Multimarcas é multada em mais de R$ 1 milhão pelo Procon de Juazeiro

A empresa Multimarcas Consórcios será intimada das decisões, podendo apresentar recurso hierárquico no prazo de 10 dias.

O Procon de Juazeiro (BA), emitiu na manhã dessa quinta-feira (07), sessenta multas em desfavor da empresa Multimarcas Administradora de Consórcios LTDA, tendo em vista a comprovação de prática abusiva grave cometida pela empresa.

Segundo informações, vários consumidores foram enganados sob a afirmação de que, após a adesão ao consórcio, seriam contemplados rapidamente na primeira assembleia. No entanto, essa forma de agir infringe o artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor, constituindo crime de afirmação falsa, já que nenhum dos contratantes foi contemplado.

De acordo com o Coordenador Executivo do Procon de Juazeiro, Dr. Ricardo Penalva, “o trâmite processual foi seguido à risca, sendo constatado em todos os processos analisados o cometimento de prática abusiva por parte da empresa Multimarcas Consórcios, o que motivou sua condenação na quantia total de R$ 1.110.000,00 em multas”.

Além disso, o coordenador esclareceu que “na relação estabelecida entre o consumidor e o fornecedor deve existir sempre boa-fé, clareza e respeito. Quando uma dessas regras é infringida, o Procon deve agir de forma imediata para garantir o cumprimento das leis consumeristas, punindo de maneira eficaz os infratores”.

Outras acusações

Em agosto de 2017, vários leitores entraram em contato com o blog Waldiney Passos para denunciar a atuação da Multimarcas em Petrolina (PE) e Juazeiro, que estaria aplicando “golpes” nos clientes. A reclamação principal era sobre a dificuldade em receber os valores pagos após desistência do consórcio.

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Exclusivo: Diretoria Nacional da Multimarcas Consórcios nega golpe a clientes em Petrolina e Juazeiro

A Multimarcas Consórcios esclareceu a situação e desmentiu as acusações. (Foto: Internet)

Após acusações de clientes de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) sobre um suposto golpe praticado pela “Multimarcas Consórcios”, a Diretoria Nacional da empresa emitiu ao blog Waldiney Passos, com exclusividade, uma nota de esclarecimento sobre as injúrias manifestadas nas redes sociais.

A Diretoria alertou as pessoas que estão caluniando a empresa que estas serão rechaçadas e que “as criminosas ameaças que estão sendo feitas aos funcionários e parceiros da Multimarcas já estão a cargo das autoridades policiais e judiciais dos estados de Pernambuco e Bahia”.

Com 38 anos no mercado consorcial brasileiro, a empresa é a 28ª da categoria no ranking nacional. Além disso, é a maior administradora de consórcios do estado de Minas Gerais.

Confira a nota de esclarecimento

ESCLARECIMENTO RELEVANTE

Em função de algumas manifestações inverídicas e irresponsáveis de algumas pessoas e ex-consorciados, inclusive algumas ameaças à integridade física de alguns dos nossos parceiros e representantes autorizados nas cidades de Juazeiro, BA, Petrolina, PE e região, vimos a público esclarecer que a nossa empresa, a MULTIMARCAS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA, conta com mais de 38 anos de operação no mercado consorcial brasileiro, sendo a maior administradora de consórcios do estado de Minas Gerais, e a 26ª no ranking nacional, sem cometer nenhum fato que possa desabonar a sua conduta e/ou moral.

Todos esses ex-consorciados, que estão irresponsavelmente denegrindo o nome da empresa, adquiriram cotas de consórcios da signatária por meio de Contrato de Participação em Grupo de Consórcio, por adesão, elaborado nos termos da Lei Federal n.º 11.795/2008 e demais normativos oficiais.

Na oportunidade, a empresa esclarece que, segundo a referida Lei e o contrato firmado, os consorciados que desistem dos grupos consorciais, ou que deles são excluídos, passam a participar dos sorteios mensais e, sendo sorteado, receberão de volta os valores pagos, DEDUZIDAS AS TAXAS E AS DESPESAS PREVISTAS NO CONTRATO E NOS NORMATIVOS LEGAIS E OFICIAIS, logo após o sorteio.

Aqueles que não forem sorteados durante o transcorrer dos grupos somente receberão de volta os valores pagos após o encerramento dos referidos grupos.

Esclarece ainda a signatária que, nos contratos que são redigidos em termos claros e objetivos, constam cláusulas de advertência lançadas bem ao lado das assinaturas dos clientes, redigidas em caracteres ostensivos e na cor vermelha, dizendo que “NÃO HÁ GARANTIA DE DATA DE CONTEMPLAÇÃO”.

Mesmo assim, antes de o cliente ser aceito pela empresa, O NEGÓCIO É CHECADO E A CONVERSA GRAVADA PELO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DE QUALIDADE DA EMPRESA.

Nesta checagem, caso haja eventuais desencontros de informações, a venda é recusada e todos os valores eventualmente pagos são restituídos. Caso contrário, a venda é homologada pela empresa e o cliente se torna consorciado, passando a gozar de todos os direitos e assumindo todas as obrigações do contrato e da Lei.

Alertamos as pessoas que estão nos caluniando e injuriando que estas agressões serão rechaçadas pela empresa, na Polícia e na Justiça, e que as criminosas ameaças que estão sendo feitas aos nossos funcionários e parceiros já estão a cargo das autoridades policiais e judiciais dos estados de Pernambuco e Bahia.

Belo Horizonte, 22 de agosto de 2017

MULTIMARCAS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA

DIRETORIA”.

Entenda o caso

Segundo uma denúncia feita por um cliente e confirmada por outras pessoas no Facebook, a “Multimarcas Consórcios”, com representação em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), estaria aplicando golpes em clientes que estavam em busca de empréstimos.

De acordo com a publicação, a atuação da empresa funcionava da seguinte maneira: um suposto vendedor de crédito anunciava em grupos do Facebook uma forma de comprar um veículo oferecendo crédito sem a necessidade da comprovação de renda.

Pessoas interessadas comentavam as postagens e logo eram procuradas pelo WhatsApp para receberem maiores informações. Nesse momento, as supostas vítimas eram informadas que deviam realizar um pagamento de R$ 845,00 referente à taxa de adesão para facilitadores de crédito irem atrás da proposta de R$ 35 mil. Após assinar os documentos, esses “facilitadores” afirmavam que em 7 dias o valor de R$ 35 mil seria depositado na conta.

As supostas vítimas afirmaram que recebiam ligações de Belo Horizonte (MG) confirmando a adesão de cota do consórcio. A partir daí, segundo relatos, não haveria mais como recuperar o dinheiro.

Contudo, conforme a nota de esclarecimento, a empresa desmentiu as acusações e afirmou que “aqueles que não forem sorteados durante o transcorrer dos grupos somente receberão de volta os valores pagos após o encerramento dos referidos grupos”.