I Encontro Mulher e Música: empoderamento e emancipação acontecerá hoje

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Promover o empoderamento e a emancipação das mulheres musicistas é o objetivo do I Encontro Mulher e Música: empoderamento e emancipação, que será realizado nesta segunda-feira (11) na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento é gratuito e voltado para mulheres instrumentistas ou cantoras, profissionais ou não, e acontecerá no auditório da Biblioteca, Campus Petrolina Centro, a partir das 19h.

Integrarão a programação, apresentações musicais com a banda Lilith e um bate-papo com a jornalista Sibelle Fonseca; a professora da Univasf e percussionista do Maracatu do Baque Opará, Barbara Cabral; a secretária da Mulher de Petrolina Rozeane Farias; a professora de música Lúcia Costa e a cantora Camila Yasmine. “O objetivo é fazer um levantamento das mulheres que trabalham com música ou a tenham como hobby”, destaca a coordenadora do evento, Candyce Duarte.

O I Encontro Mulher e Música: empoderamento e emancipação acontece com o apoio da Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC), da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Univasf. Candyce Duarte ressalta a importância de eventos que promovam o empoderamento da mulher na música. “Num mundo tão machista em que vivemos, a música é mais machista ainda. É importante dar visibilidade a essas mulheres”, destaca Candyce.

Com informações de Ascom

Inicia hoje (15) seminário que discute gênero e sexualidade no IF Sertão-PE

Entrada do IF Sertão-PE (Foto: Amanda Franco/G1)

Entrada do IF Sertão-PE (Foto: Amanda Franco/G1)

Nesta quarta-feira (15) e quinta (16), será realizado o II Seminário de Gênero e Sexualidade: Diálogos Possíveis no campus Petrolina do Instituto Federal do Sertão pernambuco (IF Sertão-PE). O evento irá promover uma programação extensa com exibição de documentários, rodas de conversa, apresentações culturais e intervenções artísticas. A entrada é gratuita.

Aqueles que estudam o IF Sertão-PE não necessitam de inscrição. Para o público externo serão disponibilizadas 30 vagas. De acordo com a programação, na quarta-feira (15) às 19h haverá uma apresentação Cultural Grupo Carcará no Auditório Central do IF Sertão.  Já às 19h30 às 21h, acontece a abertura com uma exposição temática sobre ‘Igualdade de gênero: Feminismo contemporâneo e a cultura do estupro’ com a mestranda em Antropologia da UFPE e graduada em Ciências Sociais da Univasf, Tainã Aynoã Barros.

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Espaço do Leitor: “O feminismo e Painho”

 – Direitos iguais na rua e na cama também.

As pessoas deveriam estudar o que é o feminismo.  AS UNIVERSIDADES DEVERIAM TER NA GRADE CURRICULAR UMA DISCIPLINA DESTINADA AO FEMINISMO. Sim, assim como metodologia é importante o feminismo também é!

É preciso saber o conceito da palavra. A história por trás dela e explicar que as feministas não pregam discursos de ódio contra o homem. Até porque alguns homens deveriam ser a nona maravilha do mundo (a oitava é ocupada por umcloset do tamanho de uma casa com vestidos de Valentino e sapatos Louboutin).  O que é o feminismo? Abri meu livro Barsa e, resumindo o que está nele, é um movimento reivindicatório exigindo direitos iguais tanto sociais como políticos. O movimento conseguiu algo? Sim! Salários [quase] iguais ao dos homens, funções iguais, outras coisas e a percepção de que muito ainda pode vir.

Queremos mais! Queremos fazer com que a sociedade machista veja que usar um vestido curto não é um convite para ser violentada sexualmente, queremos que as mulheres parem de julgar outras mulheres por terem uma vida sexual ativa, queremos que os pais parem de dizer que menina tem que lavar os pratos e o menino aprender a dirigir um carro. Queremos que as pessoas percebam que, quando tomamos a atitude de ‘chegar em um homem’ e perguntar se podemos pagar uma bebida para ele, nãos estamos tomando o lugar ou ação de ninguém. Estamos fazendo o que queremos! Aceita a bebida sem reclamar, por favor!

Queremos que a violência doméstica seja extinta (mesmo sendo utopia) porque mulher não é objeto para ter dono. Não somos escravas da casa, não somos vendidas no Mercado Livre, não queremos ser só reconhecidas por “mãe”. Queremos ser chamada também de DOUTORA, JORNALISTA, CAMPEÃ, PILOTA, DIRETORA EXECUTIVA DE UMA EMPRESA E PRESIDENTA. E queremos que outras mulheres não sejam machistas, acusadoras e hipócritas. Dizer que Valesca Popozuda não vale nada por suas letras ou suas coreografias é certo? Se for certo eu quero morrer errada porque cada ser vivo tem o seu valor e a sua importância se mencionar no direito de rebolar o quanto quiser. Fazer sua filha usar saia comprida não evitará que ela tenha contato com outras garotas que têm uma criação humanizada ou sequer poderia aprisionar uma alma livre.

Comunicação, diálogo é o que torna homens e mulheres conscientes de tudo que há de bom e ruim no mundo. A mulher é dona do seu corpo, das suas atitudes da sua própria alma. Ela decide a hora que quer ter um bebê, o lugar que quer morar e como viver. Le It Be!

Eu tive uma criação abençoada, minha mãe além de ser “mainha” é minha irmã e amiga. Meu pai? Meu pai foi por 35 anos um trabalhador braçal e brigava quando minha mãe me obrigava a lavar os pratos (obrigada painho, porque lavar pratos e arear panelas é uma morte lenta e horrível). Ele queria que eu estudasse, que fosse feliz e nunca reclamou de uma roupa curta que usei e uso. Nunca me tratou menos do que uma princesa. E quando eu levei o meu primeiro namorado para a minha casa ele o recebeu como um filho.

Quero dizer que eu poderia ter sido privada de tudo por ter um pai que foi criado rusticamente… Ele poderia ter me surrado em várias oportunidades (eu aprontava muito, na verdade… Eu fazia o mundo ter labirintite quando criança), mas não o fez. Meu painho poderia ser machista do dedão do pé até o último fio de cabelo, mas não é. Ele não é muito de conversar e é por isso que falo por mim e por ele! Painho é a prova viva de que o machismo não vem da criação, porque o meu avô foi um exímio exemplar de machista.

Calincka Crateús – Graduanda em Jornalismo

Escritora do blog Toda Linda de Valentino