Terceirizados de escolas estaduais fazem manifestação na GRE de Petrolina e cobram pagamento de salários

Categorias se uniram para cobrar direitos (Foto: Blog Waldiney Passos)

O prédio da Gerência Regional de Educação (GRE) de Petrolina amanheceu nessa segunda-feira (18) com uma movimentação diferente. Funcionários de empresas terceirizadas que trabalham nas escolas estaduais da cidade e região do Sertão pernambucano estão reunidos para cobrar o pagamento dos salários em atraso.

Porteiros, merendeiras e auxiliares de serviços gerais denunciam que as empresas contratadas pelo Governo de Pernambuco desrespeitam o quinto dia útil, além de atrasar o pagamento de vale alimentação e transporte. O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios do Sertão Pernambucano (Siemaco), João Soares, as terceirizadas sempre atrasam o pagamento.

“Todo mês essas empresas elas só pagam o salário no último dia do mês e às vezes passam para o dia seguinte. A gente quer que eles cumpram a norma da CLT. O Estado não se preocupa em colocar empresas que possa cumprir com as obrigações, que possa se produzir melhor as atividades. Não dão vale transporte, não pagam salário e isso é um desrespeito ao trabalhador”, disse ao Blog Waldiney Passos.

Segundo João, o salário de fevereiro está atrasado e ainda não há previsão de pagamento por parte da Unika (porteiros), Soluções (serviços gerais) e Premium (merendeiras). O grupo está na GRE tentando uma reunião com representantes do Estado.

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(Foto: ASCOM/Cristina Costa)

A paralisação iniciada na segunda-feira (12) pelas merendeiras de Petrolina continua. Somente na cidade, 160 profissionais têm vínculo empregatício com a Premium, contratada pelo Governo de Pernambuco para realizar as atividades nas escolas estaduais.

Ontem mais de 20 merendeiras cruzaram os braços, em manifestação contra os atrasos no pagamento de salário. Segundo João Soares, presidente do Sindicato da categoria, as profissionais estão sem receber vale alimentação e também protestam pelo salário família, que nunca foi pago.

“Essa situação não é só em Petrolina, é em todo Sertão. Essa empresa ganhou a licitação em Araripina e Floresta e sempre atrasou o salário, atrasou suas obrigações trabalhistas. Nós temos várias ações no Ministério do Trabalho e Ministério Público”, informou João Soares durante entrevista no programa Revista da Tarde, da Rádio Jornal Petrolina.

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