Sindicato denuncia corte no salário de merendeiras após orientação do Estado

Houve cortes nos salários de março e abril, não repostos até hoje segundo Sindicato (Foto: Ilustração)

A situação das merendeiras terceirizadas pelo Governo de Pernambuco segue complicada. Depois da celeuma sobre algumas demissões, agora as profissionais que atuam nas escolas estaduais de Petrolina e região estão sofrendo no bolso.

O  Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Limpeza, Urbana, Locação de Mão de Obra, Administração de Imóveis, Condomínios de Edifícios Residenciais e Comerciais da Região do Sertão do Estado de Pernambuco (Siemaco) relata que elas tiveram cortes nos salários e até hoje não foram pagas integralmente.

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“O governador de Pernambuco fez a suspensão do contrato das merendeiras e orientou as empresas a não pagar o salário delas. O pessoal está numa situação muito difícil, já ganham pouco e pagaram descontando”, conta o presidente do Siemaco, João Soares.

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(Foto: Ilustração)

Em plena pandemia, mais de 40 merendeiras as quais atuam na rede estadual de ensino de Pernambuco deforma terceirizada estão cumprindo aviso prévio e em breve serão desligadas das suas funções. Em entrevista ao Blog nesta segunda-feira (8) o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Limpeza, Urbana, Locação de Mão de Obra, Administração de Imóveis, Condomínios de Edifícios Residenciais e Comerciais da Região do Sertão do Estado de Pernambuco (SIEMACO) detalhou a situação.

“Em todo esse tempo de vida profissional eu ainda não tinha visto uma situação dessa: os trabalhadores sendo avaliados por uma questão política. Qual é o político que indicou e se pode continuar [com o funcionário] indicado”, disse João Soares.

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Segundo João, o SIEMACO já entrou em contato com a empresa. Porém, o que ouviu foi preocupante. “O primeiro passo foi entrar em contato com a empresa, eles disseram que estavam obedecendo uma relação fornecida pela Secretaria de Educação [do Estado]. Aqui em Petrolina foram 45, tem mais em Araripina e Salgueiro”, relatou.

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Auxiliares de serviços gerais das escolas estaduais de Pernambuco cobram pagamento de salário e iniciam paralisação no Sertão

Grupo iniciou paralisação nessa quinta-feira, 21, em Petrolina (Foto: Blog Waldiney Passos)

2019 vai chegando ao fim, mas os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados do Sertão continuam na luta para receber seus salários em dia. Nessa quinta-feira (21), as auxiliares de serviços gerais contratadas pela empresa Soluções para atuar nas escolas estaduais de Pernambuco iniciaram uma paralisação.

O grupo cobra o pagamento do salário de outubro, que está há mais de 15 dias em atraso. O 13º segue sem previsão de ser pago e as funcionárias então resolveram cruzar os braços. “Estamos falando com a secretaria de Educação e com a empresa Soluções, mas não deram nenhuma solução ainda. Fizemos uma assembleia há três dias, passamos o prazo até ontem para pagar e se não houvesse o pagamento, seria feita a paralisação. Ninguém resolveu e fizemos a paralisação”, explicou o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios do Sertão Pernambucano (Siemaco), João Soares.

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Terceirizados de escolas estaduais fazem manifestação na GRE de Petrolina e cobram pagamento de salários

Categorias se uniram para cobrar direitos (Foto: Blog Waldiney Passos)

O prédio da Gerência Regional de Educação (GRE) de Petrolina amanheceu nessa segunda-feira (18) com uma movimentação diferente. Funcionários de empresas terceirizadas que trabalham nas escolas estaduais da cidade e região do Sertão pernambucano estão reunidos para cobrar o pagamento dos salários em atraso.

Porteiros, merendeiras e auxiliares de serviços gerais denunciam que as empresas contratadas pelo Governo de Pernambuco desrespeitam o quinto dia útil, além de atrasar o pagamento de vale alimentação e transporte. O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios do Sertão Pernambucano (Siemaco), João Soares, as terceirizadas sempre atrasam o pagamento.

“Todo mês essas empresas elas só pagam o salário no último dia do mês e às vezes passam para o dia seguinte. A gente quer que eles cumpram a norma da CLT. O Estado não se preocupa em colocar empresas que possa cumprir com as obrigações, que possa se produzir melhor as atividades. Não dão vale transporte, não pagam salário e isso é um desrespeito ao trabalhador”, disse ao Blog Waldiney Passos.

Segundo João, o salário de fevereiro está atrasado e ainda não há previsão de pagamento por parte da Unika (porteiros), Soluções (serviços gerais) e Premium (merendeiras). O grupo está na GRE tentando uma reunião com representantes do Estado.

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Merendeiras cobram pagamento de salários atrasados e faz manifestação no MPT

Grupo tem reunião marcada com promotora do Trabalho (Foto: Blog Waldiney Passos)

As merendeiras terceirizadas das escolas estaduais de Pernambuco estão com atividades paralisadas desde ontem (18) e na manhã dessa quarta-feira (19) um grupo de 20 profissionais se reuniu em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para cobrar o pagamento das remunerações em atraso.

O grupo tem uma reunião agendada para discutir algumas pautas e, antes de encontrarem a promotora, as merendeiras conversaram com a nossa equipe. Maria Pereira disse que até o momento o Governo de Pernambuco não sinalizou positivamente para a categoria.

“Todos os meses para a gente receber nosso pagamento a gente tem que fazer uma mobilização, ai eles ficam no jogo de empurra-empurra: o Governo diz que repassou para a empresa, a empresa diz que não recebeu e nós no meio. Nós cumprimos nossa obrigação de trabalho”, afirmou.

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Empresas devem pagar salário em atraso até segunda-feira (23), descumprimento levará à paralisação de merendeiras e porteiros do Sertão

(Foto: ASCOM/PMP)

Merendeiras e porteiros terceirizados das cidades do Sertão Pernambucano se reuniram na tarde de quarta-feira (18) em Petrolina para uma assembleia geral que decidiria o rumo da paralisação desses funcionários. O grupo alega que três empresas contratadas pelo Governo de Pernambuco estão em débito.

Após decisão, as merendeiras e porteiros estipularam a segunda-feira (23) como prazo final para a quitação dos débitos que Premium Única e Soluções possuem com esses profissionais no Sertão. Caso não haja o pagamento, a paralisação deve ser iniciada já na terça-feira (24).

Segundo o Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios Do Sertão De Pernambuco (Siemaco), as três empresas estão devendo também vale transporte e auxílio alimentação.