Semaglutida: Anvisa aprova uso de primeira injeção para tratamento da obesidade e sobrepeso

(Foto: Ilustração)

O ano de 2023 começou com boa notícia para quem quer perder peso no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação de uso do Wegovy (medicamento à base de semaglutida) para o tratamento da obesidade. A decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

A Dra. Carolina Almeida, diretora médica do Núcleo GA Petrolina considera a novidade como um marco na história do tratamento da obesidade no país: “Até então, a semaglutida era comercializada com o nome comercial de Ozempic para fim de perda de peso de forma off label, ou seja, aprovada cientificamente, mas não regulamentada no país. Com essa regulamentação do uso da semaglutida no país, mais pessoas passam a ter acesso e os pacientes que ainda tinham algum tipo de desconfiança sobre o tratamento passam a se sentir ainda mais seguros”, explica.

O wegovy, produzido pela farmacêutica Novo Nordisk age da mesma maneira que o Ozempic, medicação criada inicialmente para o tratamento da obesidade tipo 2, e que atualmente é usada para perda de peso. Assim como o Ozempic, o uso do wegovy deve ser feito com supervisão médica.

“Em muitos casos, a semaglutida precisa estar associada a um protocolo com outras medicações e com mudanças de hábitos de vida, e, sempre com indicação médica para evitar riscos provenientes do uso inapropriado”, alerta a Dra. Carolina Almeida.

LEIA MAIS

Dia nacional de prevenção alerta sobre perigos da obesidade

(Foto: Reprodução)

Nesta sexta-feira (11) é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. O principal objetivo da data é alertar a população sobre a probabilidade de pessoas obesas desenvolverem diversos problemas. Diabetes, doença cardíaca, altas taxas de câncer são algumas dessas.

Uma boa alimentação ajuda na prevenção do surgimento de doenças crônicas e também na melhor qualidade de vida. A obesidade é um dos fatores de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. É necessário ter bons hábitos e se conscientizar sobre os riscos de doenças causadas pela ingestão prolongada de alguns produtos, que devem ser ingeridos com moderação.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em julho de 2019 pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018.

LEIA MAIS

Ronaldo Silva apresenta projeto de lei em combate ao bullying e à obesidade em Petrolina

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Nesta quinta-feira (23), o vereador Ronaldo Silva (PSDB) vai apresentar o Projeto de Lei nº. 037/2019, que prevê a instituição de política de combate ao bullying, obesidade e ao sobrepeso de adultos e crianças em Petrolina (PE).

Segundo o parlamentar, “a obesidade e o bullying já são considerados epidemia mundial independente de condições econômicas e sociais”. Além disso, ainda de acordo com Ronaldo, “o risco de mortalidade [devido à obesidade e à prática do bullying] vem aumentando consideravelmente”.

O Projeto de Lei prevê a criação da “Rede de Apoio pela Saúde”, que, dentre outras atribuições, disponibilizará informações relacionadas à obesidade, bem como ao combate ao bullying.

LEIA MAIS

53% da população brasileira está acima do peso, afirma estudo do Ministério da Saúde

(Foto: Reprodução)

Uma pesquisa do Ministério da Saúde indicou que 53% da população brasileira está com excesso de peso e 45,8% praticam uma atividade física insuficiente. Os valores foram registrados na Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O estudo foi realizado em 2017, através de entrevistas feitas por meio do telefone, com participação da Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os números estão longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que pretende reduzir a inatividade física em 15% até 2030, em todo o mundo.

Segundo pesquisa da OMS em 2018, o número de pessoas que faziam atividades insuficientes totalizava 1,4 bilhão de pessoas. “Acredita-se que um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física de forma suficiente”, disse o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Rogério Scarabel.

Os dados servem de alerta, já que nesse fim de semana celebram-se o Dia da Atividade Física (6) e o Dia Mundial da Saúde (7). Aproveitando o momento a ANS lança o projeto Movimentar-se É Preciso. A intenção é estimular operadoras de saúde a realizarem programas voltados a atividades físicas para seus beneficiários nestes dois dias.

Pesquisa revela que obesidade atinge 1 em cada 5 brasileiros

(Foto: Ilustração)

Dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Ministério da Saúde, revelam que a obesidade atinge um em cada cinco brasileiros. A população obesa no país passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, nos últimos 10 anos, informou o ministério.

O excesso de peso também cresceu 26,3% no mesmo período. Em 2006, 42,6% dos entrevistados foram considerados com excesso de peso. No ano passado, esse índice foi de 53,8%.

A obesidade e o excesso de peso são calculados a partir do Índice de Massa Corporal que divide o peso pela altura ao quadrado do entrevistado. Índices iguais ou maiores que 25 são considerados como excesso de peso e maiores de 30 kg/m2, obesidade.

A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) entrevistou, de fevereiro a dezembro de 2016, 53.210 pessoas maiores de 18 anos nas capitais do país.

Com informações do G1

Vereador Pérsio Antunes cria projeto de Lei que permite cirurgia bariátrica pelo SUS

(Foto: blog Waldiney Passos)

Em sua última sessão como vereador da cidade de Petrolina (PE), Dr. Pérsio Antunes (PV) apresentou um projeto de lei que tem como objetivo liberar o tratamento da obesidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Pérsio, o número de obesos representa cerca de 17% da população do município e, por isso, é necessário que o Poder Público atue para ajudar no tratamento contra a obesidade.

“A obesidade é responsável por uma série de doenças como hipertensão, diabetes, trombose. Por isso é importante que a gente, aqui em Petrolina, ajude a solucionar esse problema. O projeto de lei de nossa autoria busca dar direito ao cidadão do SUS à cirurgia bariátrica com acompanhamento com cardiologista, enfermeiro, psicólogo, endocrinologista, dentre outros. É um projeto que vem para beneficiar um número de pessoas considerável na nossa cidade, ou seja, de cada 100 pessoas em Petrolina, 17 são obesas e precisam de um tratamento cirúrgico ou clínico”.

O parlamentar lembrou que, há aproximadamente quatro anos, apresentou um projeto de lei que proibia alimentos que favoreciam o aumento do número de crianças obesas nas escolas públicas e provadas da cidade. Segundo o vereador, é necessário que a educação alimentar comece desde cedo.

“Há quatro anos atrás nós demos entrada em um projeto de lei, que se tornou lei nesta Casa, proibindo o uso de refrigerantes, salgados, frituras e enlatados nas escolas públicas e privadas de Petrolina. Fizemos isso pois a cada dia que passa o número de crianças com obesidade no Brasil tem aumentado consideravelmente e começando essa educação na escola fazemos com que a criança seja sensibilizada para mudar esse quadro”.

Pérsio afirmou que o município tem condições de levar o projeto adiante e transformá-lo em lei, bastando apenas disponibilizar R$ 2 milhões no orçamento para manter o programa, assim como é feito com as laqueaduras tubárias.

“Nós temos como fazer isso, colocando no orçamento para 2017 R$ 2 milhões para esta finalidade, como colocamos para laqueadura tubária, planejamento familiar, R$ 4.800.000,00 para o ano que vem”.

Conselho reduz IMC mínimo para cirurgia bariátrica

obesidade

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou hoje (13) novas regras para o tratamento de obesidade mórbida por meio de cirurgia bariátrica. A partir de agora, pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 35 poderão passar pelo procedimento, desde que sejam portadores de comorbidades como diabetes tipo 2 e apneia do sono, entre outras.

O texto define um total de 21 doenças associadas à obesidade, que ameaçam a vida do paciente e que podem levar a uma indicação de cirurgia bariátrica, incluindo também depressão, disfunção erétil, hérnias discais, asma grave não controlada, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e síndrome dos ovários policísticos.

Foram feitas também alterações relacionadas à idade mínima do paciente a ser submetido ao procedimento. Antes, jovens de 16 a 18 anos poderiam fazer a cirurgia, desde que a relação custo/benefício fosse bem analisada. Agora, além das regras anteriores, devem ser atendidas especificações como a presença de um pediatra na equipe.

“A cirurgia em menores de 16 anos só será permitida em caráter experimental e dentro dos protocolos do sistema CEP/Conep [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa]. Pacientes com mais de 65 anos poderão fazer a bariátrica, desde que respeitadas as condições gerais e após avaliação do risco/benefício”, informou o CFM.

A resolução estabelece ainda que cirurgias bariátricas consideradas experimentais deverão ser aprovadas na Comissão de Novos Procedimentos do conselho. A medida visa a proteger pacientes de intervenções ainda não reconhecidas cientificamente.

O texto, por fim, aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens de cada tipo de cirurgia, o que pode servir de guia para que leigos compreendam cada procedimento. O CFM cita, por exemplo, que a técnica da banda gástrica ajustável só deve ser realizada em casos excepcionais, já que a perda de peso é insuficiente a longo prazo. A cirurgia consiste na colocação de uma prótese de silicone no estômago, que fica com a forma de uma ampulheta.

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela altura elevada ao quadrado. Desde 1991, segundo o conselho, existe consenso internacional de que a cirurgia bariátrica tem as seguintes indicações gerais: IMC maior ou igual a 40; IMC maior ou igual a 35, quando houver estados mórbidos associados; falha no tratamento clínico após dois anos; e obesidade grave instalada há mais de cinco anos. As condições também estão presentes na resolução.

Inca alerta para crescimento de tipos de câncer relacionados à obesidade

obesidade

A incidência de tipos de câncer relacionados à obesidade tem gerado preocupação ao Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca). Na última na sexta-feira (27), o Inca fez um alerta durante a divulgação das estimativas de novos casos para os próximos dois anos no Brasil.

Apesar de não poder fazer uma comparação com os anos anteriores, por mudanças na metodologia e na base de dados, o vice-diretor-geral do Inca, Luiz Felipe Ribeiro, informou que há uma tendência de crescimento em casos como o câncer de próstata, que é associado à obesidade.

“Um exemplo é o tumor de corpo de útero, que também é associado à obesidade e não entrava nem entre os dez tumores mais incidentes do Brasil. Na última estimativa, estava em oitavo, e, nessa, apareceu em quinto”, destacou Luiz Felipe. “Está nos preocupando o crescimento rápido dos tumores ligados à obesidade”.

LEIA MAIS