Boa aceitação de Marília Arraes gera incertezas no PT sobre aliança com PSB

(Foto: Internet)

A escolha do PT de aliar-se ao PSB ou de seguir uma candidatura própria em Pernambuco somente será conhecida em julho, mas o partido corre contra o tempo para decidir qual é o melhor caminho. Isso porque a figura da pré-candidata ao Governo do Estado, Marília Arraes levantou seguidores do interior à capital.

Isso gerou uma divisão interna entre os petitas, tendo em vista que ela é hoje o único nome viável no partido para derrubar o governo de Paulo Câmara (PSB). Nas pesquisas ela venceria tanto o atual governador quanto o pré-candidato da direita, Armando Monteiro Neto (PTB), já oficializado pelo grupo da oposição.

Na visão de cientistas políticos, se o PT realmente anseia por recuperar o protagonismo político precisa correr contra o tempo e oficializar Marília Arraes. “Ela não é uma candidata com imagem ruim. Tem uma imagem leve, tem os requisitos que as pessoas procuram ultimamente nesse desejo de renovação. Não associam o nome dela com corrupção, apesar de ela estar no PT, que tem uma imagem desgastada nesse sentido”, avalia a Priscila Lapa.

PT Nacional

Entretanto, o cenário nacional deve pesar contra a caminhada do PT no estado. Isso porque o diretório nacional já autorizou a formação de alianças em outros estados, a fim de fortalecer PT e PSB na disputa por Governo do Estado e Presidência da República.

O cientista político Leon Victor de Queiroz afirma que a decisão do PT nacional deve pesar em Pernambuco. “Nesse caso, não adianta a força dela, o quanto ela tá mobilizando e se tá bem colocada. O diretório nacional está pensando em fortalecer a bancada. Pensando logicamente, é a nacional que deve decidir a estratégia, porque unifica o programa do partido. Decidir nos estados é uma lógica inversa, que não é bom nacionalmente, não ajuda o partido”, destaca.

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