Ministério Público analisará mais de 1,3 mil inquéritos de delegacias extintas pelo Governo de Pernambuco

(Foto: Jarbas Araújo/Alepe)

A extinção da Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) fez o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ter sob sua tutela mais de 1,3 mil inquéritos que serão analisados e encaminhados à promotoria criminal.

O MPPE tomou a decisão para que nenhuma das investigações ainda em curso seja afetada. A previsão é que os inquéritos chegam ao órgão nessas semana, afirma a promotora de Justiça Helena Martins. “Os promotores vão analisar e dar o encaminhamento devido. Vamos verificar se os inquéritos estão em fase de conclusão e podem virar denúncias ou se ainda será preciso fazer alguma diligência policial”, disse.

A Decasp foi extinta na semana passada após aprovação da lei estadual que criou o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Sob fortes críticas, o Governo do Estado. Ontem a Justiça deu um prazo de 72 horas para o Estado se pronuncia a respeito do fim da delegacia.

Cerca de 70% dos inquéritos abertos por Fachin envolvem pagamento de caixa 2

(Foto: Internet)

Dos 81 inquéritos abertos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, 71%, ou 58 inquéritos, tratam de acusações de pagamento de caixa 2, recursos não contabilizados pela Justiça e pagos a partidos e políticos a pretexto de campanhas eleitorais.

Já os 29% restantes (23 inquéritos) envolvem acusações de pagamento de propina para facilitar contratos e licitações da empreiteira Odebrecht com o Poder Público ou para aprovar medidas em tramitação no Congresso Nacional que beneficiariam a construtura.

Em parte dos inquéritos que tratam de caixa 2, os delatores especificam que os recursos estavam de alguma forma ligados a uma contrapartida, como futuros contratos com o Poder Público. Na maioria dos casos, a empreiteira esperava conseguir obras de saneamento básico.

O ex-diretor da empreiteira Alexandrino de Alencar afirmou, em delação, que o objetivo com os pagamentos de caixa 2 e também com doações oficiais era o crescimento do grupo Odebrecht.

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STF abre mais dois inquéritos sobre Eduardo Cunha

cunha

Os pedidos chegaram à Corte na semana passada, em segredo de Justiça, e citam os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a abertura de dois novos inquéritos para investigar a suposta ligação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o esquema de corrupção da Petrobras.

Os dois processos estão em segredo de justiça e não há detalhes das novas linhas de investigação, mas os inquéritos tratam de crimes de corrupção ativa e passiva e ainda de lavagem de dinheiro.

Cunha já é alvo de uma ação penal, uma denúncia e mais um inquérito na Lava-Jato, que o investigam por recebimento de propina em recursos desviados da estatal. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a֭rmou que duas novas denúncias Bcontra Cunha devem ser apresentadas em breve ao STF.

Em fevereiro, o STF transformou Cunha em réu, sob acusação dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por seu suposto envolvimento no esquema de desvios na Petrobras.