No HR, parte do teto desabou, mas outros hospitais vivem situação calamitosa em Pernambuco; veja a situação

Problemas estruturais são vistos inclusive na parte externa do Hospital da Restauração (HR) – FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Após um teto cair em decorrência de uma tubulação rompida no Hospital da Restauração (HR), na tarde desta segunda-feira (2), um alerta foi aceso em relação à situação da saúde pública em Pernambuco. Além do HR, que é a maior emergência pública do Norte e Nordeste, o JC denunciou também, nos últimos dias, a situação dos Hospitais Barão de Lucena, na Iputinga, e Agamenon Magalhães (HAM), em Casa Amarela.

Grandes filas de espera, com longos corredores de espera, pisos degradados e tetos com infiltração são os principais problemas nas unidades de saúde geridas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Problemas que se “concretizaram” nesta segunda-feira (2), no Hospital da Restauração, que é considerada a principal emergência pública do Estado. Com a queda de parte do teto na unidade de trauma, 80 pacientes tiveram que ser removidos do local. O teto é de gesso e duas placas caíram na unidade hospitalar. À imprensa, o diretor do HR, Miguel Arcanjo, garantiu que não há falta d’água e que a situação estava sob controle.

Apesar da “garantia” do diretor, o JC ouviu de pacientes do hospital que há problemas de superlotação, demora em atendimentos e realização de exames no Hospital da Restauração. A unidade é considerada uma referência no atendimento de casos de queimaduras graves, intoxicação, agressões, acidentes de trânsito e neurocirurgia.

Hospital Barão de Lucena

Os problemas se estendem ao Hospital Barão de Lucena, na Iputinga. A unidade é uma das referências no atendimento materno-infantil, recebendo gestantes de todas as regiões de Pernambuco. Pacientes contaram ao JC sobre problemas relacionados ao atendimento, alimentação e estrutura. A direção do HBL, através da SES, informou à reportagem do JC que o projeto de reforma do bloco obstétrico já está em andamento e deve ser licitado em breve.

“A estrutura, a limpeza e a alimentação oferecida pelo hospital precisam melhorar muito. A comida não presta mesmo”, disse a auxiliar de serviços gerais Jitaniely Silva Lima, 26 anos, moradora de São Joaquim do Monte, que precisou de internamento em fevereiro para tratar um hipertireoidismo.

Hospital Agamenon Magalhães

No Hospital Agamenon Magalhães, em Casa Amarela, pacientes revelaram que há macas espalhadas pelo chão – umas próximas às outras -, além da queixa de ratos e baratas em dias de chuvas no local. “Há muitas macas pelo chão, uma colada na outra, com pacientes esperando muito tempo para atendimento. Minha sogra passou uma semana na emergência, e vimos tudo isso. Hoje, com quase dois meses de hospital depois de ter passado pelas pontes de safena e mamária, ela já está numa sala mais tranquila”, disse o ambulante de praia Paulo da Costa, 31 anos.

Em nota à reportagem, a SES reiterou que não há macas no chão. “Os pacientes que chegam ao serviço em ambulâncias são transportados, no momento da admissão, nas macas baixas utilizadas nos veículos. Após a acomodação no setor, são realocados para os leitos.”

“Minha mãe acaba de falecer por negligência médica no hospital Regional de Juazeiro”, relata filha nas redes sociais

Esse foi o sentimento da senhora Fátima Santos ao perceber que sua mãe, uma idosa, estava morrendo sem receber o devido atendimento no Hospital Regional de Juazeiro-BA (HRJ). Indignada ela postou o vídeo, com imagens fortes, do momento em que profissionais da saúde tentavam reanimar a idosa. “Meu Deus que coisa horrível que eu estou vendo na minha frente, fazendo uma massagem cardíaca em uma idosa que já estava cansada deste ontem em cima de um colchão, de uma cama, em um  leite de uma enfermaria, que era para a pessoa está na UTI. Vocês estão fazendo o que? Não estão fazendo nada!… Cadê a médica que não está aqui?…médico da emergência até agora não chegou”, questionou.

Veja vídeo: