Hemofilia: doença hereditária é mais comum entre os homens 

(Imagem: ASCOM)

O Dia do Hemofílico, lembrado nesta sexta-feira (4), tem como objetivo chamar atenção à Hemofilia, um grupo de doenças genéticas hereditárias que prejudicam a capacidade do corpo humano em controlar a circulação do sangue, além de dificultar o processo da coagulação, que é usado para parar hemorragias. O Dia do Hemofílico foi instituído no Brasil após a morte do escritor e cartunista brasileiro Henrique de Souza Filho, o Henfil, e dos seus irmãos, que possuíam a doença e que, por conta das transfusões de sangue – antes necessárias ao controle da patologia – acabaram por contrair o vírus HIV, em 1988.

É mais provável a hemofilia ocorrer em homens do que em mulheres. Isso acontece porque a doença é fruto de um defeito genético no cromossomo X. Como as mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm apenas um, o gene defeituoso está garantido a se manifestar em qualquer homem que o carrega. Como as mulheres têm dois cromossomos X e hemofilia é rara, a chance de uma mulher ter duas cópias defeituosas do gene é muito remota.

LEIA MAIS

Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina sedia I Simpósio de Hemofilia do Vale do São Francisco

(Foto: ASCOM)

O Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina sediou ontem (24) o I Simpósio de Hemofilia do Vale do São Francisco, que reuniu profissionais de saúde de diversas instituições públicas e privadas da região para discutir sobre a doença e a abordagem clínica aos pacientes. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a unidade materno/infantil, Hospital Universitário da Univasf/HU e o Hemope.

Sob a organização do hematologista Jandir Nicácio, o evento contou com a participação de convidados especialistas do Hemope Recife que, entre outros assuntos, abordaram o tratamento periodontal do paciente hemofílico e o papel da enfermagem na assistência ao paciente e ao cuidador. Além das atividades teóricas, foi realizado um treinamento prático para a enfermagem e a fisioterapia, com foco na administração de medicamentos e os tipos de exercícios indicados para o paciente hemofílico, que apresenta, entre outros sintomas, sangramento nas articulações.

Segundo Jandir, o Hospital Dom Malan foi o local escolhido para sediar o evento pela proximidade com o tema. “Temos em média 60 pacientes hemofílicos, sendo mais de 50% crianças. Por ser referência em pediatria, o HDM é o que faz, geralmente, essa primeira abordagem. Então, a nossa intensão é proporcionar um maior conhecimento sobre a doença aos profissionais de saúde do serviço, para que seja oferecida uma assistência de melhor qualidade ao usuário. Na maioria das vezes, a criança chega sangrando à urgência e emergência, e os profissionais precisam rapidamente identificar o paciente hemofílico e saber como tratá-lo”, esclarece.

LEIA MAIS

HU-Univasf promove I Simpósio em Hemofilia em Petrolina

(Foto: Arquivo)

A partir das 8h de amanhã (24) o Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) promove o I Simpósio em Hemofilia. O evento reunirá médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos para discutir sobre a doença e a abordagem clinica aos pacientes.

As palestras serão ministradas por especialistas de Recife e de Petrolina, que abordarão temas como: “O papel da enfermagem na assistência ao paciente e cuidador”, “ Tratamento Periodontal do paciente Hemofílico”, entre outros, além de apresentações de casos clínicos.

“A ideia é desmitificar a doença para os próprios profissionais de saúde. A programação trará informações sobre o que é a hemofilia, complicações e tratamentos. Um dos grandes problemas é a abordagem na urgência. É importante que as equipes de saúde estejam preparadas para tratar desse paciente”, explicou o hematologista do HU-Univasf, Jandir Nicacio.

A promoção do simpósio faz parte das atividades do “Grupo de Atenção ao Paciente Hemofílico e Cuidador do HU”, formado por profissionais das áreas de medicina, enfermagem, fisioterapia, serviço social e psicologia, que vêm fazendo um acompanhamento multiprofissional dos hemofílicos do estado de Pernambuco e de seus familiares no HU-Univasf.

A ideia do grupo é desenvolver trabalhos de educação continuada, tanto para melhorar a assistência ao paciente nas unidades básicas e nos serviços terciários, quanto para combater o desconhecimento e preconceitos relacionados à doença.