Anvisa autoriza retomada de estudos da vacina Coronavac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (11), a retomada dos estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus. A agência tinha suspendido os estudos por causa de um “evento adverso grave” na segunda-feira (9) e, ontem (10), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado que a Anvisa prestasse informações em 48 horas.
A Anvisa afirmou que tomou a decisão de suspender os estudos considerando a gravidade do evento e a precariedade dos dados enviados pelo patrocinador, o Instituto Butantan, naquele momento, além da necessidade de proteção dos voluntários da pesquisa e a ausência de parecer do Comitê Independente de Monitoramento de Segurança.

Segundo a agência, após avaliar os novos dados apresentados pelo Instituto Butantan depois da suspensão do estudo, a Anvisa entendeu que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação. A agência afirmou, ainda, que segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o evento inesperado e a vacina.

Nesta quarta, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, admitiu que o processo de produção de vacinas contra o coronavírus foi politizado no país e que isso “não é bom”. Em conversa com jornalistas no Planalto, o vice não quis entrar em detalhes sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro na disputa com outros políticos.

Ontem, Bolsonaro disse que saía vitorioso diante da interrupção dos testes com a Coronavac, que é desenvolvida em parceria com o governo de São Paulo.

“Isso [interrupção dos testes] é uma coisa normal num processo de você descobrir uma forma de tratar uma doença. O que não pode é politizar, infelizmente você sabe bem que esta questão está toda politizada, é do lado A, do lado B, isso não é bom”, opinou Mourão.

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