, que o parlamentar ausente a um terço das sessões ordinárias do Senado ou da Câmara perderá o mandato se não apresentar justificativa para as faltas. O senador ou deputado que desaparece do Congresso e não apresenta razões para isto tem os dias de salários cortados. Mas os senadores descobriram um jeito novo e simplório para driblar as punições: alegam apenas que estão em “atividade parlamentar” nos estados e ganham o abono da falta.

Levantamento exclusivo feito pela Revista Congresso em Foco revela que três de cada quatro senadores usaram esse tipo de explicação para suas ausências em 2015. Ao todo, 61 dos 82 parlamentares que passaram pela Casa e tiveram ao menos uma falta recorreram ao expediente. Das 1.072 ausências justificadas, 820 (76%) foram atribuídas a atividades parlamentares. Em tese, pode ser qualquer coisa que um congressista esteja fazendo, seja de interesse público ou relacionado ao seu mandato. Seja em Brasília, no seu estado ou até no exterior.

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