Exploração na região do Morro Branco está em fase de análise, estudo foi registrado na Agência Nacional de Mineração

Após a suspensão das operações da mineradora Everest Mineração na região do Morro Branco, em Casa Nova, o Blog entrou em contato com o deputado estadual de Pernambuco, Odacy Amorim (PT), responsável pelo pedido de estudo na região.

Odacy afirmou com exclusividade à nossa equipe que foi o autor da solicitação do estudo de área, registrado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), cuja finalidade é averiguar se a região onde está localizado o Morro Branco, em Lago, tem viabilidade de ser explorado.

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“Solicitei um estudo para a região e apareceu a possibilidade de ter um material. Fizemos o convite a uma empresa com especialidade na área e foi registrado uma empresa para retirar material para análise. Não existe exploração, tem um estudo para saber se tem viabilidade econômica. Muita gente faz de forma clandestina e nós temos autorização dos donos da área [particular] no entorno do morro”, explicou o deputado estadual.

 

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O prefeito Wilker Torres, ciente dos temores criados na comunidade pelas atividades da mineradora, acatou de imediato a recomendação da AMMA. (Foto: ASCOM)

O Prefeito de Casa Nova Wilker Torres, acatando parecer da equipe técnica da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), determinou a suspensão das atividades da Mineradora Everest Mineração, na localidade denominada Morro Branco do Lago, que fica a 90 km da cidade.

De acordo com o auto de notificação 010/2018 em campo, emitido pela AMMA, a mineradora não comunicou à comunidade vizinha sobre o início das obras, uma exigência do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), que emitiu a licença de mineração da empresa.

Diamile Lucena da Silva, engenheira ambiental, explicou os motivos pelos quais recomendou a suspensão das atividades da mineradora. “A empresa Everest Mineração apresentou os seguintes estudos ambientais para ser licenciada: RCE-Roteiro de Caracterização do Empreendimento, PRAD- Plano de Recuperação de área degradada, PCA-Plano de Controle Ambiental , PGRS-Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, PEA-Plano de Emergência Ambiental, PGR-Plano de Gerenciamento de Riscos, PEA-Programa de Educação Ambiental, PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e  a Autorização de Supressão Vegetal com para atenuar a degradação oriunda da atividade de mineração. São documentos necessários ao início da atividade ambiental”.

Ainda segundo a engenheira, “a maior parte destas exigências foram cumpridas, porém o PEA – Programa de Educação Ambiental, que exige comunicado do início das atividades mineradoras à comunidade, reuniões com os moradores e informação, não foi cumprido, causando uma enorme comoção local e o temor que a área seja inteiramente degradada. Não tivemos outra alternativa a não ser sugerir a suspensão das atividades até que a mineradora explique suas atividades à comunidade local”.

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A notícia de quem uma mineradora pretende explorar as riquezas naturais do Morro Branco, na comunidade de Lago, no interior de Casa Nova revoltou a população. Segundo a comunidade, a intenção da empresa de Santa Catarina acarretaria na destruição do local.

O fato não foi bem recebido pelos moradores, tendo em vista que o Morro Branco é um ponto turístico, além de ser um local de peregrinação e servir como fundo de pasto a pequenos agricultores.

Prefeitura analisará empresa responsável

Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura de Casa Nova, em busca de mais informações sobre a celeuma. O secretário de Governo, José Carlos Borges afirmou que ainda nessa segunda-feira (14) o município enviaria uma equipe técnica a fim de averiguar a documentação da referida empresa.

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