Vereadores aprovam Moção de Solidariedade a Gilmar Santos, mas Elias Jardim se abstém

Vereadores se solidarizaram com vereador Gilmar (Foto: Jean Brito/Ascom CMP)

Como era de se esperar, a Câmara de Vereadores de Petrolina deu destaque à ocorrência do último domingo (24), quando o edil Gilmar Santos (PT) foi algemado e levado para a delegacia. Membros da bancada da Oposição e Situação se uniram para apoiar o colega, pela forma que ele foi tratado.

Companheira de partido, Cristina Costa apresentou uma Moção de Solidariedade a Gilmar e a Companhia Biruta. Na justificativa, Costa alegou que a ação do 2º Batalhão Integrado Especializado (BIEsp) foi “desnecessária, gratuita e repugnante ação”. Maria Elena de Alencar (PRTB) lembrou que o vereador é uma autoridade que sabe dialogar com todos os poderes, mas foi vítima do abuso da Polícia Militar de Pernambuco.

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Alvoerlande Cruz (PSL) cobrou uma investigação da PM sobre a ação dos policiais da ROCAM. Seu irmão, o líder do Governo na Câmara, Aero Cruz (PSB) foi categórico: a solidariedade a Gilmar não diz se a polícia está certa ou errado.

Ação chamou a atenção de pessoas que estavam no evento (Foto: ASCOM/Vereador Gilmar Santos)

“A gente quer ser solidário com o vereador, ele com certeza não gostaria de estar passando pelo que passou. Nós não estamos dizendo que o BIEsp está certo ou errado, mas não podemos nos furtar de nossas obrigações”, destacou Aero.

Outro membro da Situação, Zenildo Nunes (PSB) cobrou apoio dos colegas e lembrou que Gilmar, apesar de opositor, merece respeito. “Gilmar é um companheiro, a gente discute no campo das ideias e nunca no pessoal“, afirmou.

Um dos principais opositores ao PT, Osinaldo Souza (PTB) também apoio Gilmar.”Até onde eu sei o vereador tentou apaziguar essa ação. Voto com o vereador e vou até pedir o comandante que apoie a ação. Não admito que essas agressões aconteçam“, disse.

Zé Batista da Gama (PSB) fez o discurso mais acalorado e deixou claro, na PM existe sim banda podre. “Respeito e defendo a polícia, mas o lado bom que tem lá. Mas lá dentro tem mau caráter, não existe ação sem reação. Se ele  [PM] foi agredido, ele agrediu alguém. Não tenho medo, não tenho rabo preso e pode acontecer isso com qualquer vereador, o mais radical possível. É uma autoridade, ele está lá para defender a população. Ele fez o que eu faria”, alegou.

Elias Jardim na contramão

O apoio a Gilmar não foi unânime. Elias Jardim (PHS) foi na contramão dos companheiros de Casa Plínio Amorim e apresentou uma Moção de Solidariedade ao 2º BIEsp. “Eles estavam em serviço e foi impedido de fazer o seu trabalho por um grupo. Quero ser solidário à polícia, por conta de ter sido impedido de fazer seu trabalho“, pontuou.

Membro da bancada evangélica ao lado de Elias, Ruy Wanderley (PSC) cutucou o colega pela falta de tom em apresentar a Moção quando a maioria debate apoio ao companheiro vereador.A Moção de Cristina foi aprovada por 16 votos a 1, sendo Elias o único contrário. Sua Moção de apoio ao 2º BIEsp, por outro lado, foi derrubada.

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