A Barbie virou mulher

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Esqueça Marilyn Monroe, Audrey Hepburn e Angelina Jolie. O corpo feminino mais analisado, comparado e envolto em polêmicas em todo o mundo tem sido o da Barbie, desde que a boneca fabricada pela empresa americana Mattel foi lançada em 1959. A forma longilínea, o busto grande, a pele clara, o cabelo bem loiro e a cintura impossivelmente fina serviu como símbolo a ser combatido de uma imposição de figura às mulheres, seja por grupos feministas, contra o preconceito racial, de combate à bulimia e por críticos da cultura de massa.

Bastou, no entanto, uma queda de vendas de 20%, entre 2012 e 2014, para a Mattel promover a maior renovação da linha de produtos de sua boneca, que tem três unidades vendidas a cada segundo no mundo. Na quinta-feira 28, a empresa apresentou uma série de modelos, com medidas, cores de pele e cabelos dos mais diferentes. A maior inovação foi a introdução das Barbies em três formas, batizadas de petite, tall (alta) e curvy (curvilínea). A empresa passou meses apenas para definir os nomes dos tamanhos em diversas línguas, de forma que não causassem ofensas. A tendência tem mudado o mercado de brinquedo.

Na quinta-feira 28, a dinamarquesa Lego apresentou o seu primeiro boneco cadeirante. Se modelos Barbie com cores de peles diferentes já tinham sido lançados pela Mattel nas últimas décadas, agora, além disso, há 24 novos estilos de cabelo, que incluem o enrolado, o ruivo e até o azul. Tudo para não perder um negócio que garante à Mattel vendas anuais de US$ 1 bilhão em 150 países. Em comunicado, a empresa informou que o objetivo é oferecer às crianças “um leque de escolhas que reflete melhor o mundo atual visto por elas”. Na população americana, o tamanho médio da vestimenta das mulheres aumentou do número oito, em 1985, para o 14, atualmente.

Com isso, o mercado plus size de roupas femininas atingiu US$ 17 bilhões de vendas anuais. Dessa forma, a Mattel precisa convencer as mães atuais a considerarem a Barbie um brinquedo adequado para as suas filhas. É um público cada vez mais difícil de conquistar, em especial, as mães da geração milênio, que têm entre seus modelos de feminilidade mulheres mais cheinhas, como Christina Hendricks, Beyoncé e Lena Dunham. “A mãe milênio ainda é parte pequena da nossa base de consumo”, disse à imprensa americana a executiva Evelyn Mazzocco, responsável pela marca Barbie. “Mas reconhecemos que ela é o futuro.”

Fonte: IstoÉ Dinheiro

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