Artigo: “Amor de WhatsApp”

(Foto: Ilustração)

Se “consideramos justa toda forma de amor”, conforme nos ensina a bela canção de Lulu Santos, as inúmeras mensagens de amizade, afeição e carinho, trocadas diariamente pelas pessoas, através do aplicativo watsapp, e outras formas de comunicação à distância na rede social, devem ser vistas como importantes manifestações da fraternidade humana, em um mundo tão desesperadamente necessitado de amor.

Assim, realmente, em muitos casos essas mensagens são emitidas por pessoas cheias de vontade de amar e de expressar sua crença no espírito humano, contribuindo com sua energia positiva para a evolução da humanidade, “pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus, 12:34).

Entretanto, em muitas outras situações, o “amor de whatsapp” contraria as ações cotidianas de muitos autores dessas mensagens, vez que estes praticam na presença de seus familiares, amigos e colegas, a intolerância e o desrespeito, antíteses do verdadeiro amor, comportando-se como o homem mau, consoante nos adverte o mesmo Mateus, 12:34: “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? “

Estejamos, portanto, atentos a amar também aqueles com os quais convivemos de perto, próximos e, por isto mesmo, as vezes mais difíceis de serem amados, porque têm seus inúmeros defeitos revelados por essa convivência, desnudados por essa proximidade, que não permite maquiagem ou disfarce de nossas grandes imperfeições.

Ocorre que isto não é privilégio dos outros, afinal, se como todos nós pensamos equivocadamente, como já nos advertia o ateu Sartre, “de que o inferno são outros”, lembremo-nos que na verdade “não devemos julgar, para não sermos julgados e com a medida que julgarmos seremos julgados.” (Mateus, 7:1-2).

Profª Drª Rita Cristiane Ramacciotti Gumão Soares – FTC

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