UPAE/IMIP faz alerta sobre cuidados com a visão no Dia Mundial da Diabetes

(Foto: Ilustração/Internet)

No Dia Mundial do Diabetes, comemorado neste 14 de novembro, o oftalmologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), Guilherme Moura, chama atenção sobre uma doença que pode levar diabéticos à cegueira: a retinopatia diabética.

A perda da visão é uma das condições mais sérias provocadas pela doença e a retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre a população economicamente ativa. A condição pode aparecer e aumentar com o tempo e a probabilidade de incidência após 20 anos convivendo com o diabetes é de 100% para o tipo 1 e de 60% para a tipo 2.

O comprometimento da visão por causa do diabetes também pode ser agravado quando o paciente já sofre de outras doenças, como colesterol alto ou hipertensão arterial. Os primeiros sinais de retinopatia diabética são: visão embaçada, manchas, pontos negros ou linhas na visão e dificuldade para identificar cores.

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Células-tronco podem ser usadas para curar cegueira

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Cientistas usaram células-tronco para curar cegueira em coelhos – o que pode ser uma excelente notícia para pessoas com deficiência visual.

Usando células-tronco humanas, pesquisadores da Universidade de Osaka e da Universidade de Cardiff criaram um tecido vivo que pode consertar lentes, retinas e córneas danificadas, restaurando o poder da visão. A descoberta foi publicada na Nature.

Mark Daniell, chefe de pesquisa da córnea no Centre for Eye Research Australia, em Melbourne (que não estava envolvido no projeto), se mostrou bastante entusiasmado com o estudo, falando que parece coisa de ficção científica.

Eis o que fizeram os cientistas: células-tronco humanas foram usadas para criar um disco em um laboratório que gerou diversos tipos diferentes de células dos olhos, incluindo as encontradas em córneas, lentes e retinas. A equipe conseguiu transplantar essas células com sucesso para coelhos com problemas na córnea, devolvendo a eles o poder da visão.

A Nature destaca que esse desenvolvimento pega carona em um outro estudo, no qual cientistas dos EUA e China trataram 12 bebês humanos (além de macacos e coelhos) que sofriam de catarata. Esse artigo descreve pacientes com catarata, que tiveram as lentes removidas em cirurgia, mas usaram as próprias células-tronco para automaticamente regenerar novas lentes, restaurando a visão. A equipe suspeitou que isso aconteceria, já que lentes artificiais frequentemente se tornam embaçadas para pacientes com catarata conforme as novas células dos olhos regeneram elas. Esse processo é menos invasivo do que cirurgia tradicional e também que a substituição das lentes artificiais, já que exige uma incisão menor.

O novo estudo de Osaka e Cardiff também prova que as células-tronco podem ser usadas para criar qualquer tipo de célula dos olhos, não apenas células de lentes.

Esse tipo de tecnologia não estará disponível para pacientes humanos adultos logo. Quando estiver, ainda será extremamente caro, custando dezenas de milhares de dólares. Mas esses dois estudos são ótimos exemplos do poder das células-tronco – poder o suficiente para permitir que um cego volte a ver.