PF investiga pagamentos do PCC a funcionários de aeroporto

Atuação do grupo vai muito além do que apenas o tráfico de drogas, segundo PF

A Polícia Federal (PF) investiga se o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem um vínculo mais extenso com o grupo de funcionários terceirizados que atuava no Aeroporto de Guarulhos (SP) despachando drogas nas malas de passageiros que iam para o exterior.

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Comissão aprova requerimento para ouvir Marcos Valério sobre relação entre PT e PCC

O empresário Marcos Valério RECORDTV MINAS

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (3), requerimento para que o empresário Marcos Valério detalhe a delação premiada sobre as relações entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O requerimento é de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que avalia como “gravíssimas” as denúncias sobre o envolvimento do crime organizado na política brasileira, com “impactos diretos na soberania nacional e na integridade territorial do país”.

Reportagem publicada pela revista Veja mostra que Valério, condenado no processo do mensalão a 37 anos de prisão, afirmou em delação à Polícia Federal que ouviu informações sobre a relação do PT com a facção por parte de um dos integrantes do partido na época.

A notícia diz ainda que um empresário do ramo dos transportes chantageava o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não revelar detalhes de como funcionava o esquema. No mês passado, a reportagem procurou o PT, que afirmou que não vai comentar “delações sem provas feitas por pessoas buscando benefícios judiciais”. A legenda foi acionada novamente.

No mês passado, requerimento semelhante foi aprovado na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. No documento, Eduardo Bolsonaro, o autor, diz que a oitiva se justifica “em face da nova delação prestada pelo senhor Marcos Valério e da recente repercussão e relevância das informações prestadas em seu depoimento”.

Conteúdos que ligam o PT ao PCC

ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, no dia 17, a remoção imediata de conteúdos falsos, por parte de parlamentares e sites, que ligam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e à morte do ex-prefeito Celso Daniel.

Moraes também ordenou a exclusão de conteúdos que envolvem uma declaração de Lula sobre papel higiênico e suposta associação entre o PT, fascismo e nazismo. A decisão se deu após a legenda acionar a Corte e prevê multa de R$ 15 mil caso haja novas postagens ou compartilhamentos.

Na decisão, o ministro lista os conteúdos que divulgaram as notícias falsas — entre eles, há publicações de parlamentares aliados ao presidente Jair Bolsonaro, como Carla Zambelli (PL-SP), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ); sites, como Jornal da Cidade, Jornal Minas Acontece; e perfis, como ZaqueBrasil e Titio 2021.

Fonte: notícias.r7

Marcos Valério delata relação do PT com o PCC, afirma Veja

Marcos Valério Fernandes de Souza é um homem de muitos segredos. No escândalo do mensalão, pelo qual foi condenado a 37 anos de cadeia, atuou como operador de pagamentos a parlamentares em troca de apoio no Congresso ao então recém-eleito governo Lula. Quase dez anos depois de ele ter recebido a maior pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos mensaleiros, VEJA revela trechos inéditos da delação premiada que o publicitário fechou com a Polícia Federal – e que foi homologada pelo ministro aposentado do STF Celso de Mello. Em um de seus mais emblemáticos depoimentos, Valério afirma que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país.

Segundo Valério, o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido: detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas. O delator afirma que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar Pereira.

De acordo com o delator, o então secretário-geral petista o informou que Ronan ameaçava revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, neste último caso, os repasses financeiros ao partido seriam uma forma de lavar recursos do crime organizado. Valério é claro ao explicar a quem se referia ao mencionar, genericamente, crime organizado: o PCC.

Em uma série de depoimentos à Polícia Federal, que VEJA publica com exclusividade, o operador do mensalão informa que o então prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002 em um crime envolto em mistérios, havia produzido um dossiê detalhando quem, dentro dos quadros petistas, estava sendo financiado de forma ilegal. O que Daniel não sabia, disse o delator aos investigadores, é que a arrecadação clandestina por meio de empresas de ônibus não beneficiava apenas a cúpula partidária: vereadores e deputados petistas que mantinham relações com o crime organizado estavam recebendo livremente dinheiro sujo. Na versão do operador do mensalão, o dossiê elaborado pelo prefeito assassinado simplesmente sumiu. “Ninguém achou esse dossiê mais”, diz.

Após o assassinato do prefeito, afirma Valério, o partido cuidou de afastar os políticos envolvidos com o PCC. “A posteriori, o PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que vocês vão ver que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”.

VEJA tentou falar com Silvio Pereira, que não retornou os contatos. Paulo Okamotto, um dos atuais coordenadores da campanha de Lula, demonstrou irritação ao ser questionado sobre as acusações de Valério sobre ligações do partido com a facção criminosa. “Tem que perguntar para o pessoal do PCC. Eu não tenho nada para te informar sobre isso”, afirmou.

Fonte: Veja

Ex-funcionário de Lula é suspeito de envolvimento com o PCC

Segundo o Estadão, o Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) pediu à justiça o sequestro de bens do contador João Muniz Leite, ex-contador do pré-candidato à presidência Luís Inácio Lula da Silva (PT).

O motivo do pedido, segundo as apurações, seria a suspeita de lavagem de dinheiro de crime organizado por meio de esquemas de loteria.

A investigação aponta que, ao ganhar em torno R$ 16 milhões na Mega Sena, Muniz Leite teria dividido o prêmio com Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta. Ele é apontado como um dos principais traficantes de drogas do Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Como ex-contador de Lula, o suspeito realizou as declarações de Imposto de Renda do petista, que datam de 2013 a 2016. Além disso, o escritório atual de Muniz Leite é localizado no mesmo endereço que o de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente.

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Líder do PCC é transferido de Pernambuco para presídio em Brasília

O presidiário Valdeci Alves dos Santos, de 50 anos, foi transferido do Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, para a Penitenciária Federal de Brasília. Ele é apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção do Brasil.

A transferência de Colorido, como é conhecido o número 2 do PCC, foi confirmada nesta terça-feira (26) pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) à coluna Ronda JC.

Valdeci Alves foi preso no município de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, no último dia 16 de abril. Ele estava foragido desde agosto de 2014, quando deixou o Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso, em São Paulo, numa saída temporária.Desde então, vinha sendo procurado pela Polícia Federal.

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PRF prende em Salgueiro um dos líderes do PCC

Foto: PRF/Divulgação

Um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso no sábado (16), em Salgueiro (PE). Valdeci Alves do Santos, o ‘Colorido’ foi detido em uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal, realizada na BR-116.

O criminoso é considerado o segundo no comando da facção e estava foragido desde 2014. Colorido chegou a morar um tempo na Bolívia e estaria no Brasil desde fevereiro deste ano.

Ele estava em uma caminhonete de luxo, quando foi abordado no km 23 da rodovia federal. Após apresentar documentação falsa, o líder do PCC foi levado à delegacia da PF e lá foi constatado que ele era o foragido da justiça. Segundo a PRF, o criminoso responde por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e por organização criminosa.

Operação Flashback fecha o cerco a criminosos ligados ao PCC em PE

Mandados também foram cumpridos em Petrolina (Foto: SSP-AL/Divulgação)

Equipes de Segurança Pública de 11 estados foram às ruas na manhã dessa terça-feira (28), para mais uma etapa da Operação Flashback. Em Pernambuco 16 mandados mandados foram cumpridos em seis cidades: Abreu e Lima, Igarassu, Limoeiro, Petrolina e Pesqueira, além da capital Recife.

Ao todo, 184 mandados de prisão estão sendo cumpridos, boa parte deles em Alagoas. Os trabalhos também são realizados no Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os alvos teriam ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e integravam o chamado “Tribunal do Crime”.

Durante os trabalhos chamou a atenção dos Ministérios Públicos e das polícias Militar e Civil a participação feminina na organização criminosa. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), um dos alvos dos mandados se encontrava em regime aberto e os outros 15 em regime fechado, em unidades prisionais da capital e nas cidades do interior.

Transferência de liderança do PCC para Petrolina é suspensa, segundo jornal

Lindoberto Castro foi um dos presos na Operação Cardume, deflagrada pela Polícia Federal. (Foto: Natinho Rodrigues)

Considerado pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) como alta liderança da organização criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC), Lindoberto Silva de Castro, o ‘Louro’, condenado a 91 anos de prisão, seria transferido do Ceará para Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina (PE), segundo apurou o jornal Diário do Nordeste.

A autorização judicial para uma permuta entre dois presos que cumprem pena nos estados do Ceará e em Pernambuco chamou a atenção da Coordenadoria de Inteligência (Coint) da SAP. A defesa de ‘Louro’ conseguiu que um detento da penitenciária de Petrolina aceitasse realizar a troca do local de cumprimento da pena.

No entanto, a SAP solicitou a suspensão da medida judicial sob a alegação de que, ao sair do rigor implantado nos presídios cearenses, Lindoberto passaria a comandar crimes a partir de Pernambuco.

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Jacobina: preso suspeito de integrar facção criminosa ligada ao PCC

Mais um alvo da Operação Capinagem foi preso na Bahia. Cleiton Souza estava foragido desde 15 de agosto desse ano, quando foi deflagrada a ação policial e acabou detido na noite de ontem (14), em Jacobina. “Capinagem” buscava prender integrantes de uma organização criminosa ligada ao PCC.

De acordo com o Ministério Público da Bahia (MPBA), os investigados teriam praticado diversos homicídios na Bahia e também atuavam no tráfico de drogas. Em agosto foram cumpridos 19 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em Juazeiro, Capim Grosso, Jacobina, Senhor do Bonfim, Serrolândia, Lauro de Freitas e um em Petrolina.

Cleiton foi detido por policiais da 91ª Companhia Independente da Polícia Militar da Bahia e será apresentado à Justiça.

Operação da PF e PM apreende 11 quilos de cocaína em Araripina

(Foto: Divulgação)

Uma operação iniciada pela Polícia Federal (PF) e Polícia Militar (PM) em Caruaru terminou com a apreensão de 11 kg de cocaína em Araripina. Em Caruaru os policiais prenderam dois homens e um terceiro acusado acabou baleado e morto na troca de tiros. O grupo tinha ligação com o PCC e coordenava a ação de tráfico de drogas no interior.

Em seguida, em Araripina a PM conseguiu localizar a droga em 40 tabletes transportados em um veículo que seguia para Cristalândia (PI). O motorista do caminhão confessou que levaria a droga para o Agreste do estado.

Ele foi preso em flagrante e a droga recolhida foi enviada para a Polícia Federal de Salgueiro. A PF estima que toda a droga apreendida está avaliada em R$ 800 mil reais.

Ex-presidiário com suposta ligação com PCC é preso em Pernambuco

(Foto: Polícia Militar)

A Polícia Militar de Itambé, na Zona da Mata Norte, prendeu na madrugada do sábado (5), um ex-presidiário acusado de ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele faz parte de uma facção chamada Okaida, que atua nas cadeias da Paraíba.

O ex-presidiário foi preso pelo crime de porte ilegal de armas de fogo e tráfico de drogas. A PM chegou até ele depois de uma denúncia anônima de que dois homens estavam em uma moto estava cometendo assaltos na cidade de Ferreiros.

Os policiais do 2º BPM foram até o distrito de Ibiranga, em Itambé e encontraram o criminoso. A dupla tentou fugir, mas o ex-presidiário foi capturado dentro de uma residência. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Goiania. A PM não divulgou a identidade do ex-presidiário.

PCC tem estatuto com artigo que proíbe estupradores, homossexuais e pedófilos

Com 18 artigos e escrito a mão em um caderno, o estatuto da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), apreendido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Roraima, é direto: “somos integrantes de uma organização criminosa”, diz trecho. O documento da facção, que proíbe a participação de estupradores, homossexuais e pedófilos, diz ainda que o descumprimento das normas do mesmo é punível com pena de morte, denominada por eles de “xeque-mate”.

Os escritos constam de denúncia que o Ministério Público de Roraima apresentou à Justiça em novembro de 2014. Naquele ano, a Promotoria já alertava para o ‘Tribunal do Crime’ instalado pelo PCC no sistema prisional do estado, inclusive na Monte Cristo – em que, na madrugada de sexta-feira, 6, 31 prisioneiros foram massacrados.

Durante a investigação, o Ministério Público de Roraima identificou grampos que tratavam de julgamento e punição dos membros do PCC por descumprimento do estatuto. O artigo I é claro. “Todos os integrantes devem lealdade e respeito ao PCC.”

A regra seguinte aponta para a luta por ‘paz, justiça, liberdade igualdade e união, visando crescimento da nossa organização, respeitando sempre a ética do crime’. Em seu artigo VI, o estatuto do PCC apreendido na Monte Cristo afirma não admitir como integrantes ‘estrupadores (sic), homosexualismo (sic), pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opressão, chantagens, estorções (sic), inveja, calúnia e outros atos que ferem a ética do crime’.

Desde que foi deflagrada, a cisão entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) as mortes de presos em Roraima aumentaram assustadoramente. Pelos cálculos oficiais, o PCC já matou mais de 44 presos na Penitenciária Agrícola de Roraima nos últimos três meses. As primeiras mortes aconteceram no dia 16 de outubro de 2016, quando 10 presos pertencentes à facção CV, foram decapitados e carbonizados.

Confira, a seguir, trechos dos artigos manuscritos pelo PCC em Roraima (na íntegra):

“Artigo 1

Todos os integrantes devem lealdade e respeito ao PCC.”

“Artigo II

Lutar sempre pela paz, justiça, liberdade, igualdade e união, visando crescimento da nossa organização, respeitando sempre a ética do crime.”

“Artigo II

Todos integrantes do comando têm direito de expressar sua opinião e tem o dever de respeitar a opinião de todos sendo que dentro da organização existe uma hierarquia e disciplina a ser seguida e respeitada aquele integrante que tentar causar divisão dentro do comando desrespeitando esses critério será excluído e decretado.”

“Artigo IV

Deixamos claro que não somos sócios de um clube e sim integrantes de uma organização criminosa que luta contra a opressão e injustiça que surge no dia a dia e tenta não afeta sendo assim o comando não admite acomodações e fraqueza diante da nossa causa.”

“Artigo VI

O comando não admite entre seus integrantes estrupadores, homosexualismo, pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opressão, chantagens, estorções, inveja, calunia e outros atos que ferem a ética do crime.”

“Artigo XII

O comando não tem limites territoriais todos os integrantes que forem batizado são componentes do PCC independente da cidade, estado ou País. Todos devem seguir nossa disciplina, hierarquia e estatuto.”

“Artigo XIII

O comando não tem coligação com nenhuma facção, vivemos em armonia com facção de outros estados. Quando algum integrante de outra facção chegar em alguma cadeia nossa o mesmo será tratado cm respeito e terá o apoio necessário porém queremos o mesmo tratamento quando um integrante do comando chega preso em outro estado em cadeias de outras facções.”

“Artigo XVII

O integrante que vinher a sair da organização e fazer parte de outra facção ou cagueta alguém relacionado ao comando será decretado e aquele que vinher mexer com a nossa família terá a sua família exterminada o comando nunca mexeu com a família de ninguém e nem aceito isso, mais os traidores, caguetas não terão paz. Ninguém é obrigado a permanecer no comando mais o comando não será traído por ninguém.”