Diretor da Rodando Legal vai à Câmara de Vereadores para esclarecer atuação da empresa em Petrolina

Diretor da Rodando Legal, Carlos Logulo, esteve na Câmara para prestar esclarecimentos. (Foto: Wanderley Alves)

Muito se discute sobre a atuação da empresa Rodando Legal, responsável pelo serviço de guincho em Petrolina (PE). O grande aumento das taxas de reboque e de diárias tem causado desconforto na população petrolinense.

O diretor da empresa, Carlos Logulo, esteve presente na sessão ordinária desta terça-feira (26) na Câmara Municipal da cidade para esclarecer alguns pontos. De acordo com o diretor, a Rodando Legal não “apreende nem libera veículos, os veículos são apreendidos pelas forças policiais ou autoridades de trânsito”.

“Eu vim tentar esclarecer algumas coisas. A nós cabe fazer o serviço de guincho e o chamado acautelamento, ou seja, a guarda do veículo. E nós ganhamos em cima das diárias de reboque e de carro, moto ou caminhão”, afirmou.

Carlos ainda falou sobre a cobrança de taxa, considerada abusiva por parte da população da cidade. “Quanto aos valores das diárias, não fomos nós que estipulamos. Os valores foram determinados pelo próprio processo licitatório, lançado pela AMMPLA. As taxas estão previstas no edital, um documento que, a princípio, não se mexe. Houve oneração violenta? Houve! Era R$ 2 e foi para R$ 22, é uma oneração. Mas temos que considerar que a taxa de R$ 2,50 não é nem um estacionamento rotativo”, disse.

Sobre o fato do guincho cobrar por veículo e não por viagem, Logulo afirmou que é uma questão de justiça. “Eu carrego 10 motos em cada reboque, normalmente 4 ficam, que não são recuperadas, vão a leilão. Como é que eu vou identificar qual a moto que eu vou cobrar o guincho? Aí eu cobro de você que teve a moto apreendida e as outras nove não saem, eu vou tomar prejuízo ou vou cobrar só de você, isso é justo? Em todo do local do Brasil, é cobrada a taxa por veículo e não por lote de veículos”.

Empresa de guincho Rodando Legal é criticada por atuação em Petrolina

Atuação da Rodando Legal em Petrolina está sendo questionada pela população. (Foto: Internet)

Os vereadores da Câmara Municipal de Petrolina levantaram o debate sobre a atuação da Empresa Rodando Legal, que trabalha com guinchos na cidade. A discussão aconteceu durante a sessão dessa terça-feira (10), porém, desde o início do ano a empresa é criticada por parte dos parlamentares.

O vereador Aero Cruz (PSB) recebeu uma denúncia de uma senhora que foi multada por ter estacionado o seu veículo em cima de uma faixa de pedestres na rua Dom Vital, no centro de Petrolina. Ela se colocou à disposição para retirar o veículo após ser multada, pois teria uma viagem de urgência para fazer, mas ainda assim teve o seu carro guinchado pela empresa.

(Foto: Blog Waldiney Passos)

O Código de Trânsito Brasileiro prevê a remoção do veículo como medida administrativa para quem estaciona sobre faixa de pedestres. Contudo, o mesmo código afirma que, caso a irregularidade possa ser consertada no local, não caberá a remoção. Portanto, no caso da senhora a remoção não era cabível.

“Quero passar para os colegas para que a gente possa dar uma resposta à sociedade em relação às atividades da Rodando Legal (…). Qual é o serviço que esta empresa está prestando a Petrolina? A senhora se prontificou a pagar os valores para ter seu carro para seguir sua viagem. No meu ponto de vista ela foi extorquida por essa empresa”, criticou o vereador.

Em defesa da empresa, o vereador Paulo Valgueiro (PMDB) afirmou que a autonomia para remoção dos veículos não é da Rodando Legal e sim dos agentes de trânsito. O parlamentar disse ainda que é necessário um plantão na Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina para resolver essas situações.

“A empresa não tem nenhuma autonomia para fazer ou não a remoção. A autonomia para realizar a remoção do veículo é do agente de trânsito que lavrou a infração. A liberação do veículo deve ser feita pela AMMPLA, que funciona em horário restrito. O que precisa ser feito é um horário de plantão na AMMPLA”, defendeu.