Para novo ministro da Saúde, prevenção a doenças sexualmente transmissíveis deve ser feita sem “invadir” lares

(Foto: Reprodução/Facebook)

Futuro ministro da Saúde na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), o médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta afirma que o governo precisa voltar a estimular políticas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo Mandetta afirmou que é dever do Estado tomar cuidado para não ofender as famílias. “Vamos ter que ver a maneira como isso se dá sem ofender as famílias, sem ofender aqueles que entendem que isso possa ser uma invasão do Estado em seu ambiente familiar. Mas de alguma maneira temos que disponibilizar isso, tem que estar mais próximo das pessoas”, destacou.

Mandetta faz ainda críticas à atual política de controle do HIV. “Temos que rever o padrão de comunicação [da política de prevenção do HIV]. Como falo sobre sífilis e Aids para um adulto jovem? A linguagem atual claramente não está surtindo efeito. Será que temos que fazer rodas de conversa? Será que temos que provocar as famílias para que elas discutam isso dentro de suas casas? Como dizer para esse jovem que a sexualidade é boa e deve ser exercida na sua plenitude, mas que há riscos que passam por essas doenças sexualmente transmissíveis?”, afirmou o ministro.

Na entrevista Mandetta também disse que deve revogar o programa Mais Médicos, criado na gestão do Partido dos Trabalhadores. Recentemente as mudanças no programa resultaram na saída de profissionais cubanos do país, mas muitas localidades no interior do país estão sem médicos.

Com informações da Folha de São Paulo