“O que precisa pra resolver a situação do Pontal está nas mãos da Codevasf”, afirma representante do MST em Petrolina

(Foto: Internet)

O cumprimento da ordem de reintegração de posse no Projeto Pontal ainda não foi concretizado, mas desde fevereiro a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estava autorizada pela justiça a interromper o fornecimento de água e energia no local. O fato foi concretizado e gerou uma série de críticas das famílias dos Acampamentos Dom Tomás e Democracia.

Representante do Movimento Sem Terra (MST) em Petrolina, Florisvaldo Alves afirma que as famílias podem sim deixar o local, mas se a Codevasf agir para isso. As partes estão desde 2015 negociando a saída, mas não chegam a um consenso.

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“Nós, quando a juíza determinou a reintegração de posse, nós trabalhamos algumas propostas e nós deixamos bem claro que se houver uma área na região que possa assentar as famílias e que essa área tenha condições de produzir, a gente sai voluntariamente dessa área”, explica Florisvaldo em entrevista exclusiva ao Blog.

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(Foto: MST Petrolina)

Durante o ato pró-Lula realizado na tarde da sexta-feira (6), o representante do Movimento Sem Terra (MST), em Petrolina, Florisvaldo Alves utilizou sua fala para chamar atenção da população petrolinense sobre o Projeto Pontal.

“Nesse momento mais de 600 famílias no Pontal se encontram em vigília, primeiro em defesa das terras do Pontal e a oligarquia política de Petrolina quer colocar na mão grandes empresários, através de uma licitação fajuta e essas famílias estão em vigília em defesa da vida, da liberdade e da democracia”, disse em seu discurso.

Segundo Florisvaldo, desde fevereiro as famílias assentadas nos Acampamentos Dom Tomás e Democracia estão sem água e energia, que foram cortadas a pedido da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O Blog tem acompanhando a situação e conversou com Florisvaldo.

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“Toda aquela terra de mais de 30 mil hectares que pertencem à União e a Codevasf através de uma licitação arbitrária, que possibilita entregar aquelas terras a empresa, a grandes empresários daqui e de fora, enquanto as famílias que estão lá produzindo em mais de quatro mil hectares, de maneira sustentável, sem agredir o solo e utilização de agroquímicos e a Codevasf a cada dia tenta retirar as famílias a força. Primeiro cortaram nossa água, inclusive aterrando o canal, depois retiraram a energia, mas isso não faz com que as famílias desistam”, afirmou.

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(Foto: CODEVASF)

O impasse entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e as famílias assentadas no Projeto Pontal entra por mais uma semana. Na última sexta-feira (8) os assentados relataram a este Blog os cortes no fornecimento de água e energia.

Os integrantes dos Acampamentos Dom Tomás e Democracia criticaram a atitude da e afirmam estar sofrendo prejuízos com os cortes. Nossa equipe estava aguardando um posicionamento da Codevasf e através de uma breve nota, a Companhia informou que está amparada na lei para tomar as decisões.

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(Foto: Reprodução/WhatsApp)

As famílias assentadas no Projeto Pontal afirmam que os peixes cultivados nos Acampamentos Dom Tomás e Democracia estão morrendo. O abastecimento de água foi cortado por ordens da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), no último dia 23 de fevereiro, mesmo assim os assentados permanecem no local.

Os assentados também cultivam frutos no Pontal e afirmam que a Codevasf jogou areia no canal, depois de interromper o abastecimento de água, para evitar que as famílias sejam abastecidas. A energia no local também foi cortada no final de fevereiro.

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Nossa equipe entrou em contato com a Codevasf, em busca de informações sobre as ações denunciadas pelos assentados do Projeto Pontal e estamos aguardando o retorno. Na última nota enviada a este Blog, a Companhia havia informado que a ocupação é ilegal e que as negociações foram feitas, mas não houve avanço.

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(Foto: Divulgação/MST)

O impasse entre os assentados do Movimento Sem Terra (MST) no Projeto Pontal e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) de Petrolina continua. Desde a quarta-feira (28), as famílias dos Acampamentos Democracia e Dom Tomás deveriam deixar o Pontal, mas não cumpriram com a decisão judicial.

De acordo com a Codevasf, o MST ocupa ilegalmente o Projeto Pontal desde setembro de 2014, ano no qual foi formado o Acampamento Dom Tomás. Desde então, a Companhia recorreu à Justiça por um pedido de reintegração de posse.

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Trabalhadores do Projeto Pontal vão à Câmara de Vereadores pedir apoio para permanecerem no local

Trabalhadoras do Projeto Pontal. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Duas representantes dos trabalhadores que estão acampados no Projeto Pontal estiveram na Câmara de Vereadores de Petrolina (PE), durante a Sessão desta quinta-feira (1), para pedir apoio dos vereadores para que eles (os trabalhadores), não sejam retirados do local.

A trabalhadora Cleidimar de Souza, pediu aos edis que intercedam junto a Codevasf, para que seja estabelecido um novo canal de negociação, para que seja encontrada uma solução em relação à permanência deles no Pontal.

O prazo dado pela Codevasf, para que os moradores dos acampamentos Dom Tomás e Democracia deixassem o local de forma pacífica terminou nesta quarta-feira (28). Os trabalhadores dizem que não vão deixar a área.

Cleidimar informou que a situação dos trabalhadores está delicada, uma vez que já cortaram a energia e a água. Ainda de acordo com a representante dos ocupantes do Pontal, chegaram a jogar aterro dentro do canal e sem água para fazer a irrigação, as plantações estão sendo prejudicadas.

“Quando era área totalmente seca, as pessoas chegaram lá e fizeram a promessa de que nós, trabalhadores, teríamos lotes irrigados. Agora que o Pontal chegou de verdade, os lotes passam a ser de pessoas que tem alta condição de financeira”, disse a trabalhadora.

Os vereadores Gilmar Santos (PT) e Gabriel Menezes (PSL) saíram em defesa dos trabalhadores do Pontal.

Gabriel Menezes, apresentou a cópia de uma ata de uma reunião  realizada, em 13 de agosto de 1.999, pela Codevasf com os trabalhadores que ocupam o Pontal, na qual diz que “a negociação das terras com os proprietários da mancha 23, do Projeto Pontal, área norte, obedecerá aos seguintes critérios: garantia aos atuais proprietários, caso assim o desejem, de receber um lote irrigável de 10 hectares, situado na área a ser negociada. A retenção da área irrigável de 10 hectares, deverá ser consignada na escritura de compra e venda. A área de sequeiro deverá permanecer com o proprietário ou ser vendida a Codevasf”, leu o vereador, que completou.

“Isso está aqui na ata e agora querem tirar os trabalhadores de suas terras? Pelos amor de Deus! Essa foi uma das muitas reuniões articuladas para enganar e mentir para o povo. E quem está articulando essa expulsão aí, é o grupo que está governando Petrolina”, disparou Gabriel Menezes.

Codevasf afirma que MST ocupa ilegalmente Projeto Pontal

(Foto: CODEVASF)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Petrolina rebateu as afirmações do representante do Movimento Sem Terra (MST) em Petrolina.

Em matéria publicada neste Blog, o representante do MST, Florisvaldo Alves afirmou que a Codevasf está ameaçando os assentados que estão no Pontal. Mais cedo nós tentamos contato com a assessoria de comunicação da Codevasf, que se posicionou a respeito do tema.

De acordo com a Codevasf, o MST ocupa ilegalmente o Projeto Pontal. A primeira ocupação aconteceu em 28 de setembro de 2014, no chamado Acampamento Dom Tomás. Em 16 de abril de 2016 outra ocupação resultou no Acampamento Democracia, conforme informações da Companhia.

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Representante do MST critica postura da Codevasf no tratamento aos assentados do Pontal

(Foto: MST/Divulgação)

Os assentados do Movimento dos Sem Terra que estavam ocupando o prédio do Incra até a quinta-feira (22), podem continuar as ocupações na próxima semana. A informação foi dada pelo representante do MST ontem, caso a Codevasf não apresente soluções definitivas em relação às famílias assentada no Projeto Pontal.

De acordo com o representante do MST, Florisvaldo Alves, a Codevasf Petrolina vem descumprindo o acordo entre as famílias dos acampamentos Dom Tomás e Democracia e está vem ameaçando os trabalhadores rurais. “A Codevasf continua amedrontando os trabalhadores de que vão utilizar do corte de água e de energia, nós vamos resistir porque nós temos legitimidade para ficar no pontal, nós estamos trabalhando e nós queremos respeitar a lei, mas também queremos que o direito dos trabalhadores esteja em primeiro lugar” afirmou Florisvaldo em entrevista à Rádio Jornal Petrolina.

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MST inicia desocupação de prédio do INCRA, mas assentados podem retomar protestos

(Foto: Internet)

Uma reunião nessa quinta-feira (22), entre integrantes do Movimento Sem Terra (MST) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), terminou com avanços. Dessa forma, a ocupação do prédio em Petrolina chega ao fim ainda hoje.

A informação foi confirmada pelo representante do MST, Florisvaldo Alves, em entrevista ao programa Revista da Tarde, na Rádio Jornal Petrolina. Florisvaldo revelou que uma nova reunião, na próxima terça-feira (27), com o coordenador nacional do Incra, Clóvis Figueiredo deve definir os rumos das manifestações.

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Durante ocupação, MST critica edital para Projeto Pontal: “vai atender uma minoria”

(Foto: MST Petrolina)

Na manhã dessa terça-feira (20) trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Petrolina. Durante o ato, integrantes do movimento falaram sobre as reivindicações do grupo, sendo a principal delas o edital da Codevasf para a aquisição de lotes no Projeto Pontal.

De acordo com o MST, agricultores e agricultoras dos Acampamentos Democracia, Dom Tomás, José Almeida 1 (Lagoa Grande) e José Almeida (Petrolina) participaram da ocupação.

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Problemas técnicos adiam Inscrições para o Projeto Pontal

(Foto: Internet)

O preenchimento da ficha de inscrição para os lotes familiares do Projeto Pontal, que estava previsto para iniciar nesta terça-feira (9), foi adiado.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Codevasf, problemas técnicos no sistema, fizeram com que a Companhia adiasse a data para a próxima quinta-feira (11).

O preenchimento da ficha de inscrição, será na 3ª Superintendência Regional da Codevasf, em Petrolina (PE), das 9h às 12h e das 14h30 às 17h30.

“O que me uniu ao grupo de Fernando Bezerra foi o Projeto Pontal”, disse Guilherme Coelho

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Durante o evento para anúncio de investimentos do Governo Federal no Projeto Pontal de Irrigação, nesta quinta-feira (30), o ex-deputado federal e suplente Guilherme Coelho (PSDB) afirmou que o motivo de ter se unido ao grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) foi a continuidade do Pontal.

“Se vocês me perguntassem o que me uniu politicamente ao grupo do senador Fernando Bezerra, foi o Projeto Pontal. Em conversa com o senador eu disse: senador todo mundo vai perder uma guerra na vida, que é a morte. Mas meu pai perdeu duas, a morte e o sonho dele do Pontal. E graças a Deus com o esforço do senador nós estamos anunciando obras importantes, dinheiro em caixa para que a irrigação volte para a nossa região”, disse.

Sobre as eleições de 2018, Guilherme afirmou que seu lugar é em Brasília. “Eu reflito onde devo estar no próximo ano e eu quero em Brasília fazer com que as pessoas tenham dias melhores, eu penso que lá é o meu lugar para eu continuar um grande serviço a todos”.

Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, anuncia hoje investimentos de R$ 100 milhões para o Projeto Pontal em Petrolina

Petrolina recebe hoje (30), o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB-PA). Barbalho chega à cidade, às 9h, ele vai garantir investimentos de R$ 100 milhões ao Projeto Pontal de Irrigação, dentro do Programa Avançar do governo federal. O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, lógico, também integrarão a comitiva.

De acordo com o senador Fernando Bezerra Coelho, vice-líder do governo no Senado, os recursos vão permitir a implementação da primeira etapa do Projeto Pontal, com cerca de 300 lotes para colonos e 20 lotes empresariais, abrangendo uma área superior a três mil hectares irrigados na região de Petrolina.

“Resultando em empregos para 10 mil pessoas. A fruticultura irrigada precisa e deve ser apoiada. É investindo e apostando também na irrigação que estamos virando a página do desemprego e da crise econômica e gerando oportunidades, renda e riqueza para o Brasil”, disse FBC a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

Miguel Coelho disse que o projeto pleiteado desde os anos 90 pela população de Petrolina finalmente vai sair do papel.  “É um sonho do povo de Petrolina que se tornará muito em breve uma realidade. A chegada do Pontal vai gerar um grande impacto na produção, geração de emprego e exportação e beneficiará não apenas nossa cidade mas todo o Vale do São Francisco”, explica.

Segundo a gestão municipal, o Pontal seguirá um modelo semelhante ao projeto Nilo Coelho, iniciativa que impulsionou a fruticultura do São Francisco nas últimas décadas. O novo perímetro irrigado terá cerca 8 mil hectares, totalizando 300 lotes para pequenos irrigantes. A licitação das obras de instalação e estruturação do setor de colonização do Pontal já está em andamento e a expectativa é da abertura das propostas para execução dos serviços em dezembro.

Para a implantação do novo projeto de irrigação, serão investidos pelo Governo Federal cerca de R$ 32 milhões.

Novo PAC

O Programa Avançar foi lançado no último dia 9 pelo presidente Michel Temer – em cerimônia no Palácio do Planalto. O governo Federal diz que ele conta com investimentos da ordem de R$ 130 bilhões destinados a mais de 7,4 mil projetos em todas as regiões do país, neste e no próximo ano. Deste total, mais de R$ 19 bi serão aplicados em cerca de 3,2 mil ações na Região Nordeste.

Só para o estado de Pernambuco, o governo garantiu mais de R$ 3 bilhões no âmbito do Avançar, sendo R$ 400 milhões para as obras da Adutora do Agreste e R$ 100 milhões para o Projeto Pontal.

Jovem esquizofrênico é encontrado morto no Projeto Pontal, em Petrolina

Um jovem de 15 anos foi encontrado morto por populares nessa segunda-feira (23), por volta das 20h30, na estrada que dá acesso ao Projeto Pontal, Zona Rural de Petrolina (PE).

Segundo informações, o adolescente estava com várias perfurações, possivelmente causadas por disparos de arma de fogo, na face, axila e abdômen.

De acordo com informações de familiares, a vítima residia no Projeto Maria Tereza, Zona Rural da cidade, e estava desaparecida a cerca de 48 horas, além de ser esquizofrênica.

O Instituto de Medicina Lega (IML) esteve no local para proceder com a remoção do corpo.

Codevasf emite nota de esclarecimento sobre venda ilegal de lotes no Projeto Pontal

A companhia afirma que a venda não foi autorizada e que os envolvidos serão responsabilizados judicialmente. (Foto: CODEVASF)

Nesta quinta-feira (28) a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), Superintendência Regional de Petrolina, emitiu uma nota de esclarecimento sobre a venda ilegal de lotes no Projeto Pontal.

A companhia afirma que a venda não foi autorizada e que os envolvidos serão responsabilizados judicialmente. “A CODEVASF esclarece que não autorizou a venda de lotes agrícolas no Projeto Pontal, onde, de acordo com informações passadas à superintendência, estão sendo realizadas negociações ilegais.

Aqueles que estão tentando adquirir, desta forma, os lotes, perderão o seu investimento e serão responsabilizados judicialmente. A CODEVASF já está tomando todas as medidas jurídicas que o caso requer”, afirma nota.

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