Terceirizados da Univasf de Petrolina cobram pagamento de salário; Univasf afirma que corte do MEC impede “pagamento de despesas nos respectivos prazos”

Univasf teria débito com empresa, que atrasa pagamento de salários (Foto: Divulgação)

Servidores terceirizados que atuam na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) de Petrolina procuraram o Blog para denunciar atraso no pagamento dos salários. A categoria é representada pela Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Condomínios do Sertão Pernambucano (Siemaco) e de acordo com o presidente do Siemaco, o problema tem sido constante em 2019.

“Está atrasado o mês de agosto, nós já fizemos mediação no Ministério do Trabalho e em contato recente com a empresa, existia uma promessa de pagamento na sexta-feira passada e não pagaram. Ontem, prometeram pagar e hoje tive a confirmação que pagaram”, explicou João Soares.

De acordo com Soares, a Soll não cumpre sua parte em dias porque a Univasf estaria em débito com a empresa. “Segundo eles, estão com faturas em aberto na universidade que seriam quatro e não têm capital. Eles estão com a repactuação em atraso, que é o reajuste das tarifas deles“, disse o presidente do Siemaco.

A universidade teria constatado o débito, provocado pelo corte anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) anunciado no primeiro semestre. Como consequência, a Soll precisou reduzir o número de funcionários, sobrecarregando os que ficaram. E a situação não deve melhorar para os terceirizados.

“Eles pagam com atraso. Resolvemos esse mês e já vamos nos preparar para o mês seguinte. Em julho, vieram pagar quase 8 de agosto. Esses atrasos são constantes, não temos a segurança de que resolvemos”, ressaltou Soares.

Outro lado

De acordo com a Soll, a Univasf tem débitos não apenas referentes a esse ano. “Existem valores pendentes de pagamento relativos a 2019 e também de anos anteriores. Estamos fazendo empréstimos bancários para pagar os funcionários“, informou a empresa.

Em nota, a Univasf alega que o “bloqueio orçamentário” anunciado pelo MEC tem interferido no funcionamento da instituição e depende da liberação de recursos federais para cumprir com seus compromissos. “O Governo Federal tem sinalizado desbloqueio de parte dos recursos contingenciados, a partir deste mês de setembro, mas ainda sem a devida efetivação. E mesmo diante desta perspectiva, a Univasf entrou novamente em contato com o Ministério da Educação (MEC) e, mais uma vez, por meio de ofício, reportou ao ministro Abraham Weintraub estas e outras demandas urgentes que precisam ser solucionadas”, diz a nota.

A liberação de R$ 5.742.069,16, solicitada pela instituição seria destinada “ao pagamento de despesas acumuladas no período de maio a agosto de 2019”, continua a nota. Por fim, a Univasf lembra que “o bloqueio orçamentário, há mais de quatro meses, alcança R$ 11,2 milhões da verba de custeio da Univasf, o que impede o cumprimento de pagamento de despesas nos respectivos prazos”.

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