STF inclui citações a Dilma, Temer e Lula em inquérito da Lava Jato

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem (20) incluir no principal inquérito da Operação Lava Jato que tramita na Corte trechos da delação do senador Delcídio do Amaral (MS) em que a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente, Michel Temer, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados.  Na delação, também foi citado e incluído no inquérito Joel Rennó, ex-executivo da Petrobras do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Zavascki atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A medida não significa que os citados passaram a ser investigados pelo Supremo.

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Pesquisa Ipsos mostra que Temer tem 62% de reprovação

Apesar do alto índice de rejeição, o peemedebista vem conseguindo aumentar sua taxa de popularidade

Apesar do alto índice de rejeição, o peemedebista vem conseguindo aumentar sua taxa de popularidade

Pesquisa realizada pela Ipsos mostrou que 62% dos brasileiros reprovam a atuação do vice-presidente Michel Temer. Apesar do alto índice de rejeição, o peemedebista vem conseguindo aumentar sua taxa de popularidade: de fevereiro a abril, subiu 18 pontos percentuais, chegando a 24% de aprovação. E o desconhecimento em relação ao vice-presidente caiu de 33% para 14% no mesmo período.

Os dados fazem parte da pesquisa “Pulso Brasil”, que ouviu 1,2 mil pessoas entre 1º e 8 de abril, em 72 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais. De acordo com o modelo global de análise da Ipsos, o governante precisa de, ao menos, 40% de aprovação para conseguir passar leis e reformas no Congresso.

“Temer conseguiu reverter o desconhecimento em relação ao seu nome em aprovação e desvincular sua imagem da figura pública da presidente Dilma. Seu índice de desaprovação ainda é alto e se manteve praticamente estável. Era 61% em fevereiro e é 62% em abril. Mas a desaprovação em relação a qualquer político é alta entre os brasileiros”, afirma Alexandre de Saint-Léon, CEO da Ipsos no Brasil, em nota.

Quem também mostrou evolução no levantamento foi Marina Silva, ex-candidata à presidência e hoje a principal liderança da Rede Sustentabilidade. A taxa de desconhecimento da ex-senadora caiu de 21% para 8%. Além disso, a taxa de aprovação subiu de 27% para 48% em dois meses.

O material coletado também revela os altos índices de rejeição dos principais políticos brasileiros. O ex-presidente Lula lidera a lista, com 68% de reprovação. O petista é seguido por Eduardo Cunha (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB) , ambos com 65%. Na sequência, aparecem Michel Temer (62%), e os tucanos Aécio Neves (59%) e Fernando Henrique Cardoso (58%). O deputado federal Tiririca (PR) aparece com o segundo menor índice de reprovação, atrás apenas de Marina Silva, com 42%.

Do Estadão Conteúdo

 

Temer desmente vídeo lançado pelo governo

dilma e temer

A um dia da votação do impeachment, o vice-presidente Michel Temer usou uma rede social na manhã deste sábado, 16, para desmentir que irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família, caso ele assuma o governo.

A defesa do vice-presidente vem em resposta ao vídeo publicado pelo governo na internet nessa sexta-feira. No vídeo, a presidente chama o processo de impeachment de “aventura golpista”. “Os golpistas querem revogar direitos como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida”, disse a presidente na propaganda.

“Leio hoje (sábado) nos jornais as acusações de que acabarei com o Bolsa Família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos programas sociais”, escreveu em sua conta pessoal no Twitter, por volta das 7h30.

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Silvio Costa acusa Temer de conspiração

silvio costa

Sob protestos de integrantes da comissão especial do impeachment, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), que é vice-líder do governo, mostrou o áudio que o vice-presidente da República, Michel Temer, mandou a parlamentares do PMDB. A gravação foi publicada nesta tarde pelo jornal Folha de S. Paulo.

Costa chamou Temer de “o maior traidor do Brasil”. “Está dizendo que já está resolvido o voto, já está treinando o discurso de posse. Este é o homem que está tentando ser presidente”, criticou. “Quero mostrar ao Brasil o homem que está tentando, no próximo domingo, ser presidente do Brasil. É o maior conspirador, maior traidor do Brasil”, continuou.

Silvio Costa é um dos últimos lideres a discutir o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a investigação da presidente Dilma por crime de responsabilidade em virtude da abertura de créditos suplementares via decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional; e por adiar repasses para o custeio do Plano Safra, obrigando o Banco do Brasil a pagar benefícios sociais com recursos próprios – o que ficou conhecido como pedalada fiscal.

O vice-líder governista declarou que os deputados favoráveis ao impeachment serão considerados pela História como “algozes da democracia” e que agem tomados por ódio. “Essa é uma sessão que rasga a Constituição do País”, disparou. Ele reconheceu que a maioria da comissão deverá ser favorável ao prosseguimento do processo de impeachment.

Áudio vazado: Temer antecipa discurso de aprovação de impeachment

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estadão Conteúdo – Em mensagem de quase 15 minutos enviada a parlamentares do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que, “aconteça o que acontecer”, é preciso se construir um governo de “salvação nacional” e alertou que haverá “sacrifícios” para retomar o crescimento.

“Aconteça o que acontecer no futuro, é preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de União nacional. É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o País da crise”, afirmou Temer no áudio ao qual a reportagem teve acesso

Temer diz no áudio que, “sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o País da crise em que nos encontramos”.

O atual vice-presidente da República diz, como “substituto constitucional da presidente da República”, que o País terá que se submeter a sacrifícios. “Vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios, não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso País nos últimos tempos antes desta última gestão”, afirmou Temer, que também é presidente nacional licenciado do PMDB.

Michel Temer afirma no áudio que, assumindo a Presidência, manterá programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies. “Sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família, vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los”, afirmou.

Temer diz, no entanto, que o Bolsa Família será um programa de transição em seu eventual governo. “Há de ser um estágio do Estado brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade tenha atingido um tal nível que não haja necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos”, afirmou.

O vice-presidente diz também que terá a retomada dos empregos. “Para que haja emprego, é preciso que haja uma conjugação dos empregadores com os trabalhadores. Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego”, afirmou.

Ele defendeu ainda as parcerias público-privadas para que o Estado fique responsável exclusivo apenas de algumas áreas específicas. “Vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação dos setores produtivos do País”.

Temer se licencia da presidência do PMDB

michel temer

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) se licenciou hoje (5) da presidência nacional do PMDB, de acordo com informações da assessoria do partido.

No Twitter, o senador Romero Jucá anunciou que assumiu a presidência do PMDB na manhã de hoje e que fará um pronunciamento sobre o assunto às 15h30, no plenário do Senado.

Por enquanto, Jucá se limitou a dizer que a licença de Temer da presidência da legenda serve para blindá-lo da tentativa de alguns setores de trazer o vice-presidente da República “para uma briga de rua, um desgaste, um debate inócuo e muitas vezes irresponsável”. “O presidente Michel Temer não vai participar desse jogo, mas ao mesmo tempo o PMDB dará as respostas necessárias, com a clareza necessária, com a firmeza necessária a qualquer tipo de provocação”, adiantou Jucá.

O anúncio ocorre exatamente uma semana após o PMDB ter deixado a base do governo da presidenta Dilma Rousseff.

Michel Temer nega que esteja negociando cargos

dilma e temer

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), rompeu o silêncio dos últimos dias e, na primeira manifestação pública pós o rompimento do seu partido com o governo negou, por meio de nota à imprensa, que esteja negociando cargos caso assuma o mandato se houver o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Outro registro que quero fazer é que eu já estaria negociando cargos, recebendo parlamentares e partidos para fazer negociação de cargos. Sou muito procurado, mas não trato desse assunto. Não trato sequer do assunto do que possa ou não possa acontecer” disse. O relato do vice-presidente também foi divulgado em uma série com oito posts no Twitter.

Segundo Temer, no País, cada um cumpre a sua função. “Tenho salientado que nós do Executivo, Legislativo e Judiciário somos apenas exercentes do poder; o poder não é nosso, o poder é do povo. Então, registro com muita ênfase que sou muito atento à institucionalidade e, portanto, jamais haveria de influenciar outro poder”, completou.

O vice-presidente está em São Paulo desde terça-feira, quando o PMDB rompeu com Dilma e deve ficar na capital paulista nos próximos dias, segundo assessores. Hoje, Temer se reuniu com empresários em um almoço organizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA

Dirijo-me pessoalmente à imprensa brasileira para, como homem público, prestar esclarecimentos à sociedade.

Faço-o para refutar as insinuações do Senador Delcídio do Amaral em sua colaboração premiada. Disse que, em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso, indiquei o senhor João Henriques para diretor da BR Distribuidora e que lá teria havido ilicitude referente à compra de etanol. Disse mais: que muito tempo depois ,em 2007, “apadrinhei” o seu nome para a Diretoria Internacional da Petrobrás. Que rejeitado o seu nome, “chancelei” depois o nome do senhor Zelada.

Esclareço:

Em 1997, não conhecia o senhor Henriques. Só vim a conhecê-lo anos depois e, mais tarde, em 2007, membros da bancada de Minas Gerais informaram-me, como presidente do partido, que o seu nome seria apresentado pela bancada para aquela diretoria. O nome não foi aprovado. Posteriormente, indicaram o nome do senhor Jorge Zelada que foi encaminhado pela mesma bancada, e foi aprovado. Aliás, esse procedimento era rotineiro, já que muitas e muitas vezes vários nomes indicados pelas bancadas eram-me tão somente comunicados. Estes os fatos.

Note-se: não conhecia Henriques e não o poderia ter indicado. Muito menos, ter participado de suposto esquema do etanol, do qual só tomo ciência agora. Reitero que o conheci anos depois. Mantive com ele alguns poucos contatos. Repito, portanto, que jamais o apadrinhei e ele jamais solicitou esse apadrinhamento.

Não admitirei imputações irresponsáveis que atinjam a minha honra, maculem minha imagem na vida pública e profissional e minha trajetória na defesa dos princípios democráticos da Constituição Federal. Mas isto não me exime da responsabilidade de esclarecer e ao mesmo tempo revelar a minha mais veemente indignação.

 

Michel Temer

Vice-Presidente da República

Com informações JC Onine

Semana de definições para governo Dilma Rousseff

dilma e temer

A semana será de definições para o governo de Dilma Rousseff. A presidente terá pela frente uma das semanas mais difíceis desde que o processo do impeachment foi aberto na Câmara, com a possível oficialização do desembarque do PMDB do governo. O partido, presidido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, marcou para às 15h da próxima terça-feira a votação sobre a permanência no governo.

A eleição será realizada em um dos plenários da Câmara dos Deputados e pode mudar a condução dos trabalhos no Planalto e no Congresso. Auxiliares da presidente classificam a decisão do partido do vice-presidente Michel Temer como irreversível e chegam a falar que “só um milagre” faria os peemedebistas mudarem de ideia. Eles não descartam também uma debandada dos demais partidos da base aliada, como o PP e o PSD.

Para aprovar a continuidade ou o fim da aliança com o governo petista, é necessário maioria simples dos 125 membros do PMDB que têm direito a voto. O diretório regional do Rio de Janeiro, que reúne nomes como o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani – aliado do Planalto –, representa a maior bancada, com direito a 12 votos. Na última quinta-feira (24), os fluminenses sinalizaram que vão votar pelo desembarque do governo.

O primeiro diretório peemedebista a anunciar o apoio ao rompimento com o governo foi o de Santa Catarina, segundo o deputado federal Mauro Mariani (SC), que ocupa uma das cadeiras da comissão especial que analisa o impeachment da presidenta Dilma. Além dos diretórios do Rio e de Santa Catarina, peemedebistas do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Piauí, Distrito Federal, Acre, Pernambuco, Tocantins, Maranhão, Bahia e Mato Grosso do Sul defendem a ruptura com o Planalto. Outros estados ainda não se manifestaram.

Próxima quinzena pode definir rumos do governo
Não é a única batalha desta semana. Para um ministro do PT, os próximos 15 dias vão definir se Dilma continua ou não na Presidência. Com o desembarque do PMDB, a ordem é atuar no varejo para conquistar deputados. Hoje, o cálculo é que o governo não tem os 171 votos necessários para barrar o impeachment e que seria muito difícil parar processo depois que ele chegar ao Senado.

Sem interlocução com Temer, Dilma delegou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de tentar se aproximar do vice. Na semana passada, o petista não obteve sucesso na empreitada. Temer sequer atendeu aos telefonemas do ex-presidente. Uma nova tentativa deve ser feita nesta segunda-feira, mas há pouca esperança que isso altere o quadro já desenhado.

Até mesmo a nomeação de Lula para a Casa Civil já é vista, no Planalto, como algo que perdeu o sentido. Com o caso dependendo de uma posição do Supremo Tribunal Federal – o que não deve acontecer nesta semana -, a saída vai ser o ex-presidente atuar como interlocutor informal do governo, como já vem fazendo. No alvo da Lava Jato, porém, a avaliação é de que Lula já não mostra a mesma influência de outrora.

Reunião na noite de domingo
Dilma voltou a Brasília após passar o feriadão de Páscoa com a família. Neste domingo, também era aniversário da filha da presidente, Paula Araújo, mãe de seus dois netos – Gabriel, de 5 anos, e Guilherme, que nasceu em janeiro de 2016. A presidente havia chegado a Porto Alegre na quinta-feira à noite. Na manhã deste domingo, ela acordou cedo para pedalar pela zona sul da cidade, onde tem apartamento. Logo após voltar de Porto Alegre no fim da tarde a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião no Palácio da Alvorada.

Partidos preparam proposta de referendo para decidir futuro de Dilma e Temer

Dilma e Temer

Parlamentares no Senado e na Câmara dos Deputados querem levar a plenário propostas de referendo para que a população decida sobre o afastamento ou não da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer.

O modelo defendido em Brasília é o de referendo revogatório (também conhecido como “recall”), adotado em países como Alemanha, Estados Unidos (em determinados Estados), Suíça e Venezuela.

Diferente do impeachment, que exige a comprovação de crimes políticos, o “recall” prevê que presidentes e parlamentares possam ser afastados em caso de ineficiência ou desaprovação popular, se a maioria da população assim decidir.

Na última sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) defendendo a pauta. Segundo o senador, o pedido deve ser protocolado “até quinta-feira”, para em seguida entrar em discussão na Casa.

“A melhor alternativa para esta crise é levar para a soberania popular resolvê-la”, disse Randolfe à BBC Brasil. “O governo padece de uma crise de legitimidade. O impeachment não resolve o problema, porque (Michel) Temer já foi citado algumas vezes na Lava Jato (na delação do senador Delcídio do Amaral).”

Outras duas PECs defendendo o recall, segundo a BBC Brasil apurou, tramitam no Senado. Já na Câmara dos Deputados, a proposta é articulada pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

“Não há legitimidade neste Congresso para a discussão do impeachment”, disse Alencar à reportagem. “Os termos que mais se ouvem aqui na Câmara são impopularidade e inépcia – não crime de responsabilidade, como diz a Constituição. Como o impeachment está sendo usado para disputa política, a ideia de devolver (a decisão) ao povo é boa e democrática.”

Segundo o deputado, o “ideal” é que a mudança na Constituição seja levada a discussão na Câmara antes do parecer da comissão especial que neste momento discute o impeachment da presidente.

Lula e Temer podem entrar no inquérito que apura formação de quadrilha por políticos que supostamente atuaram no esquema de corrupção na Petrobrás

michel-temer_lulaA Procuradoria-Geral da República deve pedir pedir a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer no inquérito que apura formação de quadrilha por políticos que supostamente atuaram no esquema de corrupção na Petrobrás, segundo fontes ligadas à investigação. A investigação corre no Supremo Tribunal Federal desde março do ano passado e apura cerca de 40 pessoas, entre elas parlamentares e lideranças do PMDB, PT e PP.

Investigadores avaliam a possibilidade de que as menções feitas pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) em delação premiada sejam também incluídas na investigação que corre no Supremo e tenta mostrar o sistema organizado de políticos no recebimento de propina e benefícios oriundos de contratos da Petrobrás.

A delação de Delcídio, homologada nessa segunda-feira, 14, pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte, reforça a apuração sobre o PMDB e sobre o PT no inquérito, o que pode gerar a inclusão de Temer e Lula no rol de investigados.

Grupo de Temer revê estratégia para apoiar impeachment

"Eu acho que quem tem que bater o martelo é a presidente. A conversa é em torno de cinco", disse o vice-presidente eleito Michel Temer, do PMDB, sobre a partilha ministerial do governo Dilma Rousseff. 11/10/10 REUTERS/Ueslei Marcelino

Impulsionada pela prisão do ex-marqueteiro do PT João Santana, a retomada das discussões do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo PMDB vai se dar com uma nova estratégia. O grupo do vice-presidente Michel Temer avalia como vital um entendimento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além disso, acredita que é preciso atuar de forma discreta – quase silenciosa – ao contrário do que ocorreu no semestre passado.

Para um interlocutor do grupo de Temer, “ninguém quer queimar largada de novo”. A avaliação é que o maior de todos os erros foi apostar todas as fichas no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar do poder do cargo, a imagem que se consolidou é a de que ele usou o pedido de impeachment para desviar a atenção dos processos que ele enfrenta no Conselho de Ética e no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da Operação Lava Jato.

O primeiro passo de reaproximação de Temer e Renan foi dado na quinta-feira, quando os dois almoçaram no Palácio do Jaburu. Segundo aliados de ambos, a conversa teve como principal pauta a formação da chapa única que será apresentada na Convenção do PMDB. Na oportunidade, Temer deve ser reconduzido como presidente da sigla – ele está no posto desde 2001. Desta vez, porém, terá de abrir mais espaço para o PMDB do Senado.

Para um senador que é próximo tanto de Renan quanto de Temer, antes de qualquer ação em torno do impeachment, é preciso garantir o máximo de unidade possível dentro do partido. Segundo ele, houve uma precipitação de Temer no semestre passado. “Ele não vai cometer os mesmos erros agora”, concluiu.

Em novembro do ano passado, houve estardalhaço no lançamento de um conjunto de propostas econômicas do chamado “Plano Temer”. O documento foi elaborado pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que chegou na oportunidade a usar hastag #impeachment ao tratar do assunto nas redes sociais. Neste ano, Moreira já adotou um tom mais moderado.

“O impeachment não é obra de uma pessoa de um partido e tampouco do Congresso Nacional. O impeachment é consequência de um ambiente na sociedade de repulsa majoritária consolidada a uma situação posta dentro das regras a Constituição”, disse Moreira em entrevista ao Estado na semana passada.

 

Temer diz que “agora é o tempo do PMDB” e defende candidatura própria em 2018

Dilma e Temer

O vice-presidente Michel Temer disse na sexta (19), em Rio Branco, que “agora é o tempo” do PMDB e que a legenda terá um candidato próprio à presidência da República em 2018.

Temer participou, na capital acriana, de encontro com peemedebistas e empresários locais. Ele tem feito viagens pelo país em busca de apoio para ser reconduzido à presidência nacional do PMDB e defendido a unidade do partido para as eleições municipais deste ano.

Segundo Temer, é preciso “despertar” o partido. Ao se dirigir a um dos participantes do evento, o vice-presidente voltou a dizer que a legenda terá candidato próprio ao Palácio do Planalto em 2018. “Você vai votar num candidato do PMDB à Presidência da República. Não tenho a menor dúvida disso. Tudo tem seu tempo certo. Agora é o tempo do PMDB, não tenho a menor dúvida disso.”

No evento, Temer também destacou a trajetória do PMDB, que este ano completa 50 anos. “Um partido que conseguiu redemocratizar país, que conseguiu dar governabilidade para os grandes temas nacionais, agora não quer apenas ser apoiador da governabilidade, mas quer ser governo, aqui no município e no Brasil”, acrescentou.

Senado aprova pedido para TCU investigar decretos de Michel Temer

O plenário do Senado aprovou ontem (17) requerimento em que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pede ao Tribunal de Contas da União uma auditoria nos decretos assinados pela presidenta Dilma Rousseff e pelo vice-presidente Michel Temer. Não há prazo para a auditoria.

O requerimento tinha sido lido na sessão de quarta-feira (16), mas não chegou a ser votado. Hoje, ele foi aprovado em votação simbólica. No pedido, o senador requer ao TCU a verificação da compatibilidade ou não dos decretos não numerados editados pela Presidência da República, que abrem crédito suplementar ao Orçamento Fiscal da União em 2015, com as leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal.

O autor do requerimento lembrou que o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi apresentado à Câmara dos Deputados com base em decretos como esses. Álvaro Dias acrescentou que, “em 2015, foram publicados até o momento 17 decretos não numerados abrindo créditos suplementares. Desses, quatro foram assinados pelo vice-presidente Michel Temer nos dias 26 de maio e 07 de julho do corrente ano.”

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) negou que o objetivo do documento tenha sido atingir o vice-presidente. “Há uma prática na Casa de que todos [os requerimentos desse tipo ao TCU] são aprovados.” Segundo Renan, se ele tivesse citado diretamente o nome de Michel Temer ao chamar a votação do requerimento, “as pessoas pensariam que estaria personalizando o problema”.

Deputado Tiririca envia carta aberta ao povo brasileiro sem palhaçadas

Tiririca e temer

Tiririca e Temer

Nessa semana o deputado federal Francisco Everardo (Tiririca) que nas horas vagas é humorista escreveu linhas com críticas sobre o que pensa dos debates em torno do impedimento da presidente da república Dilma Rousseff e as brincadeiras nas redes sociais que colocavam o palhaço como novo presidente do Brasil.

Confira a baixo a carta na íntegra.

Brasília, 08 de dezembro de 2015.

Na última semana nas redes sociais apareci em muitas postagens que apontavam meu nome como possível substituto da presidenta Dilma em caso de impedimento. Sim, eu escrevo impedimento porque eu sou brasileiro e não sou obrigado a escrever em inglês.

Em primeiro lugar quero dizer que não me orgulho de ser o único ficha limpa na linha sucessória. Não me orgulho de ser ficha limpa. Ser honesto não é nenhuma vantagem. Ser honesto é obrigação de todos. É o mínimo que alguém precisa para exercer qualquer cargo público. Não envergonharia a memória de minha mãe nem trairia a admiração dos meus filhos por causa de dinheiro ou poder.

Em segundo lugar digo aos brasileiros, e em especial aos meus eleitores que se por acaso acontecer o impedimento eu não fugirei a esta responsabilidade que a situação política pode trazer. Assumirei com tristeza este cargo que nunca imaginei que um dia viesse ocupar. Penso que o voto que deve levar as pessoas aos cargos políticos, não estes atalhos que existem em nosso sistema político. Se for a vontade de Deus eu estar ali, eu estarei. Pedirei ao nosso Senhor a orientação para fazer dos próximos três anos um período de paz e esperança para todos os brasileiros.

Em terceiro lugar quero dizer algo muito especial aos adversários e preconceituosos que disseram que minha pequena escolaridade não me habilitaria a ser um representante do povo; Os humilhados serão exaltados.

Fiquem com Deus. Mantenham-se em oração para que o melhor aconteça para nosso Brasil. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Enquanto os homens brigam pelo poder, a gente luta pela esperança no Brasil melhor para todos.

Francisco Everardo Oliveira Silva
Deputado Federal

Dilma e Temer decidem manter uma relação proveitosa

A presidenta da República, Dilma Rousseff, ontem à noite (09), por meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, que ela e o vice-presidente Michel Temer decidiram ter  “uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente”.

“Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do país”.

Um pouco antes, ao sair da reunião, o vice-presidente disse aos jornalistas que na conversa com Dilma ficou acertado que os dois terão “uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível”.

“Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível”, afirmou Temer.

Dilma e Temer se reuniram no começo da noite, no Palácio do Planalto. Desde a semana passada, os dois não se encontravam pessoalmente. Na segunda-feira (7), Temer enviou carta à presidenta em que aponta “fatos reveladores” da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB.

No documento, entregue no fim da tarde no Palácio do Planalto,  o vice “rememorou fatos ocorridos nesses últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país”.

De acordo com a assessoria de imprensa da Vice-Presidência, a decisão de Temer de escrever a carta foi tomada após a presidenta informar, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã de segunda-feira, que procuraria o vice para conversar.

O encontro desta noite com Michel Temer ficou definido após o chefe da Casa Civil, Jaques Vagner, a pedido de Dilma, ter ligado para o vice-presidente marcando a reunião, que ocorreu após a presidenta voiltar de Roraima, onde cumpriu uma agenda de entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

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