Vereadores de oposição e situação se unem em cobrança para melhorias no Cemitério João de Deus

Familiares das irmãs precisaram improvisar sepultura para caber dois caixões (Foto: Wanderley Alves/Petrolina em Destaque)

Tema central na sessão de hoje (27), a situação do Cemitério Público do bairro João de Deus foi abordado por vários edis, tanto da situação quanto da oposição. O discurso era o mesmo: a necessidade de melhorias no local, demandas antigas, segundo dos edis que conversaram com a nossa equipe durante a manhã na Câmara de Vereadores de Petrolina.

A falta de estrutura do cemitério voltou aos holofotes, pois foi lá que as duas irmãs Maria Adriana e Maria Aparecida no acidente foram sepultadas. Membro da base governista, Rodrigo Araújo (PSC) já havia apresentado uma Indicação à Prefeitura de Petrolina no ano passado, assim que iniciou seu mandato na Câmara de Vereadores e lembrou que hoje a situação é calamitosa: “As famílias não têm mais onde [enterrar]”, relatou.

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Questionado sobre a demora do município em realizar as melhorias, Rodrigo disse ter sido avisado pelo Executivo da existência de um projeto no local. “A informação que a gente tem é que estava analisando, mas que iriam ser feitas essas mudanças. Até agora estamos esperando, nada foi feito e quem sai prejudicado é a população. Às vezes você tem um parente que já está enterrado há muito tempo, você pode colocar seu ente querido junto. Mas quando acontece como essas meninas que morreram, ser enterrada uma em cima da outra? Isso é muito doloroso”, criticou.

Moção de Pesar

Autora do Requerimento nº 250/2018, Cristina Costa (PT) conversou com os familiares das irmãs e viu de perto a falta de estrutura do local. Ela também já havia cobrado melhorias no cemitério, porém sem respostas e engrossou seu discurso contra a Prefeitura.

“Além da dor da perda da forma trágica como foram, vem também o sentimento de toda mãe querer enterrar suas filhas [e encontra essa situação]. Mais uma vez o Cemitério do João de Deus carece de urgência urgentíssima para que a Prefeitura possa fazer sua ampliação. A gente não está denunciando, a gente está pedindo ao prefeito para que priorize e agilize a reformulação e ampliação do cemitério”, afirmou.

Segundo a edil, os dois caixões foram enterrados juntos, ultrapassando os sete palmos. A família das irmãs precisou fazer um cercadinho de tijolos evitando que os caixões passassem da linha limite, podendo jogar terra para cobrir a sepultura.

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