A LIBERDADE DE EXPRESSÃO… o novo artigo do professor Moisés Almeida

(Foto: arquivo)

Por Moisés Almeida, professor da UPE/Petrolina, Facape e Doutorando em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Há algum tempo escrevi um texto sobre os limites da liberdade de expressão, citando, inclusive, artigos do Código Penal brasileiro que prevê penalidades para o abuso de expressões e também de ações não coniventes com a convivência harmônica na sociedade. Intitulei o texto de “Canalhas, Canalhas, Canalhas”, devido a expressão está sendo muito utilizada para xingar políticos, personalidades e magistrados em diversas instâncias.

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Todos perdem com a Pandemia? Artigo do professor Moisés Almeida

(Foto: Arquivo)

Por Moisés Almeida – Professor da UPE/Petrolina, Facape e Doutorando em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

TODOS PERDEM COM A PANDEMIA?

Tenho escutado frequentemente essa frase: “Todos estão perdendo com a pandemia”. Essa narrativa tem sido rotineira, numa tentativa de nivelar toda a sociedade. O discurso de que ricos e pobres estão na mesma situação se propaga e consegue adeptos em todo o planeta.

Na crise, seja ela em função de uma doença, de catástrofes ecológicas e até mesmo em situação de guerra, existem três tipos de categorias sociais: as que ganham, as que nem ganham e nem perdem e as que perdem. Então, não há como nivelar no mesmo patamar a sociedade, até porque a desigualdade existe e ela vem sendo cada vez mais escancarada com as sucessivas crises econômicas.

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Primeiro de maio, dia de luta de todos (as) trabalhadores (as)

(Foto: arquivo pessoal)

Por Moisés Almeida – Professor da UPE/Petrolina e Doutorando em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Infelizmente o servidor público vem ao longo dos últimos anos sendo atacado. Os direitos conquistados com muita luta estão sendo questionados e até mesmo retirados, como se fossem regalias. A narrativa tão bem construída tenta criar um conflito entre a classe trabalhadora, parametrizando as atividades no mundo do trabalho entre o setor privado e setor público. É isso que se escuta por aí: “O trabalhador do setor privado trabalha e o trabalhador do setor público enrola”. Ouvimos todos os dias que “se você não quer trabalhar, passe num concurso público”. Esse tipo de narrativa tem colaborado para que os direitos conquistados sejam cada vez mais atacados.

Vejamos a situação dos docentes da educação básica que são acusados de “doutrinar” seus alunos através do projeto “escola sem partido”. Essa estratégia da classe dominante representa também um ataque ao trabalhador(a) da educação. Os docentes do ensino superior estão sendo chamados de “esquerdopatas” e as ciências humanas sendo tratadas como lixo na sociedade. Cada vez mais vem diminuindo o mercado de trabalho para profissionais em educação, como por exemplo, da Geografia, da História, da Sociologia e da Filosofia. Universidades públicas sendo acusadas de espaço para tráfico de drogas, prostituições etc.

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Professor Moisés Almeida, da UPE Campus Petrolina, é o novo vice-presidente do Sindicato dos Professores da Universidade de Pernambuco

(Foto: ASCOM)

Professor e ex-diretor da UPE Campus Petrolina, Moisés Almeida (de camisa azul), foi empossado como novo vice-presidente do Sindicato dos Professores da Universidade de Pernambuco na última quarta-feira (6), em solenidade realizada em Recife.

A cerimônia lotou o auditório da entidade e contou com a participação de vários segmentos de representação dos trabalhadores e trabalhadoras de Pernambuco, entre eles: Paulo Rocha (Vice-Presidente da Central Única dos Trabalhadores-PE (CUT-PE), Aderaldo Alexandrino (2º Vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN), Augusto Barreto (Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco-ADUFEPE), Erika Suruagy (Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco – ADUFERPE), Érico Alves (Presidente do Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco-SINDUPE) e Maria Bernadete Antunes (Presidente da Comissão Eleitoral).

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Artigo: a Compesa, a política partidária e o desserviço bem pago

(Foto: arquivo)

Acompanhe o artigo escrito pelo Professor, Mestre em História, da Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina, Moisés Almeida.

Leia a íntegra do texto:

Nos últimos dias em Petrolina, a COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento, novamente fez parte de uma série de críticas de moradores, representantes de movimentos sociais e até de políticos. É uma história que se repete e em sentido cíclico, retorna como se tivesse fadada a nunca acabar.

A polêmica sobre seus péssimos serviços prestados à população petrolinense, segundo relatos de moradores nas mídias sociais, me motivou a escrever esse texto, fazendo uma pesquisa sobre o que tem ocorrido nesta trama ad infinita. Seguirei uma linha histórica, desde as primeiras manifestações de independência por parte do poder público municipal em relação ao controle do abastecimento de água e saneamento, e, mostrarei com dados numéricos, que a empresa é superavitária, sendo seu maior entrave, a política partidária, que dificulta uma maior relação entre a Empresa e seus serviços prestados à população de Petrolina.

Comecemos, pois pelo ano de 1975, quando no Governo do Prefeito Geraldo Coelho foi firmado um contrato de prestação de serviços, que valeria por 50 anos. Portanto, segundo essa pactuação, a Compesa prestaria serviços até o ano de 2025. Mas, faltando 24 anos para encerrar o contrato, o Prefeito de então Fernando Bezerra Coelho, resolveu retomar a exploração dos serviços, com participação da iniciativa privada, podendo privatizar até 40% das ações de água e esgoto.

Era o ano de 2001, quando Bezerra Coelho encaminhou um Projeto de Lei à Câmara Municipal solicitando autorização ao legislativo. Em Petrolina houve muita discussão, especialmente no tocante à possibilidade de privatização dos serviços. Naquela época, depois de várias discussões, foi aprovada a Lei nº 1.023/01, de 03/04/2001. Seguindo com sua proposta de municipalização e privatização dos serviços, o prefeito, três meses depois encaminhou à Câmara Municipal outro Projeto de Lei, criando a Empresa Águas de Petrolina.

Sem consenso e com muitas críticas a decisão, o legislativo aprovou a Lei nº 1.059/01 de 13 de julho de 2001. Lembro, que um dos políticos contrários a essas Leis foi o então Deputado Federal Gonzaga Patriota, que no plenário da Câmara Federal, no dia 24 de fevereiro de 2003, assim falou: “Como é perceptível, Senhor Presidente, o município de Petrolina, vivencia um de seus piores momentos na área de Água e Esgotos Sanitários.

A prefeitura não resolve suas posições, a COMPESA não consegue melhorar sua performance e a população sofre com o descaso das autoridades municipais e estaduais”. Mesmo sendo contrário a decisão de Bezerra Coelho, o pronunciamento de Patriota na Câmara Federal nada adiantou.

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