Adolfo Viana alerta o governo da Bahia quanto à precarização do Hospital Regional de Juazeiro

“Não podemos aceitar que um hospital que atende 53 municípios, que é referência em diversas especialidades chegue a esse ponto”, analisa deputado Adolfo Viana

O deputado estadual Adolfo Viana (PSDB) faz um alerta ao Governo da Bahia para que se sensibilize com a situação do Hospital Regional de Juazeiro que, de acordo com funcionários, vem definhando a cada dia. A Unidade começou na última quarta-feira (26) uma paralisação por tempo indeterminado em decorrência da falta de pagamento dos salários, equipamentos, e medicamentos. Segundo o Sindicato dos Médicos, o repasse de 3 milhões e 600 está em atraso há três meses.

Como havia prometido, Adolfo Viana continua vigilante com a administradora do hospital, a Associação de Proteção à Maternidade e Infância Castro Alves (APMI-CA), pois esse foi um compromisso firmado pelo parlamentar, desde quando a empresa ganhou a licitação. “A população do Vale do São Francisco tem que ser tratada com respeito. Não podemos aceitar que um hospital que atende 53 municípios, que é referência em diversas especialidades chegue a esse ponto”, analisa Viana.

De acordo com a representante da Delegacia do Conselho Regional de Medicina de Juazeiro, Jamille Freire, falta na unidade hospitalar condições mínimas para atendimento digno à população. “O Conselho Regional de Medicina tem como foco fiscalizar e lutar por melhores condições de trabalho como forma de garantir o exercício mais ético e mais humano da medicina. E isso infelizmente não tem sido assegurado, dado a ausência de repasses. É notória a angústia e aflição dos médicos do Hospital Regional de Juazeiro, cuja luta não se restringe somente às questões salariais, mas por condições de trabalho que garantam um atendimento digno à população. Esse é um momento de unir forças, e os médicos clamam pelo apoio da população e de todas as entidades nessa luta”, destacou.

Em nota, o sindicato dos Médicos informou que durante a paralisação manterá o atendimento apenas para os casos de urgência, emergência e no serviço de oncologia, que por conta da precarização do hospital teve que limitar o atendimento para 120 pacientes. Os problemas relatados pelo Sindicato não param por aí, a unidade não dispõe de tomógrafo há dois anos e cinco leitos de UTI foram desativados por falta de respirador e monitor.

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