STJ manda soltar Joesley e executivos da J&F presos na Operação Capitu

(Foto: Felipe Frazão/AE)

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa J&F, bem como três ex-executivos da empresa: Ricardo Saud, Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira. Eles haviam sido presos em 9 de novembro na Operação Capitu, que apura o suposto esquema de pagamento de mais de R$ 30 milhões em propina, entre 2014 e 2015, a parlamentares do MDB em troca de favorecimentos no Ministério da Agricultura..

Em decisão assinada ontem (11), Cordeiro havia determinado a soltura do ex-ministro da Agricultura Neri Gueller e do ex-secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo. Nesta segunda, o ministro estendeu os efeitos da ordem de soltura a todos os 19 investigados na operação.

Também foram libertados o vice-governador de Minas Gerais Antonio Andrade e o empresário do ramo de supermercados Walter Santana Arantes. O ex-deputado Eduardo Cunha também teve um habeas corpus concedido, mas continuará preso no âmbito da Operação Lava Jato.

LEIA MAIS

Defesa de Joesley Batista desiste de ouvir Janot como testemunha no STF

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A defesa dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da J&F, desistiu hoje (12) do depoimento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, quando ele já se encontrava dentro da sala de audiências, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Janot falaria como testemunha no processo em que ele mesmo pede ao Supremo que anule o acordo de delação premiada firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) com os irmãos Batista e outros dois executivos da empresa – Ricardo Saud e Francisco de Assis. O depoimento fora autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator do caso.

Aborrecido após deixar a sala de audiências, Janot disse que esperava ao menos a “cortesia” de ter sido comunicado sobre a desistência antes de precisar se deslocar ao Supremo. “Concordei aqui em estar há muito tempo”, lembrou. Ele sugeriu que ao fazê-lo expor-se publicamente ao ir ao STF, a defesa pode ter tentado constrangê-lo.

LEIA MAIS

Joesley Batista é preso em desdobramento da Lava Jato

(Foto: Marcelo Gonçalves/Sigmapress)

Empresário e um dos proprietários da JBS, Joesley Batista foi preso na manhã dessa sexta-feira (9) durante uma ação da Polícia Federal (PF) que é desdobramento da Operação Lava Jato. Além de Joesley, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB) também foi preso.

A PF investiga crimes de lavagem de dinheiro, visando desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura. Andrade foi ministro da pasta entre 2013 e 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT).

O sucessor de Andrade no ministério, o deputado federal eleito Neri Geller (PP-MT), também foi preso pela PF nesta sexta, em Rondonópolis (MT). Geller ocupou a pasta em 2014. Segundo a PF, a JBS teria, por exemplo, pago R$ 7 milhões por ações em troca de atos do ministério que beneficiassem a empresa.

LEIA MAIS

Joesley Batista e Ricardo Saud deixam a carceragem da PF, mas terão que usar tornozeleira eletrônica

Joesley Batista e Ricardo Saud. (Foto: Internet)

O executivo Joesley Batista, dono da holding J&F – controladora do grupo JBS, deixou a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (9). O empresário estava preso preventivamente desde setembro do ano passado.

A decisão de soltar o empresário foi do juiz federal Marcos Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília. Segundo o magistrado, a prisão do executivo era “flagrantemente aviltante ao princípio da razoável duração do processo”, já que a conclusão da instrução criminal deveria durar até 120 dias.

Também foi beneficiado pelo habeas corpus concedido nesta sexta-feira (9) o ex-diretor do grupo, Ricardo Saud, que foi preso junto com Joesley, mas estava detido na penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele também já deixou a prisão. O juiz Marcos Vinícius Reis Bastos ainda determinou que os dois executivos entregassem seus passaportes.

Os executivos estavam presos preventivamente após terem sido acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstrução de Justiça, por supostamente terem ocultado informações em seus acordos de delação premiada.

A PGR pediu a rescisão dos acordos ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o juiz Reis Bastos ressaltou que as delações ainda não tiveram a respectiva revogação homologada, motivo pelo qual os executivos ainda gozam de imunidade penal, também não podendo, dessa maneira, permanecer presos em decorrência das investigações ligadas ao inquérito de organização criminosa do qual são alvo na Justiça Federal no Distrito Federal.

Mesmo soltos, Ricardo Saud e Joesley Batista devem usar tornozeleira eletrônica, por força de uma medida cautelar vigente em outra investigação sobre manipulação de mercado financeiro.

Janot pede a prisão de Joesley, Saud e Miller

O empresário depôs por quase três horas na sede da PGR, em Brasília. (Foto: Felipe Frazão/AE)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, nesta sexta-feira (8), ao Supremo Tribunal Federal (STF) as prisões do dono do grupo J&F, Joesley Batista, do executivo Ricardo Saud e do ex-procurador Marcello Miller. O pedido ainda precisa ser analisado pelo ministro Edson Fachin, que é relator da Lava Jato na Corte.

A prisão preventiva já vinha sendo analisada por Janot nos últimos dias.  Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Joesley Batista afirmou que não recebeu orientações do ex-procurador Marcello Miller para negociar um acordo de delação nem para gravar o presidente Michel Temer no encontro no Palácio do Jaburu, em 7 de março. O empresário depôs por quase três horas na sede da PGR, em Brasília.

Com informações do FolhaPE

Delatores da JBS dizem que não falaram a verdade em áudio

Joesley Batista e Ricardo Saud

Um dia após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot denunciar suspeitas de interferência no trabalho do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de executivos da JBS, eles disseram que “não falaram a verdade nas gravações entregues a PGR”. Em nota, enviada pela empresa de carnes, Joesley Batista e Ricardo Saud dizem ter mentido durante as conversas.

As gravações foram entregues em cumprimento a um acordo de delação premiada. “A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade”.
A dupla segue afirmando que não tem conhecimento de ilegalidades cometidas na Suprema Corte e na Procuradoria-Geral da República. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público.

Joesley afirma que Temer é ‘o chefe de quadrilha mais perigosa do Brasil’, presidente responde

(Foto: Internet)

Briga entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer (PMDB) ganhou um novo capítulo, depois da declaração do empresário que acusa o presidente de liderar quadrilha. Neste sábado (17) a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou, por meio de nota, que ingressará na próxima segunda com ações na Justiça contra o dono do grupo J&F.

A nota foi divulgada após a entrevista de Joesley à revista “Época”. Na reportagem, o empresário acusa o presidente de liderar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil” e afirma que Temer não tinha “cerimônia” para pedir dinheiro para o PMDB.

Na nota, o Palácio do Planalto acusa o empresário de “desfiar mentiras” na entrevista e aponta “inverdades” que teriam sido narradas por Joesley à revista.

“Em entrevista, ele diz que o presidente sempre pede algo a ele nas conversas que tiveram. Não é do feitio do presidente tal comportamento mendicante. Quando se encontraram, não se ouve ou se registra nenhum pedido do presidente a ele. E, sim, o contrário. Era Joesley quem queria resolver seus problemas no governo, e pede seguidamente. Não foi atendido antes, muito menos depois”, afirma a nota.

Logo depois, o Palácio do Planalto passa a criticar o acordo de delação premiada firmado entre Joesley Batista e o Ministério Público Federal. Segundo a nota, os crimes admitidos pelo empresário “somariam mais de 2000 mil anos de detenção”.

LEIA MAIS

Temer admite que usou avião particular em janeiro de 2011

(Foto: Internet)

Nota divulgada nesta quarta-feira (7) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirma que em janeiro de 2011, o presidente Michel Temer (PMDB), utilizou um avião particular para levar a família de São Paulo a Comandatuba, na Bahia. Segundo a nota, Temer, à época vice-presidente da República, não pagou pelo serviço e não sabia a quem o avião pertencia.

Segundo o diário de bordo, a ida foi entregue aos investigadores como forma de tentar comprovar a relação de proximidade de Temer com o empresário, o que o presidente nega. A assessoria do Palácio do Planato informou que Temer havia utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma viagem para Comandatuba em abril de 2011 e não em janeiro daquele ano.

LEIA MAIS

Termina hoje o prazo para Michel Temer responder as 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal

(Foto: Arquivo)

Termina hoje (6) o prazo para o presidente Michel Temer (PMDB) responder os questionamentos enviados pela Polícia Federal. Todas dizem respeito à investigação sobre inquérito em que o presidente é acusado de corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa.

As questões foram enviadas na segunda (6) e aumentaram o grau de incerteza política, às vésperas do julgamento em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começa a votar, nesta terça (6), pela cassação da chapa Dilma-Temer.

Os advogados avaliam se o presidente vai responder aos questionamentos ou exercer o direito de ficar em silêncio. Cogitam, também, pedir extensão do prazo de resposta.

Leia, abaixo, as 82 perguntas formuladas pela Polícia Federal:

LEIA MAIS

Joesley Batista afirma que seu grupo pagou R$ 500 milhões em doações eleitorais a políticos nos últimos 15 anos; veja vídeo

O STF liberou no início da tarde desta sexta-feira (19) os vídeos e os documentos da delação do empresário Joesley Batista, dono da J&F, empresa que controla o frigorífico JBS.

Na delação, Joesley Batista afirmou à Procuradoria que seu grupo pagou R$ 500 milhões em doações eleitorais a políticos nos últimos 15 anos. O empresário disse ainda que a pedido de Temer aceitou fazer pagamentos totais de R$ 4,7 milhões, de 2010 a março de 2017.

Veja vídeo com delação:

Fonte Folha

Temer nega ter solicitado pagamentos para obter silêncio de Cunha

O presidente Michel Temer disse, através de comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, que “jamais” solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha, e nega também ter participado ou autorizado “qualquer movimento” para evitar delação do correligionário.

O presidente pediu ainda “ampla e profunda investigação” para apurar as denúncias publicadas, e pediu “responsabilização” de envolvidos em crimes. Após a publicação das reportagens do GLOBO, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros palacianos e Henrique Meirelles, além de assessores. Às 21h, Meirelles deixou o gabinete por um instante para fazer uma ligação. A segurança interna do palácio proibiu acesso de jornalistas ao quarto andar, mesmo com consentimento de assessores do governo.

Confira a íntegra da nota:

“O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex­-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex­-parlamentar. O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República. O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados”.

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a dono da JBS, diz jornal

Presidente do PSDB e senador por Minas Gerais, Aécio Neves

Aécio Neves, presidente do PSDB e senador por Minas Gerais, foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS, segundo reportagem do jornal O Globo publicada nesta quarta-feira (17).

De acordo com a publicação, as informações fazem parte de uma delação de Joesley que ainda não foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O depoimento do empresário foi dado à PGR (Procuradoria-Geral da República) em abril e, no dia 10 passado, o conteúdo foi comunicado ao ministro do Supremo Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

Joesley entregou um áudio à PGR em que o tucano pede a quantia, sob o pretexto de pagar as despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.

Segundo a reportagem, Aécio e Joesley se encontraram no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O diálogo gravado durou cerca de 30 minutos.

Na gravação obtida pelo jornal, o tucano afirmou que iria contratar o criminalista Alberto Toron para defendê-lo na Lava Jato. O nome do advogado já havia sido citado à Joesley, anteriormente, por Andréa Neves, irmã e braço-direito do senador.

O jornal detalha como foi o diálogo. Joesley pergunta como poderia fazer a entrega das malas com os valores. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs o empresário. O senador respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”.

Aécio indicou um primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.

Quem levou o dinheiro a Fred foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou uma delas.

No material que chegou às mãos de Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, na semana passada, segundo O Globo, a PGR diz ter elementos para afirmar que o dinheiro não foi repassado a advogado algum. As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Ele foi seguido pela PF durante as três viagens.

As investigações da PGR revelaram que o dinheiro não era para advogado. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a JBS informou que não vai se posicionar sobre as eventuais gravações feitas por Joesley Batista e reveladas pelo jornal O Globo.

Procurada, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse, também por meio de sua assessoria de imprensa, que não se manifestará sobre eventuais acordos de colaboração que ainda não foram homologados.

Dono da JBS afirma que Temer deu aval a compra de silêncio de Cunha, diz “O Globo”

Presidente Michel Temer (PMDB)

O dono da JBS, Joesley Batista, afirmou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que o presidente Michel Temer (PMDB) deu aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e do operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” nesta quarta-feira (17).

De acordo com a publicação, as informações fazem parte de uma delação de Joesley que ainda não foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O depoimento do empresário foi dado à PGR em abril e, no dia 10 passado, o conteúdo foi comunicado ao ministro do Supremo Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

Ainda de acordo com o jornal, a conversa entre Joesley e Temer teria acontecido no dia 7 de março no Palácio do Planalto. O empresário teria gravado a conversa com um gravador escondido.

Segundo a reportagem de “O Globo”, Joesley disse ter contado a Temer que estava pagando a Cunha e Funaro para ficarem calados. O presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”

A publicação também informou que a PF registrou ao menos uma entrega de R$ 400 mil para Roberta, irmã de Lúcio Funaro. Já o dinheiro para Cunha seria entregue a Altair Alves Pinto. Altair já fora apontado pelo operador Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, como o responsável por receber as propinas destinadas ao ex-deputado.

Cunha teria agido a favor da J&F em projetos de lei e no fundo FI-FGTS, que investiu mais de R$ 1 bilhão em empresas do grupo.

O empresário disse ter pagado ao menos R$ 5 milhões a Cunha depois de sua prisão, e ainda devia mais R$ 20 milhões relativos à tramitação de uma lei que previa a desoneração de impostos no setor de frango

Deputado teria resolvido “assunto” da J&F

Ainda de acordo com o relato de Joesley publicado por “O Globo”, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver “um assunto” da J&F, a holding que controla a JBS. Depois, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil mandados pelo empresário.

A “pendência” da J&F com o governo, segundo Joesley, era uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica EPE, que pertence ao grupo. Loures teria ligado para o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gilvandro Araújo, para interceder pela J&F. Pelo serviço, Joesley teria oferecido a Loures uma propina de 5%, que teria sido aceita pelo deputado.

Depois, Joesley e Ricardo Saud, diretor da JBS, teriam acordado com Loures o pagamento de uma propina de R$ 500 mil semanais por 20 anos –o que totalizaria quase meio bilhão de reais. O deputado teria dito que levaria a proposta a alguém acima dele.

Ao menos uma entrega de R$ 500 mil a Loures, feita por Saud, teria sido flagrada pela PF em São Paulo.

Joesley, Saud e mais cinco pessoas da JBS devem pagar uma multa de R$ 225 milhões, segundo “O Globo”.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a JBS informou que não vai se posicionar sobre as eventuais gravações feitas por Joesley Batista e reveladas pelo jornal O Globo.

O advogado do economista Lúcio Funaro, Bruno Espiñera, disse não ter conhecimento sobre pagamentos em dinheiro feito a Funaro e parentes dele. Ele disse que irá se encontrar com seu cliente, que está preso em Brasília, nesta quinta-feira (18).

“Estou tão surpreso com essa informação quanto qualquer outra pessoa. Não tinha conhecimento dessas informações, mas até falar com meu cliente e saber o que ele tem a dizer sobre isso, vou continuar tratando essas informações como mais uma delação que ainda precisa ser confirmada”, afirmou.

Procurada, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se manifestará sobre eventuais acordos de colaboração que ainda não foram homologados.