Com mais de 100% de ocupação, HU Univasf prioriza atendimentos de politrauma

(Foto: Ascom)

A notícia de que o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) está superlotado – e precisou interromper o atendimento a novos pacientes – deixou a comunidade apreensiva, já que a unidade é referência na rede PEBA.

Contudo, segundo o chefe da unidade, Lúcio Diniz essa situação não é novidade. “Isso já aconteceu várias vezes, é rotineiro estar com essa super lotação, uma vez que nós somos referência para traumas em 53 cidades em Pernambuco e Bahia“, afirmou em entrevista à TV Grande Rio nesta segunda-feira (13).

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Idosa aguarda por cirurgia no HU há mais de um mês e neto faz apelo

Idosa espera por cirurgia desde outubro (Foto: Internet)

Uma espera sem fim. Essa é a rotina de dona Luzia Justina Aires de Oliveira, de 92 anos. Ela está internada no Hospital Universitário há mais de um mês, aguardando por uma cirurgia no fêmur. Porém, de acordo com seu neto, Severino Aires de Oliveira, de última hora a unidade cancela o procedimento.

O cancelamento já teria acontecido por duas ocasiões. Enquanto isso, dona Luzia, que não pode caminhar e apenas fica deitada na maca do hospital fica com sua saúde cada vez mais debilitada. Preocupado com a avó, Severino fez um apelo.

“Minha avó está no Hospital de Traumas desde o dia 13 do mês passado, a mesma já foi encaminhada para duas cirurgias no fêmur, ela está com o fêmur quebrado e de última hora cancelam. A alegação é que precisa de uma UTI e uma sala amarela, para ela estar repousando em observação”, contou ao Blog Waldiney Passos.

Com o fêmur quebrado, a idosa apenas pode ficar deitada e, de acordo com Severino, estão havendo complicações. “Ela já tá criando ferimento nas costas porque não pode se locomover, já está debilitado por conta da idade e eu só vejo o hospital dando desculpa em cima de desculpa“, afirmou.

Revoltado com a situação, ele já acionou a Ouvidoria do HU, procurou a Justiça, porém sem sucesso. Na sexta-feira (15) o Blog solicitou uma nota do hospital, para saber quando dona Luzia será submetida ao procedimento cirúrgico, mas até o encerramento dessa matéria não havíamos recebido uma resposta.

Superlotação em unidades de saúde compromete atendimentos em Juazeiro

(Foto: Ascom PMJ)

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Juazeiro (BA), os serviços  municipais de saúde de estão com os atendimentos  comprometidos devido a superlotação em que se encontra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Materno  Infantil de Juazeiro (HMIJ). O aumento no número de atendimentos  diários é  elevado, e aos finais de semana triplica, com isso as equipes dos serviços  enfrentam dificuldades para atender à  todas as demandas.

Na tentativa de evitar um colapso, a SESAU  solicita aos usuários que busquem pelos serviços em caso de urgência e emergência, caso contrário esperem até o primeiro dia útil e busquem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A solicitação também serve para os municípios que são pactuados na rede PE/BA.

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Vereador Gilberto Melo critica omissão do Dom Malan: “O hospital precisa assumir a parte dele”

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Mais uma morte registrada no Hospital Dom Malan/IMIP voltou a ligar o sinal de alerta na saúde pública de Petrolina. O vereador e presidente da Comissão de Saúde, Gilberto Melo (PR) participou do programa Super Manhã, na Rádio Jornal, afirmando que a superlotação não é justificativa para os problemas da unidade.

Hoje o HDM atende pacientes de 53 municípios e nem todos são de casos considerados de grande complexidade. Segundo Gilberto, a gestão municipal já está trabalhando para construir uma Casa de Parto, a fim de desafogar o Dom Malan.

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“A gente sabe da situação e da dificuldade enorme que o Hospital Dom Malan vem passado por causa da superlotação. A gente tem acompanhado sempre que tem acontecido esses fatos, estamos indo apurar. Quando teve a morte daquela menina Miliam, conversamos com o Prefeito para que ele pudesse fazer algo para ajudar o Dom Malan, ele participou de uma reunião e se disponibilizou a ajudar”, disse.

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Leitor registra descaso na Maternidade de Juazeiro, Prefeitura afirma que hospital está superlotado

(Foto: Reprodução)

Grávidas aguardando sentadas na recepção do Hospital Materno Infantil, em Juazeiro durante a madrugada. Essa é a realidade das pacientes que precisam ser atendidas na cidade vizinha e a situação tem provocado revolta da acompanhantes e familiares das gestantes.

Um leitor que preferiu permanecer anônimo enviou um desabafo ao nosso Blog, onde relata uma situação ocorrida nessa semana na maternidade. Ele estava acompanhando uma amiga gestante e se deparou com várias grávidas em trabalho de parto, sem poder dar a luz por falta de leito.

Descaso

“É uma covardia, sem um leito para poder ter seu filho com dignidade e respeito. Só levam a gestante para um quarto quando ela já sofreu bastante”, relembra o leitor.

Ainda segundo a denúncia, a mulher grávida que ele acompanhava entrou em trabalho de parto, porém não havia um profissional para atendê-la. “Pior ainda foi quando percebi que ela estava começando a dar a luz em um quarto sozinha, sai correndo atrás de um médico e não tinha ninguém no posto médico”, afirma.

Outro lado

Por meio de uma nota, a Secretaria de Saúde (SESAU) de Juazeiro informou que o Hospital Materno Infantil está superlotado e na última segunda-feira (2), foi solicitado a não regulação de pacientes para a maternidade. Em relação ao atendimento, a SESAU afirma que as pacientes são avaliadas pelos médicos e equipes do hospital.

A nota lembra ainda que o Hospital Materno Infantil realizou 1.350 partos nos três primeiros meses do ano e é a única unidade de baixo risco da região. Confira a seguir a íntegra da nota:

NOTA SESAU

A Secretaria Municipal da Saúde informa que o Hospital Materno infantil encontra-se superlotado, assim como os demais hospitais da região e do Brasil. Na noite da última segunda-feira, 02 a direção da unidade solicitou À Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL) a não regulação de pacientes para a maternidade municipal. Durante o plantão noturno foi fechado o plantão para regulação sem condições de receber as pacientes, mesmo assim os municípios que fazem parte da Rede PE-BA continuam enviando as gestantes para Juazeiro.

Na chegada à maternidade as pacientes são informadas sobre a superlotação e que não há leitos disponíveis para acolhê-las, mesmo assim o município realiza o atendimento e as mesmas ficam aguardando a liberação dos leitos para serem acomodadas com mais conforto. Todas as pacientes são avaliadas pelos médicos, os exames são realizados, as gestantes são assistidas pelas equipes. De janeiro a março foi realizado mais de 1.350 partos, uma média de 450 partos por mês, a maternidade de Juazeiro é a única de baixo risco na região e não existe outra unidade que possa atender essas gestantes.

Vereadores de Petrolina se reúnem com coordenação do HU para ouvir demandas urgentes

(Foto: Internet)

Desde sexta-feira (29) o Hospital Universitário de Petrolina não está mais atendendo pacientes, devido a superlotação. O caso mais grave é para pacientes os quais precisa de ventilação mecânica. Na manhã dessa segunda-feira (2), o vereador Gilberto Melo (PR) , presidente da Comissão de Saúde Municipal da Câmara de Vereadores de Petrolina se reuniu com a coordenação do HU.

“A gente sabe da demanda do Trauma que recebe pacientes de 53 municípios, se não me engano e vamos ver o que a gente pode fazer. A gente tem uma força política muito grande em Petrolina e vamos conversar com a coordenação do Traumas para ver qual é a maior dificuldade que eles têm hoje”, disse o edil durante uma participação no programa Super Manhã, da Rádio Jornal.

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Ainda segundo Gilberto, a Prefeitura de Petrolina cedeu alguns médicos para ajudar no atendimento do Hospital Universitário e que a secretária de Saúde, Magnilde Albuquerque está no Recife buscando soluções para o HU. Enquanto isso, os vereadores da Casa Plínio Amorim continuarão acompanhando a situação, tentando mediar as discussões do Hospital.

O Hospital Universitário é gerenciado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), desde 2015.

Presídio Dr. Edvaldo Gomes tem superlotação e preocupa petrolinenses

(Foto: Internet)

A penitenciária Dr. Edvaldo Gomes possui atualmente uma população com 1.400 detentos, entretanto, a capacidade do local seria para apenas 400. O levantamento foi feito pelo o repórter Marco Aurélio e foi divulgado nesta terça-feira (24) no programa Super Manhã, com Waldiney Passos, na Rádio Jornal.

Em conversa com um detento do regime semiaberto, Juarez da Silva revelou que as celas são ocupadas por 35 pessoas, quando, segundo o detento, o espaço comporta apenas 20.

“Uma cela que é para morar 20 pessoas, está morando de 30 para 35, dormindo no chão e de todo jeito. A comida não é boa, não é adequada”, afirma Juarez.

A superlotação também preocupa os moradores do bairro Jatobá, que são vizinhos da penitenciária e apelam ao governo para que medidas preventivas sejam feitas para evitar rebelião e fugas.

“A penitenciária é um barril de pólvora próximo da nossa cidade. A estrutura desse presídio é precária e fraca! Nós estamos aqui a mercê da sorte, eu moro a 1km do presídio. Eu peço ao governador do estado que venha reestruturar esse presídio ou colocar ele em uma região mais distante da cidade”, declarou o morador do bairro, João Vicente.

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Más condições das prisões facilitam crescimento de facções, dizem especialistas

(Foto: Internet/Ilustração)

Mais uma vez, a guerra de facções criminosas dentro de presídios brasileiros expôs a fragilidade do sistema penitenciário do país. Especialistas e profissionais que vivem de perto a rotina dos presídios mostram que o sistema é falho e contribui para episódios como de Manaus.

As más condições a que presos são submetidos facilitam o crescimento de facções criminosas dentro dos presídios, nos quais o Estado tem cada vez menos influência. “O que acontece é que criamos um modelo para impedir a fuga de certos indivíduos, mas você os deixa se virarem lá dentro. Então, isso facilita a vida de organizações criminosas que tomam conta da cadeia”, afirmou o doutor em ciência política e ex-secretário de Segurança Pública Guaracy Mingardi.

O Juiz titular da Vara de Execuções Penais do Amazonas, Luis Carlos Valois, disse que o Estado tem de passar a cumprir a lei sobre as condições de um presídio. De acordo com o juiz, a prisão que existe é ilegal e longe do ideal.

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Pernambuco aparece em 2º lugar no ranking superlotação em presídios

(Foto: Internet)

O estado com a maior superlotação no país é o Amazonas, com 230% acima da capacidade (o que significa que há mais de três presos por vaga) – superando Pernambuco, que agora aparece em 2º. Já o que abriga o maior percentual de provisórios (ou seja, ainda aguardando julgamento) é o Piauí (65%), segundo levantamento feito pelo G1, divulgado nesta sexta-feira (06).

A pesquisa usa dados entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro deste ano e revelou que há superlotação em todas as unidades da federação. O levantamento também mostrou que o Brasil prendeu mais gente do que as vagas criadas nas prisões.

Pernambuco, que liderava no último levantamento, aparece agora em segundo no ranking. O estado conta hoje com 10.967 vagas, mas abriga 30.030 presos – uma superlotação de 174%. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco diz que tem tomado diversas ações para reduzir a superlotação do sistema prisional, como a inauguração das unidades de Tacaimbó e Santa Cruz do Capibaribe. Há ainda a construção do Complexo de Araçoiaba em andamento, segundo o governo, que abrigará 2.754 detentos, distribuídos em sete unidades. Com previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2018, a obra desafogará o Complexo do Curado, na Região Metropolitana do Recife, e a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.

Com informações do G1

Maternidade de Petrolina deixa de funcionar e causa transtornos na maternidade de Juazeiro

(Foto: SESAU)

Durante a manhã de hoje (22), o Secretário de Saúde de Juazeiro (BA), Plínio Amorim reuniu a imprensa para falar sobre os transtornos causados na Maternidade de Juazeiro, devido ao fechamento da maternidade de Petrolina.

Segundo informações divulgadas, o impacto da superlotação da maternidade desde o último dia 16 de dezembro com o fechamento do Hospital Dom Malan para os atendimentos de baixa e média complexidade nas áreas de pediatria, já ultrapassando os 40% e a obstetrícia os 60% do atendimento na unidade.

Ainda de acordo com Plínio Amorim, existe uma preocupação do município para atender essa alta demanda inesperada. ” O hospital Dom Malan tem sido parceiro, porém a nossa maternidade não tem condições de fazer todos os atendimentos. Já existe uma demanda muito alta, pois atendemos 53 municípios”, explicou o secretário.

A ocasião, o secretário de saúde falou que já buscou ajuda ao Ministério Público para resolver o mais rápido possível essa situação.

” Recorremos com uma representação junto ao nosso jurídico no Ministério Público para que possa ser solucionada o mais rápido possível essa problemática. Esse problema é emergente, pois estamos lidando com vidas e temos o compromisso de oferecer um atendimento de qualidade ao nosso usuário”.

A diretora da unidade, Fabíola Ribeiro, apresentou um levantamento com dados dos atendimentos que chegam a ter um aumento de mais de 50%.
“Nossa média de partos era 250 por mês em 2010, agora temos 412 partos por mês, um aumento de 57% num intervalo de seis dias o que causa grande impacto para o município. Nossa preocupação é com a assistência à população, porque estamos ultrapassando nossa capacidade”, informou Fabíola.

Direitos Humanos irá inspecionar penitenciária de Caruaru

Presídio-Caruaru

A penitenciária de Caruaru, que tem capacidade para 380 pessoas, comporta 1,9 mil detentos, número cinco vezes maior que o indicado./ Foto: Folha

A Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco passará por inspeção na manhã desta quarta-feira (27). A ação, motivada após os trágicos episódios registrados na unidade, será promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o Mecanismo Estadual de Combate à Tortura e o Comitê Estadual de Direitos Humanos.

As entidades têm o objetivo de cobrar ao Governo do Estado, por meio das Secretarias de Justiça e Direitos Humanos e Executiva de Ressocialização (Seres), um cronograma de ações que promovam a melhoria das condições dos detentos, mais segurança e infraestrutura nas unidades prisionais.

Hoje, a penitenciária de Caruaru, que tem capacidade para 380 pessoas, comporta 1,9 mil detentos, número cinco vezes maior que o indicado. Situação que comprova a constatação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que o Estado possui o sistema prisional mais lotado do Brasil.

Com informações de Folha de PE