Marchante conclama classe a fazer greve em Petrolina

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Gilberto Castro sugere reabertura do Matadouro de Petrolina-PE

Ao participar do programa Bom Dia Vale, Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (24), um dos marchantes mais antigos de Petrolina, Gilberto Castro, com mais de 40 anos de atividade na cidade, afirmou que parte da carne comercializada nas feiras de Petrolina é clandestina, ou seja, as pessoas podem está consumindo carnes contaminadas.

Diante da gravidade da situação, levando-se em consideração ainda que a abatedouro de Juazeiro (GMJ Distribuidora de Carnes EIRELI-ME), não  tem autorização para abater animais, o marchante convocou toda a classe a paralisar as atividades e impedir que a carne, clandestina de Juazeiro, também entre em Petrolina.

“Eu prefiro fechar três comércios que tenho, mas não vou partir para a clandestinidade”, afirmou Gilberto Castro.

MPPE pede esclarecimento sobre denúncia de falta de certificação de abatedouro de Juazeiro

Matadouro Petrolina

Desde fevereiro o matadouro de Petrolina está fechado

Na sessão de quinta-feira (19), o vereador de Petrolina, Sertão de Pernambuco, Ronaldo Souza (PTB), apresentou a resposta do ofício encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sobre a verificação do porte de selo do abatedouro de Juazeiro, Norte da Bahia.

De acordo com o documento apresentado, o Matadouro de Juazeiro não faz parte da relação do SIF e nem do SISBI- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal,  estando este, impedido de comercializar a carne abatida para outros estados.

A redação do Blog Waldiney Passos entrou em contato com a promotora Ana Cláudia Sena que está à frente do caso perante o Ministério Público Estadual de Pernambuco para esclarecimentos. De acordo com a assessoria, a nova denúncia foi instaurada e será solicitada esclarecimento e documentação para comprovar o fato. Ficando comprovada a irregularidade, a carne poderá até ser abatida no Matadouro Municipal de Juazeiro, porém não poderá voltar para Petrolina.

Entramos em contato com com a Adagro que afirmou que até que o caso seja devidamente esclarecido, ainda não será tomada nenhuma medida de suspensão de entrada da carne. A agência regional aguarda uma orientação da sede, localizada na capital do estado, Recife para tomar outras providências. A Adagro em Petrolina foi responsável por fornecer o laudo técnico orientando reforma do abatedouro municipal, para adequação fitossanitária.

 

Miguel lamenta autoritarismo e falta de diálogo do prefeito Lóssio

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Miguel Coelho lamenta postura do prefeito Júlio Lossio

O deputado estadual Miguel Coelho lamentou a reincidência na postura autoritária do prefeito de Petrolina Júlio Lóssio. O parlamentar se posicionou após ser criticado pelo gestor municipal por realizar uma audiência pública para discutir a desativação do abatedouro público da cidade. “É triste, nos tempos atuais, que um prefeito de uma cidade do tamanho de Petrolina ainda queira inibir e constranger a opinião de parlamentares e da sociedade como um todo. Ao condenar a realização de uma audiência pública sobre os problemas de saúde pública provocados pelo fechamento do matadouro, Lóssio apenas repete sua prática de não aceitar críticas e não ouvir ninguém.”

O socialista lembrou que não apenas tem o direito de cidadão e representante popular para debater temas de interesse público, como ainda tem o papel institucional de presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural para promover a discussão sobre o funcionamento correto de abatedouros no estado. “O fato de liderar um colegiado relacionado a esse tipo de questão já me obrigaria a ter essa preocupação. Mas a questão maior é que sou representante da população de Petrolina e, ao contrário do prefeito que não sabe o que é diálogo, eu respeito os anseios da população. Se para Lóssio o matadouro é um problema resolvido, para o povo de Petrolina não é. A saúde da população e o trabalho de milhares de comerciantes, feirantes e marchantes estão em jogo”, resumiu o deputado.

Miguel ainda criticou a desinformação e negligência do prefeito sobre segurança pública. “Ele fala que eu deveria fazer audiência sobre a situação da segurança em nossa cidade, mas distorce os fatos de propósito. Participamos ativamente do debate promovido na Câmara de Vereadores, conversamos constantemente com o secretário de Defesa Social e com o governador sobre este assunto. Mas o problema é que o prefeito ignora totalmente suas responsabilidades nessa  urgente questão. Um prefeito que joga apenas nas costas do Governo o problema da segurança não tem compromisso com a população. Mas isso não surpreende, porque tem sido assim sempre, quando não consegue resolver ele simplesmente joga o problema pra debaixo do tapete”, lamentou o deputado.

Vereadora Maria Elena afirma que Edinaldo Lima tentar desviar foco sobre fechamento do matadouro

O vereador Edinaldo Lima classificou de eleitoreira a atitude do deputado Miguel Coelho, em ter realizado, na última sexta-feira (6), uma audiência pública para discutir a problemática de fechamento, por parte do município, do matadouro público de Petrolina. Nas entrelinhas o edil criticou o passivo trabalhista deixado pelo ex-prefeito Fernando Bezerra com a extinção da EMPA e afirmou que o deputado nunca se preocupou em fazer uma visita ao matadouro para conhecer as dependências do órgão em questão.

Em resposta, a vereadora Maria Elena, também através de nota, disse que o líder do prefeito tenta mesmo é desviar o foco da discussão mostrando total desrespeito com a população que está apreensiva com a situação que foi criada em nossa cidade com o fechamento do matadouro sem qualquer alternativa.

Confira a íntegra da nota:

É no mínimo muito cinismo e ousadia do vereador Edinaldo Lima enviar uma nota querendo tirar o foco do problema do matadouro público de Petrolina para vir falar de atitudes eleitoreiras do deputado Miguel Coelho. Antes de mais nada, é preciso reforçar que os comerciantes, os marchantes e, principalmente, a população não está preocupada com eleição, mas sim com a saúde pública. Por isso, foi mais do que necessária a realização de uma audiência pública semana passada para tratar desse enorme pepino que o prefeito criou e para o qual o agora vereador Edinaldo Lima tenta desviar a atenção.

Ao agir assim, o até pouco tempo atrás secretário de Julio Lóssio mostra total desrespeito com a população que está apreensiva com a situação que foi criada em nossa cidade com o fechamento do matadouro sem qualquer alternativa. O vereador precisa esquecer o nosso partido e nossas representações e se ocupar de resolver os dramas de nossa população. Ele finge que esqueceu que esse prefeito teve oito anos para encontrar uma solução para o abatedouro e o trabalho dos marchantes e nada fez.

Não adianta vir com essa conversa de que o deputado Miguel Coelho nunca se interessou por esse tema. Primeiro porque é mentira. Desde antes de assumir o mandato que o deputado demonstra sua preocupação e dialoga com os interessados nessa questão ao contrário desse prefeito autoritário e negligente. Prefeito, por sinal, que não deu as caras na audiência e ordenou que os poucos representantes de seu governo ficassem calados, sem explicar a sociedade o que está acontecendo. Segundo porque esta questão, como já disse, não é apenas de interesse de Miguel, mas de toda a sociedade que não sabe se está comendo uma carne devidamente tratada.

O vereador em sua necessidade permanente de querer desviar o foco dos problemas da cidade e servir de menino de recado do prefeito ainda mostra desconhecimento do assunto. Diz que esse problema foi alertado pelo Ministério Público em 2012, mas na verdade essa situação já vinha sendo apontada pela Adagro desde 2007. Lóssio assumiu a prefeitura e empurrou com a barriga durante esse tempo inteiro.

Edinaldo, preocupe-se em fiscalizar a prefeitura e cuidar da população. Este é seu papel como vereador. Esqueça o deputado Miguel Coelho e pare de fazer politicagem e espalhar mentiras sobre o PSB e o grupo Bezerra Coelho. O senhor certamente não sabe ou prefere divulgar calúnias, mas foi Miguel quem mais recursos destinou recursos para Petrolina pela Assembleia Legislativa no ano passado. O vereador também não deve saber que foi o deputado quem correu atrás de um projeto junto ao Governo do Estado para oferecer como alternativa ao matadouro fechado arbitrariamente pelo prefeito que também nada faz para resolver.

Sobre a Vigilância Sanitária é lamentável que o menino de recados de Lóssio fale que está tudo ótimo em nossa cidade. Fala como se não estivesse acontecendo abate clandestino denunciado inclusive pela Adagro na audiência pública. Aproveito para agradecer ao Governo do Estado por ajudar nessa tarefa mesmo não sendo seu dever e principalmente prestar minha solidariedade aos funcionários da Vigilância Sanitária por terem que assumir esse pepino que o prefeito jogou no colo deles agora, mesmo sem estrutura e condições de trabalho adequadas para conseguir dar conta do aumento enorme dessa demanda.

Quero encerrar pedindo ao vereador para ele deixar de “jogar palavras ao vento”. Parar de brincar com a saúde pública da sociedade para ficar politizando uma questão tão séria para milhares de pessoas. Esta questão está muito acima do deputado, do meu e do seu partido ou de qualquer eleição. O que está em jogo aqui é a saúde de todos os petrolinenses e moradores da região.

Maria Elena – Vereadora PSB

Audiência Pública do Matadouro: Edinaldo Lima diz que iniciativa de Miguel Coelho foi eleitoreira

O vereador Edinaldo Lima (PMDB), líder da bancada da situação na Câmara Municipal de Petrolina, classificou de eleitoreira a atitude do deputado Miguel Coelho (PSB), em ter realizado, na última sexta-feira (6), uma audiência pública para discutir a problemática de fechamento, por parte do município, do matadouro público de Petrolina. Nas entrelinhas o edil criticou o passivo trabalhista deixado pelo ex-prefeito Fernando Bezerra com a extinção da EMPA e afirmou que o deputado nunca se preocupou em fazer uma visita ao matadouro para conhecer as dependências do órgão em questão.

Confira a íntegra da nota:

Diante do posicionamento do deputado estadual Miguel Coelho acerca da situação do matadouro de Petrolina, percebemos que sua atitude é meramente eleitoreira. Desde 2012, quando iniciaram as provocações do Ministério Público – MPPE, o mesmo não demonstrou nenhuma preocupação com o matadouro e com as pessoas que dependiam daquele espaço para o comércio de carne.

Acredito que o deputado não foi alertado ou anda esquecido da situação trabalhista, ou melhor dizendo, parece fechar os olhos para o “presente de grego” que foi deixado pelo seu pai, Fernando Bezerra, então prefeito de Petrolina, quando o mesmo acabou com a Empresa Petrolinense de Abastecimento – EMPA e não a liquidou, provocando essa “bola de neve” que até então perdura.

Ademais, o nobre deputado nunca se preocupou em fazer uma visita ao matadouro para conhecer as dependências do órgão em questão e, agora, pelo simples fato de se autoproclamar pré-candidato a prefeito de Petrolina, surge de paraquedas para aparecer politicamente, posando de salvador da pátria.

Se realmente o deputado tivesse interesse em ajudar a resolver o problema, ele teria buscado ser melhor assessorado, ao menos no início do seu mandato, solicitando recursos ou colocando emendas para angariar recursos para viabilizar a construção de um novo abatedouro de animais dentro das necessárias condições sanitárias e, principalmente, ambientais, na forma em que preconiza a legislação.

Quanto a questão das entidades fiscalizadoras, precisamos destacar que Petrolina dispõe de um dos órgãos de Vigilância Sanitária mais atuante e de melhor conceituação no Estado de Pernambuco, fruto de uma gestão que realmente se preocupa com a saúde da população.

Muito diferente, inclusive, da situação do órgão fiscalizador na anterior gestão do pai do deputado, ocasião em que a Vigilância servia como depósito de punição para servidores que supostamente eram indesejáveis, além de não ter nenhuma credibilidade com os órgãos federais, estaduais, municipais e com a sociedade local.

Aconselhamos o deputado a tratar o assunto de forma profissional e com a presteza necessária, para demandar resultados positivos para a saúde da população, ao invés de jogar palavras ao vento para ficar bem na foto. Ao mesmo tempo, lamentamos a sua atitude, pois o deputado Miguel Coelho ainda não entendeu que esse modelo de política arcaico não cabe mais em uma Petrolina que busca resultados efetivos, e não mais de discursos politiqueiros prontos e decorados.

Edinaldo Lima
Vereadordo PMDB de Petrolina

FPI registra flagrante em matadouro de Curaçá e identifica inúmeras irregularidades na gestão ambiental do Norte da Bahia

 

Ao todo, 25 órgãos da área de meio ambiente e saúde realizam visitas a empreendimentos urbanos e rurais para identificar possíveis irregularidades/Foto:Assessoria

Ao todo, 25 órgãos da área de meio ambiente e saúde realizam visitas a empreendimentos urbanos e rurais para identificar possíveis irregularidades/Foto:Assessoria

A 37ª operação do programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), que está em andamento na região Norte da Bahia, registrou um flagrante de descumprimento por parte da Prefeitura Municipal de Curaçá, em relação ao Matadouro Municipal da cidade. O local já havia sido interditado pelo Instituto de Meio Ambiente (INEMA) por não se adequar à legislação ambiental e sanitária. Em visita à cidade, a equipe da FPI verificou indícios fortes de abate no matadouro e registrou, na polícia, o crime de desobediência.

Os responsáveis pelo poder municipal estão sujeitos a responder às sanções previstas em lei. Em nota da Assessoria de Imprensa, o município de Curaçá informou que seria preciso investimentos de cerca de R$900 mil para melhoria e adaptação das instalações do abatedouro. “O Município reconhece que investimento desse cunho está muito além do orçamento, e que deverá tentará buscar através de convênios e projetos a nível estadual e federal para investimento desse porte”, informa.

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Audiência discute abate clandestino e fechamento de matadouro público em Petrolina

audiência pública sobre o abate clandestino de animais no Sertão do São Francisco e o fechamento do matadouro público de Petrolina/Toto: Ivaldo Reges

Audiência pública debaterá sobre o abate clandestino de animais no Sertão do São Francisco e o fechamento do matadouro público de Petrolina/Toto: Ivaldo Reges

A Assembleia Legislativa de Pernambuco, por iniciativa do deputado estadual Miguel Coelho (PSB),  realiza nesta sexta-feira (06), uma audiência pública sobre o abate clandestino de animais no Sertão do São Francisco e o fechamento do matadouro público de Petrolina. As questões serão discutidas a partir das 10h, na Câmara de Vereadores de Petrolina.

Na audiência, serão ouvidos parlamentares, representantes do Governo do Estado, Ministério da Agricultura, Ministério Público, Adagro, prefeituras sertanejas, universidades e associações de marchantes e de trabalhadores rurais. Os participantes discutirão soluções para combater o aumento do abate clandestino de animais na região, medidas que coíbam o consumo de carne sem devido tratamento, além de alternativas para um novo matadouro que atenda as cidades do São Francisco.

Segundo Miguel Coelho, que preside a Comissão de Agricultura, a audiência será um ponto inicial do trabalho do colegiado para cobrar da Prefeitura de Petrolina respostas para essas questões e maior fiscalização sanitária no Sertão. “Chegamos numa situação que afeta a saúde pública não só de Petrolina, mas da região do São Francisco, pois vários municípios eram abastecidos pelo matadouro. Todos os dias recebemos denúncias de abate sem condições de higiene e cobraremos uma postura efetiva da Prefeitura, que tem simplesmente negligenciado um problema sanitário grave. Depois de ouvirmos todos, vamos dar encaminhamentos a essa questão para que os moradores e produtores tenham alguma perspectiva de volta à normalidade”, adianta o deputado socialista.

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Fechamento do matadouro público de Petrolina volta a ser protesto na Alepe

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O fechamento do matadouro público de Petrolina, no Sertão do São Francisco, voltou a provocar protestos na Assembleia Legislativa, nesta terça (12). O assunto havia sido tema do pronunciamento do deputado Miguel Coelho (PSD), na Reunião Plenária de segunda-feira (11). Para os demais parlamentares, a interdição do equipamento – efetuada em fevereiro pela prefeitura a pedido do Ministério Público de Pernambuco – não levou em conta as consequências para o comércio de carnes na cidade, além de incentivar o abate clandestino de animais. Na opinião de Romário Dias (PSD), que levantou o tema no Plenário, a medida é “um escândalo.”

“O mais grave é que agora acontecem abates no meio do mato, na beira dos açudes e dos barreiros. Não dá pra saber se a carne vendida nas feiras é de boi ou de outro animal”, disparou. Para o parlamentar, a gestão municipal não poderia ter tomado essa atitude há poucos meses do final do mandato. “O prefeito Júlio Lóssio está há mais de 7 anos no cargo e somente agora descobriu que o matadouro está em lugar inadequado?”, questionou, reprovando, ainda, a informação de que o terreno teria sido posto à venda pelo gestor.

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Fechamento do Matadouro: vereador chama atenção para mala preta e critica visão míope do prefeito

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE),  representado pela promotora Dra. Ana Cláudia, deu ultimato até o dia 02 de fevereiro como prazo final das atividades no Matadouro Público Municipal de Petrolina-PE. A partir daí os animais seriam abatidos na vizinha cidade de Juazeiro-BA.

Na última quarta-feira (20) os marchantes juntamente com outras entidades protestaram contra o fechamento do matadouro, pedindo uma solução ao prefeito Júlio Lossio (PMDB).

Sobre este assunto nós entrevistamos no programa Bom Dia Vale da Rádio Jornal o vereador José Batista da Gama.  Ele disse não acreditar que o projeto seja aprovado pela Câmara, critica o prefeito chamando-o de míope e ainda afirma existir uma mala preta rondando na Casa Plínio Amorim. Ouça o áudio da entrevista……

Reunião discute fechamento do Matadouro de Petrolina na próxima terça

Matadouro Petrolina

Na manhã desta terça-feira, 5, o vereador da oposição Ronaldo Souza reuniu os marchantes na Câmara  de Vereadores de Petrolina, na pauta o fechamento do Matadouro Público Municipal previsto para acontecer no próximo dia 2 de fevereiro.

De acordo com os marchantes presentes, a reunião, participaram do encontro os vereadores Edilsão do trânsito, Geraldo da Acerola, Zé Batista da Gama, e feirantes.

Os trabalhadores esperam contar com a sensibilidade da Prefeitura de Petrolina para a construção de um novo local de abate no município e não querem realizar o serviço do outro lodo do Rio São Francisco, na cidade de Juazeiro da Bahia.

Durante o encontro ficou encaminhado a realização de uma nova reunião na próxima terça-feira (12) às 9h, na Câmara de Vereadores, com a presença de políticos petrolinenses e a representante do MPPE, promotora Ana Cláudia de Sena Carvalho.

Riacho das Almas dá exemplo a Petrolina e reinaugura Matadouro Municipal nesta quarta

Riacho das Almas

Enquanto a Prefeitura de Petrolina fala em fechamento e possível venda do matadouro público, a cidade de Riacho das Almas (PE)  dá exemplo e retomou nesta quarta-feira (23) o funcionamento do Matadouro Municipal, que foi interditado pelo Ministério do Trabalho no final de outubro.

O local passou por uma ampla reforma, foi substituída toda a parte elétrica, a caldeira utilizada para aquecer a água usada na higienização dos miúdos dos animais, o estreitamento do brete para diminuir a movimentação dos animais, pintura de todo o prédio entre outras adequações.

Uma consultoria técnica em segurança do trabalho foi contratada para apontar as melhorias que precisavam acontecer no local. Entre elas, o fornecimento de todos os equipamentos de proteção individual (EPI’s) como capacetes, botas e um novo fardamento.

Foram instaladas plataformas sobre o curral para que os trabalhadores não tenham contato direto com o gado que será abatido, instalação de corrimões para proteger os trabalhadores que executam suas funções na plataforma de abate, e estrutura para que eles usem cinto de segurança.

A partir da próxima semana, os trabalhadores passarão a utilizar também uma pistola para atordoamento dos animais que serão abatidos. O equipamento ainda não chegou ao município devido a atrasos do fornecedor. “Agora o matadouro de Riacho das Almas está oferecendo o mínimo de risco possível para os trabalhadores. Atendemos não só as exigências feitas pelo Ministério do Trabalho, como também cumprimos outras melhorias para deixar o local com condições de trabalho totalmente adequadas para os 23 funcionários que trabalham aqui”, afirmou a técnica de segurança do trabalho responsável pela consultoria Fabiana Flávia Silva.

O abate de animais no matadouro de Riacho das Almas é realizado sempre às quartas, sextas e domingos. Em média, o município abate por semana 70 animais.

Marchantes pedem que prefeitura construa novo Matadouro antes de fechamento do atual

Matadouro Petrolina

Enquanto a prefeitura não se pronuncia e faz mistérios sobre o que será feito na área do Matadouro Público Municipal (MPM), os marchantes se mobilizam e pedem pelo não fechamento do entreposto comercial que realiza abates diários com a fiscalização de técnicos veterinários do município. No local, são realizados por mês mais de um mil abates de bovinos, 5 mil de caprinos e ovinos e 300 de suínos.

Na manhã da terça-feira (15) a reportagem do blog foi ver de perto o retrato do matadouro e ouviu trabalhadores marchantes. Eles não concordam com a ideia da prefeitura e acreditam que para recuperar as condições estruturais do MPM cabe ao município investir R$ 200 mil reais, “e isso não é muito dinheiro para prefeitura não, o prefeito Julio tem R$ 9 milhões para fazer a festa do São João e a economia da cidade está boa, e o que é R$ 200 mil para reformar o matadouro?”, questionou o marchante Ítalo da Silva.

Na segunda-feira (14) representantes dos marchantes concederam entrevista ao programa Ponte das cidades, da rádio Ponte FM em Petrolina, na oportunidade o presidente da Associação de Feirantes da Areia Branca, Eliezer Lopes de Barros, disse que em uma reunião entre a categoria e o prefeito Julio Lossio (PMDB), o gestor demonstrou interesse em vender o bem público, mas prometeu construir um novo com o dinheiro adquirido,

“Quem é que vai confiar nisso? Primeiramente prefeito, o senhor tem que construir, para depois vender, seu mandato já está no final, não dá mais tempo do senhor construir mais nada, providencie primeiramente uma área para construir um novo abatedouro! Mas antes a gente não pode aceitar essa proposta que ele [o prefeito] tá tendo juntamente com o Ministério Público”, disse.

Ainda de acordo com os marchantes Julio Lossio (PMDB) sugeriu em reunião, contribuir com um subsídio sobre as carnes que serão abatidas em Juazeiro (BA), na prática a prefeitura se propõe em pagar a diferença do valor do abate que em Petrolina é de R$ 9, e em Juazeiro custa R$ 25 reais, “mas, este valor vai ultrapassar o limite do que o município gasta por mês para manter o matadouro, R$ 120 mil reais por mês”, afirmou o marchante Ítalo da Silva.

Por mês, 5 mil bodes são abatidos no matadouro público, nas contas dos marchantes se o serviço for feito em Juazeiro custará aos cofres públicos o valor de R$ 96 mil por mês em subsídios e mais R$ 120 mil reais mensal no valor de R$ 120 mil reais. Isso sem colocar nas contas o subsídio de suínos e ovinos.

Uma nova reunião entre a categoria e o Ministério Público está marcada para acontecer no dia 2 de fevereiro de 2016, data prevista para o fechamento do Matadouro Municipal de Petrolina.

Marchantes temem dobrar preço da carne caso prefeitura de Petrolina feche o matadouro

Caminhão do Matadouro de Petrolina (Foto: Jean Brito)

A polêmica do fechamento de mais um entreposto comercial em Petrolina (PE) está causando preocupação na cidade. Depois do CEAPE, a menina dos olhos da prefeitura agora é a área do Matadouro público da cidade, localizado no bairro Jatobá, não se sabe até agora o que será feito naquela área, mas há quem acredite que o terreno do matadouro irá cair nas mãos das construtoras imobiliárias, o que representará uma boa grana aos cofres do município.

Marchante há 11 anos, Ítalo da Silva (27) acredita que caso a prefeitura feche o abatedouro público, previsto para acontecer em 2 de fevereiro de 2016, vai causar um impacto negativo na economia de Petrolina e, principalmente, às famílias dos trabalhadores marchantes. “Se isso acontecer a gente vai ficar no prejuízo, por exemplo, o abate de carne de bode aqui em Petrolina custa R$ 9,0, em Juazeiro o marchante terá que pagar R$ 30,00, além disso vai perder o couro, vísceras, transportar a carne congelada e pagar uma taxa a ADAB, ou seja, para sobreviver o marchante terá que dobrar o preço da carne vendido ao consumidor petrolinense e isso nós não queremos”, destacou.

A nossa reportagem entrou em contato com o setor de comunicação da prefeitura e aguarda respostas sobre o assunto. A assessoria informou,  ainda,  que está apurando o caso e vai se pronunciar no decorrer desta semana.

 

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