Doria convida Sarney, FHC e Temer para tomar CoronaVac

Três ex-presidentes buscam dar exemplo aos brasileiros se vacinando (Foto: Reprodução/Poder 360)

Enquanto Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que não tomará a vacina contra a covid-19, três ex-presidentes do Brasil estão na fila de espera para se imunizar. José Sarney (MDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB) foram convidados pelo Governo de São Paulo a tomar a CoronaVac.

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Os paulistas trabalham em parceria com o laboratório chinês Sinovac, responsável pela CoronaVac (cujo parceiro no Brasil é o Instituto Butantan). Segundo o Poder 360, os três ex-presidentes estão entre os primeiros a receber a CoronaVac, pois estão no público alvo da 1ª fase.

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Integrantes do PSDB enviam carta de “apoio e apreço” a Fernando Haddad

Haddad quer conversar com FHC e fechar acordo, apesar de tucanos ficarem neutros (Foto: Reprodução)

Mesmo com o PSDB se mantendo neutro no segundo turno das eleições 2018, membros do partido enviaram uma carta de “apoio e apreço” a Fernando Haddad, candidato do PT contra Jair Bolsonaro (PSL). O gesto dos tucanos aconteceu durante um almoço na quarta-feira (10), em São Paulo.

Haddad disse que não está autorizado a divulgar o nome de quem o apoiou, mas afirmou ter interesse em conversar com o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC). “[Estamos] conversando com todas as forças que queiram conter a barbárie, essa escalada [de violência] no país. Vamos prosseguir no sentido de estabelecer protocolos de civilidade em proveito do futuro do Brasil”, disse o ex-ministro da Educação.

Hoje o petista cumpre agenda política em Brasília, onde se encontrará com representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o presidente nacional do PSB, João Carlos Siqueira. Na pesquisa do Datafolha divulgada ontem, Haddad está 16 pontos atrás de Bolsonaro e corre em busca de apoio para reverter a desvantagem.

Sem Luciano Huck, grupo de FHC busca outro nome para eleições de outubro

Após a resposta negativa do apresentador Luciano Huck, o grupo político do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) estuda novos nomes para representar o PSDB nas eleições para presidente, em outubro.

Segundo jornal Folha de São Paulo, o grupo de FHC está fazendo um levantamento político desde a quinta-feira (15), em busca de um nome forte para se candidatar. Ainda segundo a Folha apurou, o nome de Geraldo Alckmin é pouco cogitado por FHC, já que o tucano possuiu menos de 10% das intenções de voto nas pesquisas.

Um dos nomes sondados por Fernando Henrique é o do empresário Flávio Rocha, dono das Lojas Riachuelo. Rocha já teve seu nome ligado ao de Jair Bolsonaro, para sair como possível vice-presidente. O empresário, no entanto, negou qualquer contato.

Nomes como o de João Doria, prefeito de São Paulo também estão sendo sondados por FHC e a cúpula do PSDB.

Assessoria de Luciano Huck afirma que apresentador não será candidato em 2018

(Foto: Reprodução)

O apresentador Luciano Huck pôs fim às especulações sobre sua candidatura à Presidência da República em 2018. Por meio de sua assessoria de imprensa, Huck revelou que não sairá candidato.

A informação foi dada ao jornal Folha de São Paulo, que havia publicado uma coluna em O Antagonista, na tarde dessa quinta-feira (15) e confirmada pela assessoria do apresentador. Huck ainda fará um anúncio formal nesta sexta-feira (16).

O nome de Huck ganhou força após manifestações populares. Com a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o apresentador passou a ser cotado por diversos partidos como nome a concorrer no pleito de outubro.

Antes do Carnaval, Huck havia se encontrado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir uma possível candidatura pelo PSDB.

Luciano Huck decidirá sobre eleições após Carnaval

Luciano Huck ao lado de Angélica no ‘Domingão do Faustão’ (Foto: Reprodução/Internet)

A decisão do apresentador Luciano Huck de ser candidato à Presidência será anunciada após o Carnaval. Convidado pelo Partido Popular Socialista (PPS), Huck teve um encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na noite de quinta-feira (7), mas vem sendo assediado por partidos maiores como o DEM.

Segundo a Folha de Pernambuco, Huck teria recebido um ultimato da Rede Globo nessa semana. A entrevista cedida pelo apresentador ao ‘Domingão do Faustão’ foi alvo de um pedido formal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a investigou uma suposta propaganda antecipada.

O nome de Huck ganhou forças por ser apontado como o “novo”. Com a possível ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o nome do apresentador ganha força entre o eleitorado “sem ideologia”.

Luciano Huck tem sem nome vinculado ao PPS, partido de renovação política, mas a reunião com FHC pode fazer o apresentador optar por uma sigla maior.

Luciano Huck pode se beneficiar da ausência de Lula, afirma ex-presidente FHC

Apresentador da TV Globo ganhou força em meio a descontentamento popular com a política (Foto: Reprodução)

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC) acredita que com a condenação do também ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro perderá forças e o apresentador Luciano Huck pode subir nas pesquisas.

Para FHC, Luciano Huck é o maior beneficiado com a ausência de Lula e o Partido Popular Socialista (PPS) já sonda o apresentador. Na visão do ex-tucano, Huck pode ganhar voto popular e não ideológico, podendo chegar a 15% na disputa eleitoral.

FHC é amigo de Huck e não crê na desistência do global, no entanto alerta para a falta de experiência do apresentador. “Gosto do Luciano, sou amigo da família, mas ele é muito cru para ser presidente”.

‘Está em curso um processo para derrubar o presidente Temer’, diz Jader Barbalho

Senador alega que setores da sociedade querem antecipar eleições de 2018 e têm como candidato o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

Em um momento raro em sua atuação recente como senador, um dos caciques do PMDB, Jader Barbalho (PA) pediu a palavra na tribuna do Senado para falar em defesa de Michel Temer. O senador alega que setores da sociedade querem derrubar Temer e têm como candidato à presidência o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.  Além de pertencer ao mesmo partido do presidente, Jader possui um filho ministro, Hélder Barbalho, que coordena a pasta da Integração Nacional.

“Não queria intervir nesse quadro nacional que aí está, mas, me desculpem, o meu limite acabou. Eu entendo que está em curso um processo para derrubar o presidente Michel Temer”, afirmou. O peemedebista disse que o movimento parte da grande mídia, aliada a setores do sociedade que querem antecipar as eleições de 2018 e aprofundar a crise, provocando a renúncia de Temer.

Ao dizer que tem todo o respeito pela oposição e por figuras importantes do PSDB, afirmou que aqueles que querem a queda de Temer articulam a posse do tucano Fernando Henrique Cardoso. “Com respeito a tantas figuras importantes do PSDB, mas a grande mídia e esses setores que querem derrubar o presidente da República já tem candidato: o candidato é o ex-presidente FHC”, afirmou.

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Cartas na mesa

É preciso abrir o jogo: não se trata só de Dilma ou do PT, mas da exaustão do atual arranjo político brasileiro. E mais: o que idealizamos na Constituição de 1988, cujo valor é indiscutível, era construir uma democracia plena e um país decente, com acesso generalizado à Educação pública, Saúde gratuita e Previdência Social. Mais ainda, acesso à terra para os que nela precisassem trabalhar, bem como assistência social aos que dela necessitassem. A execução desse programa encontra dificuldades crescentes porque a estrutura estatal é burocratizada e corporativista. E também porque a sociedade não quer e não pode pagar cada vez mais tributos quando os gastos não param de se expandir.

Era inevitável que nos encontrássemos nessa situação? Não. Contudo, para evitar a crise do sistema de partidos e da relação Executivo/Legislativo, teriam sido necessários, no mínimo, os contrapesos da “lei de barreira” e da proibição de alianças partidárias nas eleições proporcionais, restrição aos gastos de campanha e regras mais severas para seu financiamento.

Mas não é só. A má condução da política econômica tornou impossível ao governo petista seguir oferecendo os benefícios sociais propostos, senão pagando o preço da falência do Tesouro. Não me refiro às bolsas, que vêm do governo Itamar, foram ampliadas em meu governo e consolidadas nos governos petistas: elas são grãos de areia quando comparadas com as “bolsas empresários” oferecidas pelos bancos públicos com recursos do Tesouro. Sem mencionar o grau inédito de corrupção, azeite que amaciou as relações entre governos, partidos e empresas e que deu no que deu: desmoralização e desesperança. Oxalá continue a dar cadeia também.

Diante disso, como manter a ilusão de que as instituições estão funcionando? Algumas corporações do Estado, sim, se robusteceram: partes do Ministério Público e da Polícia Federal, segmentos do Judiciário, as Forças Armadas e partes significativas da burocracia pública, como no Itamaraty, na Receita e em algum ministério, ou no Banco Central. Entretanto, no conjunto, o Estado entrou em paralisia, não só o Executivo, como também a burocracia e o Congresso. Este pelas causas acima aludidas, cuja consequência mais visível é a fragmentação dos partidos e a quase impossibilidade de se constituir maiorias para enfrentar as dificuldades que estão levando ao desmonte do sistema político.

Nada disso ocorreu de repente. Repito o que disse em outras oportunidades: na viagem que a presidente Dilma fez em 2013 para prestar homenagens fúnebres a Mandela, acompanhada por todos os ex-presidentes, eu mesmo lhes disse: o sistema político acabou; nossos partidos não podem ou não querem mudar; busquemos os mínimos denominadores comuns para sair do impasse, pois somos todos responsáveis por ele. Apenas o presidente Sarney se mostrou sensível às minhas palavras.

Agora é tarde. Estamos em situação que se aproxima à da Quarta República Francesa, cujo fim coincidiu com os desajustes das guerras coloniais, tentativas de golpe e, finalmente, a solução gaullista. Aqui as Forças Armadas, como é certo, são garantes da ordem e não atores políticos. É hora, portanto, de líderes, de pessoas desassombradas, dizerem a verdade: não sairemos da encalacrada sem um esforço coletivo e uma mudança nas regras do jogo. A questão não é só econômica. Sobre as medidas econômicas, à parte os aloprados de sempre, vai-se formando uma convergência, basta ler nos jornais o que dizem os economistas.

Mesmo temas sensíveis, nos quais ousei tocar quando exercia a Presidência e que caro me custaram em matéria de popularidade, voltam à baila: no âmbito trabalhista, como disse o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Gandra Martins, citando como exemplo o Programa de Proteção ao Emprego, comecemos por aceitar que o acordado entre os sindicatos prevaleça sobre o legislado, desde que respeitadas as garantias fundamentais asseguradas aos trabalhadores pela CLT. Enfrentemos o déficit previdenciário, definindo uma idade mínima para a aposentadoria que se efetive progressivamente, digamos, em dez anos. Aspiremos, com audácia, que um novo governo, formado dentro das regras constitucionais, leve o Congresso a aprovar algumas medidas básicas que limitem o endividamento federal, compatibilizemos gasto público com o crescimento do PIB e das receitas, e melhorem o sistema tributário, em especial em relação ao ICMS.

Dentre as medidas fundamentais a serem aprovadas, a principal é, obviamente, a reformulação da legislação partidário-eleitoral. O nó é político: eleições com a legislação atual resultarão na repetição do mesmo despautério no Legislativo. Há que mudar logo a lei dos partidos, restringindo a expansão de seu número, e alterando as regras de financiamento eleitoral para evitar a corrupção. Por boas que tenham sido as intenções da proibição de contribuição de empresas aos partidos, teria sido melhor limitar a contribuição de cada conglomerado econômico a, digamos, X milhões de reais, obrigando as empresas a doarem apenas ao partido que escolherem, e por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, que controlaria os gastos das campanhas. A proibição pura e simples pode levar, como ocorreu em outros países, a que o dinheiro ilícito, de caixa dois ou do crime organizado, destrua de vez o sistema representativo.

Ideias não faltam. Mas é preciso mudar a cultura, o que é lento, e reformar já as instituições. É tempo para que se verifique a viabilidade, como proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil e por vários parlamentares, de instituir um regime semiparlamentarista, com uma Presidência forte e equilibradora, mas não gerencial. Só nas crises se fazem grandes mudanças. Estamos em uma. Mãos à obra.