Com bala alojada na coluna, estudante de medicina do Piauí assiste aulas em cima de uma maca

(Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

Uma cena diferente tem chamado a atenção de quem frequenta a faculdade de medicina da Universidade Federal do Piauí, campus de Teresina. Todos os dias, uma ambulância adentra as dependências da Universidade sob olhares curiosos de funcionários e alunos.

O veículo serve de transporte para o estudante Leandro Silva de Souza, de 21 anos de idade, que cursa o segundo período de medicina.

Além do veículo especial para conseguir chegar ao centro de formação médica, o jovem Leandro, desloca-se em uma maca por laboratórios e auditórios, além de assistir às aulas, por até oito horas, deitado de bruços.

Desde março deste ano, o estudante enfrenta a pobreza, olhares curiosos, dores posturais e a falta quase completa de acessibilidade na estrutura da universidade para seguir o propósito de ser médico.

“Tenho que lutar todos os dias contra a adversidade, colocar fé e perseverança na cabeça para seguir em frente e nunca deixar de pensar que tudo é possível, que as coisas irão melhorar”, diz.

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