Caso Beatriz: “A impressão que eu tenho é que não estão fazendo é nada”, desabafa Lucinha Mota

Familiares de Beatriz foram cobrar Polícia Civil sobre investigação (Foto: Blog Waldiney Passos)

Revolta. Esse é o sentimento de Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais da menina Beatriz Angélica Mota. Nessa sexta-feira (19) eles foram até o Batalhão da Polícia Militar de Petrolina, onde também está localizada a Delegacia da Polícia Civil que investiga o Caso Beatriz para cobrar respostas sobre a investigação.

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Os pais da garota e familiares não conseguem entender por qual motivo Alisson Henrique de Carvalho, suspeito de apagar imagens das câmeras de monitoramento do Colégio Auxiliadora no dia em que a menina foi morta, continua solto.

“Ficou provado que o Estado não tem nenhuma equipe de prontidão para prender Alisson. A impressão que eu tenho é que não estão fazendo é nada. Quando me refiro à Polícia Civil me refiro à instituição, não vamos arredar os pés daqui enquanto vocês provarem na prática quem são os agentes que estão na rua”, disse Lucinha.

Ontem (18) policiais foram à uma residência no bairro Padre Cícero, onde Alisson estaria escondido. Segundo os pais de Beatriz, apesar de haver um mandado de prisão expedido contra ele, a Polícia Civil de Pernambuco demorou em agir.

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Caso Beatriz: “Essa preventiva é um recomeço pra tudo”, afirma delegada Polyana Neri

Delegada Polyana Neri. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Para a delegada Polyana Neri, responsável pelo Caso Beatriz, a aceitação do pedido de prisão preventiva de Alisson Henrique de Carvalho pode representar o recomeço das investigações. Alisson é acusado de fraude processual e falso testemunho e segundo a Polícia Civil, teria apagado imagens que mostravam o provável suspeito de matar Beatriz Angélica Mota.

“Essa preventiva é um recomeço pra tudo novamente, nós vamos trabalhar tudo novamente e procurar buscar encerrar a investigação”, afirmou Polyana durante coletiva de imprensa no Recife, na quarta-feira (12).

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Obstrução do colégio

Questionada a respeito da demora da polícia em obter as imagens das câmeras de monitoramento do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, a delegada disse que a instituição sempre adiava a entrega dos materiais.

“Apenas desculpas de que não poderia ser entregue naquele momento até que aconteceu o dia da apreensão daquele aparelho e descobriu-se que havia sido apagado”, disse a delegada. Além de Alisson há outra funcionária do colégio sendo investigada, mas sua identidade não foi revelada.

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(Foto: Polícia Civil/Ascom)

No início da tarde dessa quarta-feira (12), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) acatou o pedido de prisão preventiva de Alisson Henrique, ex-funcionário do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, acusado de obstruir as investigações do Caso Beatriz.

A delegada responsável pelas investigações, Polyana Neri, concedeu entrevista coletiva na capital Recife e afirmou que Alisson pode ser considerado foragido. Sobre as acusações contra ele, ela afirma que o ex-funcionário do colégio responderá por falso testemunho e fraude processual.

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“Estamos com o mandado em mãos, tem duas equipes em Petrolina a procura dele. [Ele] pode sim ser considerado foragido. A gente estava em contato com uma pessoa da família e ele não se apresentou, até o momento não foi apresentada a prisão”, disse.

O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, disse que a aceitação do pedido de prisão é um avanço no caso. “Foi importantíssimo esse passo, terá reflexo na investigação, muito positivos. Nós conseguimos provar cabalmente essa participação [de Alisson]. Nós já iniciamos as buscas e tão logo encontrado, será preso”, afirmou.

De acordo com Kehrle, tão logo seja preso, Alisson será novamente ouvido e a Polícia Civil espera que a partir dessa prisão o caso seja solucionado, já que novas informações podem surgir através do depoimento do acusado de apagar imagens das câmeras de monitoramento.

A Polícia Civil também divulgou imagens do momento no qual Alisson Henrique entra na sala de monitoramento do Colégio Auxiliadora e teria apagado as gravações do dia em que Beatriz foi morta. Veja a seguir.

Polícia Civil de Pernambuco afirma trabalhar “incansavelmente na apuração” do caso Beatriz

Procurada pelo Blog Waldiney Passos a respeito do andamento das investigações do Caso Beatriz, que ontem completou três anos, a Polícia Civil de Pernambuco informou que trabalha as investigações seguem em sigilo, mas que trabalha incansavelmente na elucidação do fato.

De acordo com a PC, os trabalhos atualmente estão sob a competência da delegada Polyana Neri, que trabalha exclusivamente nas investigações com uma equipe de quatro policiais e apoio do Ministério Público e Diretoria de Inteligência da polícia.

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Ainda segundo a nota enviada à nossa equipe, nos três anos foram ouvidas 50 pessoas e um mandado de prisão foi expedido – o de Alisson Henrique – mas negado pela Justiça. Ontem (10) os pais de Beatriz afirmaram que vão a Recife acompanhar uma audiência que pode terminar com a prisão de Alisson e pedirão a manutenção da delegada Neri no caso.

Confira a seguir a nota da Polícia Civil:

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