Geraldo Freire comunica saída da Rádio Jornal do Commercio

Uma das vozes mais marcantes do rádio pernambucano se despediu da Rádio Jornal do Commercio. O comunicador Geraldo Freire gravou um vídeo nesta quinta-feira (23) comunicando sua saída do programa Super Manhã após 30 na empresa.

“Me despedi da rádio hoje. Entrei de férias na segunda e comuniquei agora para dar tempo a empresa tomar providências sem atropelos. Tivemos uma convivência excelente por mais de 30 anos e não quero contrariar meus amigos”, disse no vídeo.

Geraldo Freire lança biografia em Petrolina

Um ícono do rádio brasileiro, a maior audiência do nordeste, Geraldo Freire, o comunicador da maioria, esteve no último sábado em Petrolina lançado seu livro “O que Eu Disse e o Que Me Disseram: A improvável Vida de Geraldo Freire”, uma biografia reunindo suas histórias em quase 40 anos de radialista.

Amigos e admiradores marcaram presença em um hotel da cidade para prestigiar o grande comunicador que autografou muitos exemplares da obra literária.

Geraldo Freire é antes de tudo um apaixonado pelo rádio, acompanhou de perto os grandes comunicadores de Pernambuco, conviveu com as vozes mais bonitas na época em que o timbre fazia a diferença entre os radialistas. Os tempos mudaram, talvez a voz não seja mais um fator primordial para os comunicadores, mas a associação de uma boa voz com o conhecimento fez de Geraldo um dos nomes mais conhecidos do rádio em todo o país.

A obra, que contou com a ajuda do professor Eugênio Jerônimo e levou 10 anos para ser concluída, relata histórias curiosas e interessantes envolvendo personagens locais, como Miguel Arraes e Dom Helder.

O livro, que tem o prefácio assinado por Xico Sá, conta com depoimentos de Ivanildo Vila Nova, Moacir Franco e Jessier Quirino.

Companheiro da Rádio Jornal Recife, o radialista Ciro Bezerra, fez questão de acompanhar Geraldo à Petrolina e também aproveitou para rever amigos da cidade.

Empresário João Carlos Paes Mendonça afirma que nunca presenciou uma crise econômica como esta

joão carlos paes mendonça

O empresário e presidente do grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, foi o entrevistado do debate da Super Manhã, desta terça-feira (1º). Geraldo Freire, ao lado do editor de economia do Jornal do Commercio, Saulo Moreira, e a diretora de jornalismo da Rede Globo Nordeste, Jô Mazarollo, conduziu o debate.

Ao abordar o tema da crise econômica no Brasil, o empresário afirmou que nunca presenciou um momento como esse. “Essa talvez seja a maior crise da nossa história”, destacou. “Essa crise é uma tempestade perfeita”.

Para ele, a crise tem um grande viés político. “É uma crise de competência e infelizmente 2016 parece que não vai ser melhor”, comentou.

O empresário criticou ainda o formato dos programas sociais do governo, mas destacou a importância de algumas medidas que protegem as classes menos beneficiadas. “Eu sou favorável que se dê o apoio às pessoas necessitadas, que precisam, mas momentaneamente. Depois você tem que dar oportunidade para que essas pessoas se livrem desses programas”, frisou, citando como exemplo o Bolsa Família. “Deixou de ser um projeto social para ser um projeto político”.

Sobre as medidas adotadas pelo Governo Federal para frear a crise, João Carlos foi enfático e afirmou que os empresários brasileiros estão desmotivados, principalmente pelas burocracias. “Não vi nenhum ato nesse governo, só discurso. Qual a motivação que um empresário tem no Brasil?”, questionou.

Ele lançou uma luz sobre o futuro da economia do país, porém, consciente de que 2016 também será um ano difícil. “Essa crise vai demorar, mas passa. E quem tem coragem estará muito na frente de quem tem medo de investir”, afirmou.

Sobre Pernambuco, Paes Mendonça elogiou as estruturas do estado, mas criticou a má utilização do Centro de Convenções de Olinda, afirmando que o espaço deixa de realizar muitos eventos para atrair o público. “O Centro de Convenções não está sendo utilizado da melhor forma. Nós perdemos oportunidades”, disse. “Ele é muito pequeno, não está mais compatível com o mundo moderno”, completou.

Sobre a carga tributária do Brasil, o empresário afirmou que o país deve parar de aumentar a cobrança de impostos dos brasileiros e criticou o discurso de defesa da CPMF utilizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como tributo para auxiliar na saída da crise. “Precisamos reduzir a máquina do Estado. Nós precisamos reduzir o custeio, o desperdício e investir certo”, disse. “A CPMF nunca foi temporária. Para quê a volta da CPMF?”.

João Carlos Paes Mendonça fez uma análise rápida da vinda da Copa do Mundo ao Brasil, que, na sua opinião, não trouxe nada de positivo. Ele aproveitou a oportunidade para comentar a construção da Arena Pernambuco. “Não precisávamos da Arena Pernambuco. Era para ter usado o Arruda. A Arena não rendeu nada para o estado”, afirmou. “Para receber três jogos medíocres, gastamos uma fortuna. Não tem mobilidade. Está lá, um elefante branco. Não trouxe nada para Pernambuco”, atacou, dizendo ainda que o Clube Náutico teria sido prejudicado por conta da ida para a Arena, o que afastou a torcida.