PT quer federalizar investigação de assassinato de petista em Foz do Iguaçu

O PT quer que a investigação sobre a morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, Paraná, seja federalizada, passando para as mãos da Polícia Federal

O Partido dos Trabalhadores (PT) pretende pedir à Procuradoria-Geral da República para que a investigação sobre a morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, Paraná, seja federalizada, passando para as mãos da Polícia Federal.

O petista Marcelo Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário pelo policial penal federal Jorge José Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos motivos para o PT passar a discutir afederalizaçãodo caso foi o surgimento da notícia de que a delegada responsável, Iane Cardoso, teria feito publicações antipetistas em seus perfis nas redes sociais em 2017

Na manhã desta segunda-feira (11), o governo do Estado do Paraná designou uma nova pessoa para investigar o crime, a delegada Camila Cecconello.

Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pedido de federalização do caso será motivado pelas circunstâncias em que o assassinato ocorreu, e não por desconfiança ao trabalho da Polícia Civil.

“Não é em relação à Polícia do Paraná. É em relação à gravidade do crime. Achamos que não pode ser investigado como um crime comum. Estamos dizendo que esse é um fato político que motivou isso, e que não é isolado”, disse ao deixar o encontro do conselho político da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Jair Bolsonaro quer federalizar Fernando de Noronha

Presidente da República quer federalizar arquipélago pernambucano (Foto: Hesiodo Goes)

Na tradicional live de quinta-feira (5), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) revelou a intenção de federalizar o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. No entendimento de Bolsonaro, hoje há muitas exigências no local.

“Ouvi dizer que há tempão não pode parar navio lá. Poderia ser um local de arranjar recursos para o Brasil vindo de fora, do turismo. Dar condições de vida melhor para a população. É muita coisa errada no Brasil, que a gente vai arrumando devagar, vai buscando solução pra isso. Não pode aquela ilha ter dono”, disse Bolsonaro.

Governo do Estado rebate

Diante da repercussão, o Governo de Pernambuco emitiu uma nota, nessa sexta-feira (6). No texto, o Estado afirma que vem tomando conta de Noronha sozinha, sem apoio da União. “O Governo Federal divulgou três vezes que iria mandar recursos para o saneamento e nunca liberou qualquer valor, além de aumentar o preço das taxas de preservação ao invés de extingui-las, como havia prometido“, destaca a nota.

Visitas no feriadão

Curiosamente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro estiveram no arquipélago durante o feriadão de Finados. Salles inclusive chegou a estender sua passagem por Pernambuco, a fim de aproveitar a folga.

Veja a seguir a nota do Governo de Pernambuco:

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Pais de Beatriz se reúnem com presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

(Foto: Reprodução/Facebook)

Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais de Beatriz Angélica Mota, se reuniram com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro aconteceu na terça-feira (18), no momento em que a Comissão se dispôs a dar voz à luta do casal.

Helder Salomão (PT-ES) se comprometeu a, dentro das prerrogativas dos deputados federais, cobrar celeridade nas investigações do crime. Para quem não lembra, Beatriz foi morta em 2015, no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora e desde então, apesar da repercussão do caso, ninguém foi preso.

No encontro com o deputado, os pais de Beatriz relataram a luta incansável por justiça. Ele recebeu um relatório que aponta várias falhas na investigação feita pela polícia de Petrolina e pede a federalização do caso. Também estiveram na reunião o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Tulio Gadelha (PDT-PE), que se comprometeu a abraçar a causa.

Lucinha e Sandro foram acompanhados pelos advogados Jayme Badeca, presidente da Comissão Especial da subseção OAB Juazeiro, Valentine Oliveira, secretária de formação do PSOL e Paulo José presidente, do PSOL de Juazeiro (BA).