Bio-Manguinhos será laboratório de prontidão para emergências globais

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, vai se tornar um laboratório de prontidão para produção de vacinas em situações de emergência sanitária. A partir da associação a uma rede formada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o laboratório brasileiro será acionado para fornecer vacinas para outros países, especialmente na América Latina, em caso de epidemia ou pandemia. Os termos de cooperação devem ser assinados em breve, de acordo com o diretor de Bio Manguinhos Maurício Zuma:

“O ano de 2023 foi o mais marcante dos últimos anos, porque nós temos sido muito procurados, não só nacionalmente, mas internacionalmente, com a visibilidade que nós temos hoje. Para dar apoio internacional, para cumprir essa lacuna que tem de falta de vacinas no mundo”, explica. O Instituto é o principal produtor de vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e já fornece imunizantes para mais de 70 países em cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Obviamente que a nossa prioridade é sempre interna. Mas a gente deve se comprometer também a liberar doses para o exterior, o que a gente já faz. Mas eles querem contar com o nosso compromisso, e que a gente esteja preparado para poder dar essa resposta”, complementa Zuma.

Teconologia MRNA
Mas essa não é a única grande expectativa do Instituto para 2024. Ainda no primeiro semestre deve começar a fase de testes clínicos da vacina contra a covid-19 em plataforma de RNA mensageiro, revela Zuma: “como é uma tecnologia nossa, a gente não pode encomendar esses testes clínicos fora. Nós estamos esperando chegar o último equipamento da parte de downstream, que a gente chama, para poder produzir o lote clínico e aí já dar entrada no pedido dos estudos clínicos”

Essa é a mesma plataforma utilizada na vacina da Pfizer e consiste na produção de uma cópia sintética de parte do código genético do agente infeccioso. Quando essa molécula sintética é injetada no organismo, ativa o sistema imunológico, mesmo sem possuir nenhum fragmento real do causador da doença. Sua principal vantagem é a facilidade de adaptação da plataforma básica para combater agentes diferentes.

Os testes em animais já foram feitos e tiveram excelentes resultados, segundo Zuma. Ele acredita que o domínio dessa tecnologia seja uma alavanca para o futuro: “É a nossa vacina base (a vacina para a covid-19). Com essa vacina a gente vai já trabalhando em outras iniciativas, na mesma plataforma. A de vírus sincicial respiratório é uma delas. Eu acho que com a primeira vacina avançando bem, a gente vai poder acelerar vários outros projetos nessa plataforma. Esse projeto conversa com a questão da gente ser um laboratório de prontidão regional. (…) Você escolhendo a sequência genética do vírus, rapidamente você consegue fazer um protótipo e fazer o estudo clínico dele. Então é muito rápido”

Há também outras duas vacinas de destaque em desenvolvimento no Instituto, mas ainda no estágio de prova de conceito, quando os pesquisadores verificam, a partir de testes em animais, se o imunizante produz resposta imunológica no organismo. Uma delas é para combater o zika vírus, e a outra é uma opção contra a febre amarela feita com vírus inativado, ou seja, morto. Atualmente, a vacina disponível contra a febre amarela – feita com o vírus enfraquecido – não é aplicada de maneira geral nos idosos, porque eles têm mais risco de desenvolver efeitos adversos. Essa nova vacina pode solucionar essa limitação.

Estrutura
E para garantir que o Instituto dê conta de produzir esses novos imunizantes e atender à possível demanda internacional, algumas adaptações e uma grande ampliação estão em andamento. Em 2028, a Fiocruz deve inaugurar o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que está sendo construído em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agora que a iniciativa recebeu um novo aporte de R$  2 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as obras devem avançar com mais rapidez.

Quando a nova unidade estiver em funcionamento, Bio-Manguinhos vai conseguir dobrar a quantidade de processamento e produzir até 1 bilhão de doses de vacinas por dia, caso seja necessário. Zuma enfatiza que o projeto está sendo pensado para que Bio-Manguinhos ocupe a vanguarda da indústria farmacêutica.

Mas antes disso, as plantas do Instituto estão sendo adaptadas para otimizar a produção atual. “Nós vamos utilizar uma área nossa que foi desmobilizada para fazer uma construção modular para vacinas virais. Por exemplo, a vacina Rotavírus, hoje a gente não produz o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo – substância que produz a reação imunológica] porque a gente não tem lugar para produzir. Lá ele vai poder ser produzido e a gente vai poder concluir essa transferência de tecnologia. No caso de vacinas como rubéola, também vai aumentar muito a nossa capacidade. E abrindo espaço ali para rubéola, a gente abre espaço na nossa outra planta para aumentar a capacidade de sarampo e de caxumba”, conta Zuma.

E tudo isso também se relaciona com o aumento da relevância internacional do Instituto. Ainda no primeiro trimestre, Bio-Manguinhos deve ser certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para exportar a vacina dupla viral, que protege contra o sarampo e caxumba, e já está em negociação com a Opas e o Unicef, para entregar essas vacinas em países africanos.

“Além disso, essa planta também deverá ter uma nova produção da vacina atual de febre amarela de forma mais automatizada. Ou seja, a gente vai ter mais capacidade para essa vacina que tem um grande apelo internacional também. Então nós estamos nos comprometendo para o exterior com mais vacina de febre amarela e com vacina dupla viral”, complementa o diretor do instituto.

E caso haja alguma epidemia ou pandemia antes que a nova fábrica de Santa Cruz esteja pronta, uma nova linha de envase inaugurada recentemente pode produzir até 1 milhão de doses por dia, em situações de emergência.

Terapias avançadas
Zuma não quis dar mais detalhes, mas revelou também que o instituto está finalizando acordos para a produção de terapias avançadas, com tecnologia de vetor viral, semelhante à utilizada para o desenvolvimento de vacinas. Essas terapias são produtos biológicos criados a partir de célula e tecidos humanos processados, e até modificados geneticamente, para tratar doenças graves, ou resistentes a medicamentos tradicionais.

“E isso vai ser importantíssimo para o governo. Porque, primeiro que algumas empresas grandes farmacêuticas já propiciam o tratamento nessa plataforma a custos altíssimos, de US$ 500 mil para um tratamento assim. E isso sendo judicializado obriga o governo a bancar esses valores. Nós pretendemos com a nossa entrada reduzir isso a cerca de 10% do valor que hoje tá aí no mercado e a introdução desse tratamento no SUS. Mesmo que não seja como primeira linha, pelo custo, mas, caso outros tratamentos falhem, ele possa ser utilizado a um custo mais acessível”, finaliza Zuma.

Agência Brasil

Laboratório desenvolve projetos para monitorar mudança climática em PE

As chuvas que atingiram Recife e São Paulo este ano tem colocado a vida de milhares de pessoas que vivem em áreas vulneráveis ainda mais em risco e acendido o alerta da sociedade em busca de soluções possíveis. Com isso, a Casa Criatura, de Olinda (PE) e o Instituto Procomum, de Santos (SP), organizações de inovação social, se uniram para conectar pessoas, com diferentes saberes e experiências, para colaborarem e criarem soluções para os desafios climáticos locais, por meio do projeto Lab Tempestade.

O Lab Tempestade Olinda é um laboratório de inovação cidadã que visa prototipar soluções pautadas na temática das mudanças climáticas. No local, pessoas de diferentes áreas e contextos sociais trabalham no desenvolvimento de soluções climáticas criativas,  uma oportunidade para discutirem sobre os desafios enfrentados com a mudança climática e colaborarem para um futuro mais sustentável em Pernambuco. O projeto tem apoio da rede internacional Global Innovation Gathering e conta com o apoio da fundação alemã Nord-Süd-Brücken e do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha.

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Facape inicia implantação de laboratórios do Curso de Medicina

Integrando as obras de requalificação previstas para o curso de Medicina, a Faculdade de Petrolina (Facape) já iniciou as intervenções para implantação de seus laboratórios de ensino.

O projeto arquitetônico prevê a adequação de salas, laboratórios e espaços dedicados ao ensino-aprendizagem e prática acadêmica. A nova ala vai abrigar laboratórios como, morfofuncional, técnicas cirúrgicas, laboratório multifuncional, almoxarifado e área técnica.

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Laboratório do HU-Univasf possibilitará colaboração em pesquisas sobre Inovação e Avaliação de Tecnologias em Saúde 

(Foto: Ascom)

Após a criação do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS), o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh) conta com mais uma importante instância para a produção de pesquisas a partir da implantação do Laboratório Multiusuário de Inovação e Avaliação de Tecnologias em Saúde (LIATS), por intermédio da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) da instituição.

O LIATS visa, de modo geral, agregar competências que possibilitem a promoção da inovação tecnológica e contribuam para o desenvolvimento regional. Desta maneira, impulsionará a realização de pesquisas científicas voltadas ao desenvolvimento de inovações tecnológicas e avaliações de tecnologias em Saúde, compartilhando o seu espaço com o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do HU, a fim de promover a cultura da Prática de Saúde Baseada em Evidência.

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Laboratório de Diagnóstico Molecular de Covid-19 da Univasf soma 15 mil testes RT-PCR realizados na região

O Laboratório de Diagnóstico Molecular de Covid-19 da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) alcançou, na última sexta-feira (18), o número de 15 mil testes RT-PCR realizados desde que entrou em funcionamento, em agosto de 2020, por meio de um acordo de cooperação com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Pernambuco. O laboratório, que atua com apoio do Hospital Universitário (HU-Univasf/Ebserh), é o único no interior do estado a realizar exames diagnósticos do vírus Sars-Cov-2, utilizando a técnica RT-PCR e analisa as amostras provenientes dos sete municípios que fazem parte da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres) do Estado.

Com capacidade para processar até 4 mil exames por mês, o laboratório da Univasf quadruplicou a capacidade de processamento prevista inicialmente. Durante os meses de janeiro e fevereiro de 2022, com a disseminação da variante Ômicron na região de Petrolina, foram registrados os maiores volumes de testes processados. De acordo com o coordenador, Rodrigo Feliciano do Carmo, professor do Colegiado de Farmácia, somente em janeiro foram analisadas 2.793 amostras, das quais 14,18% deram positivo para Covid-19. Já no mês de fevereiro, foram 1.957 amostras, com uma taxa de 38,7% de testes positivos, que confirmam a velocidade de transmissão da Ômicron.

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Laboratório de Análises Clínicas do HU-Univasf recebe certificação de excelência

O Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patológica do Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh) teve a excelência dos seus processos reconhecida pelo terceiro ano consecutivo através do Programa Nacional de Controle da Qualidade (PNCQ). Com o resultado, a unidade foi certificada na categoria bronze pelo desempenho em ensaio de proficiência validado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.

Em 2021, o laboratório alcançou a notável marca de 94,13% de aderência aos parâmetros estabelecidos pelo PNCQ. O resultado é maior que em 2020 (90,34%) e em 2019 (89,52%), evidenciando a evolução qualitativa dos processos laboratoriais hospitalares. A certificação garante a confiabilidade das análises clínicas, que, por sua vez, fortalece a prestação do cuidado aos pacientes internados, ao conferir maior assertividade às condutas terapêuticas.

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Paulo Câmara inaugura obras de laboratórios de água e de esgoto da Compesa na capital Pernambucana

(Foto: Ashlley Melo/SEI)

A inauguração aconteceu na manhã desta sexta-feira (9). Foram requalificados 11 laboratórios de água e as obras de três novos laboratórios de esgoto no bairro de Dois Irmãos, no Recife, que agora passa a ser chamado de Laboratório Central de Análises de Água e Esgoto e conta, agora, com um total de 14 laboratórios.

De acordo com a assessoria de Paulo Câmara, o Estado investiu R$ 7 milhões no serviço, que passa a ser um dos melhores do País. Também foram adquiridos equipamentos de alta tecnologia e o sistema UniLims, usado em companhias de saneamento consideradas referência no País.

“A requalificação é um passo importante para a consolidação das boas práticas no abastecimento e tratamento de água e de esgoto em Pernambuco. O laboratório dá o controle de qualidade e mostra os caminhos a serem corrigidos ou reforçados. É composto pelo que há de mais moderno em termos de boas práticas no mundo. Ele foi totalmente requalificado na questão do tratamento de água e é um laboratório novo na questão do esgoto”, destacou o governador Paulo Câmara.

A Compesa também adquiriu equipamentos de última geração para ampliar o monitoramento da qualidade da água. A análise de agrotóxicos, por exemplo, antes totalmente terceirizada, passa a ser feita em parte no central. A empresa também passa a adotar o sistema UniLims, usado nas melhores companhias de saneamento de do País. Ele permite uma integração dos resultados dos laboratórios do Estado, assim como rastreia a cadeia analítica. Isso tudo serve de suporte para a certificação na ISO 17025.

Paulo Câmara entrega novos equipamentos que quadruplicam processamento de exames no Lacen; Petrolina é beneficiada

Conforme o Blog Waldiney Passos já adiantou esta semana, a partir da próxima segunda-feira (31), começa a funcionar, em Petrolina, o primeiro centro de processamento de exames de biologia molecular (RT-PCR) para detecção do vírus da Covid-19 no interior do Estado.

As análises serão feitas no laboratório do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, a partir de uma parceria entre essa instituição, a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Educação, a Prefeitura de Petrolina e parceiros privados.

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Miguel entrega ampliação e laboratório em escola no Alto do Cocar

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A Escola Júlia Elisa Coelho, no bairro Alto do Cocar, está reestruturada. O prefeito Miguel Coelho inaugurou, nesta quarta (12), em ato simbólico, as obras de ampliação da unidade de ensino. Foram investidos mais de R$ 500 mil nas obras da principal escola pública do Alto do Cocar.

Com os recursos, foram realizadas construção de cinco salas de aula climatizadas, instalação de portas, janelas e ampliação da iluminação e infraestrutura do prédio. A obra ainda garantiu a instalação de laboratórios de ciências, matemática e robótica na escola.

A reestruturação da rede de ensino já assegurou a revitalização de 86 escolas e 38 creches municipais. A prefeitura ainda investiu na construção de duas escolas e 11 centros de educação infantil.

Toda sexta tem obra entrega reforma do Laboratório Central de Juazeiro

(Foto: ASCOM)

Na manhã desta sexta-feira (20), o prefeito Paulo Bomfim cumpre mais uma agenda do Toda sexta tem obra e entrega a reforma do Laboratório Central de Juazeiro (Lacen). O evento será às 09h, na nova sede do local, localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, nº 05, Centro.

De acordo com a secretária de Saúde, Fabíola Ribeiro, a obra foi realizada com recursos próprios. “Gastamos cerca de R$ 20 mil e fizemos uma pintura geral, reestruturação nas redes elétrica e hidráulica, além da aquisição de novos equipamentos”, afirma. O espaço conta com: recepção, salas de coleta geral e de limpa; frios; análises; bacteriologia e esterilização, além de ser totalmente adaptado para pessoas com deficiência.

Toda a população da microrregião é beneficiada com os serviços prestados no Lacen. No local, são realizadas as coletas de exames laboratoriais. A unidade trabalha em conjunto com os setores de vigilância em saúde, atenção básica, Centro de Informações em IST/HiV/Aids (CIDHA),  Núcleo Regional Norte e com o Lacen Estadual.

Nau dos Mestres: Laboratório móvel de ciência chega às escolas de Petrolina

(Foto: ASCOM)

O estudo de ciências, artes e matemática será mais prazeroso, lúdico e interativo para os estudantes de escolas em Petrolina.  Através do projeto ‘Nau dos Mestres’, que realiza atividades práticas e multidisciplinares com alunos do Ensino Fundamental I, o professor pode trabalhar conceitos e conteúdos definidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como meio ambiente, qualidade de vida, cultura e cidadania.

O projeto que contempla oito escolas do município, localizadas na sede, áreas irrigada, ribeirinha, e sequeira (Professora Luíza de Castro Ferreira, Doutor José Araújo de Souza, José Martins de Deus, Osório Leônidas de Siqueira, José Esmerindo Ribeiro da Silva, Luiz de Souza, Júlia Elisa Coelho e São Domingo Sávio) é de autoria da Editora Evoluir em parceria da Monsanto. Cada unidade recebeu um laboratório de ciências móvel, organizada pelo grupo Ciência em Show, composto por quatro caixas: ‘Merlim, Leonardo da Vinci, Apolo e Gaia’ – os Mestres.

Cada uma destas caixas aborda um conjunto de temas relacionado à ciência e artes, e contém os materiais para realização de experiências, um livro do professor e exemplares dos livros dos alunos. Os professores estão recebendo formação da editora com o apoio da Secretaria de Educação de Petrolina para trabalhar melhor com os materiais.

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Estudante morre no laboratório do IF Sertão-PE

Nossa redação recebeu agora à pouco a informação que uma jovem estudante de 18 anos teria falecido nas dependências do laboratório do campus Petrolina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IF Sertão-PE), o corpo da vítima já foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina.

A instituição não divulgou até o momento o nome e causa morte da estudante.