SDS de Pernambuco pode ter novo comando

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O crescimento desenfreado dos casos de violência e a falta de alternativas para diminuir a insegurança virou a principal dor de cabeça da gestão Paulo Câmara. Nos bastidores do Palácio do Campo das Princesas já são dadas como certas novas mudanças no comando da pasta da segurança pública. Em novembro passado, o comandante e subcomandante da Polícia Militar foram exonerados do cargo – com apenas dez meses de trabalho. Praticamente todos os comandantes dos batalhões foram trocados, mas as mudanças não surtiram o efeito esperado. Desta vez, a troca pode atingir o maior cargo da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Câmara já estaria sondando alguns nomes desde fevereiro. Um deles teria sido o promotor de Justiça Paulo Augusto Oliveira, reconhecido pelo trabalho de combate à violência. No entanto, à época, a informação sobre a substituição do secretário Alessandro Carvalho foi negada. O corregedor geral da SDS, Servilho Paiva, que já foi secretário no início da gestão de Eduardo Campos, também teria sido sondado. Porém, o nome teria sido descartado porque o profissional não apresenta boa relação com a Polícia Militar.

Os recentes episódios de violência, como o da turista agredida ao desembarcar do navio no Porto do Recife e os tumultos recorrentes no Recife Antigo e no Parque Dona Lindu, reforçaram a necessidade de mudanças e novos planejamentos. Uma reunião às pressas foi convocada pelo governador no dia seguinte, antecipando o tradicional encontro que acontece semanalmente para discutir os números do Pacto pela Vida. Descontente com os resultados negativos, Paulo Câmara voltou a discutir novos nomes para a eventual substituição no comando da SDS. Desta vez, o Governo do Estado estaria em busca de outro profissional da Polícia Federal para dar novo gás e trazer novas ideias para oxigenar o Pacto pela Vida.

Vale lembrar que Alessandro Carvalho e o seu antecessor, Wilson Damázio, também são delegados da Polícia Federal. Este último, inclusive, ainda é considerado como uma grande perda da SDS, já que mantinha pulso firme, fazia duras cobranças, mas conseguia ser um bom articulador e manter uma boa relação com seus subordinados. Foi nos anos em que esteve à frente da SDS que o Pacto pela Vida apresentou reduções históricas na violência e serviu de modelo para todo o País. Para quem não lembra, Damázio deixou a SDS em dezembro de 2014, após fazer declarações consideradas preconceituosas em entrevista ao Jornal do Commercio.

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