Caso Beatriz: pais alertam que inocente pode ser apontado pela polícia como autor do crime

O caso vai fazer cinco anos sem solução. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais da menina Beatriz Mota, assassinada nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina (PE), no dia 10 de dezembro de 2015, durante uma festa de formatura, voltaram a criticar o trabalho da polícia civil de Pernambuco.

Em entrevista ao Portal Preto no Branco, de Juazeiro (BA), eles revelaram que obtiveram informações de que a polícia está prestes a apresentar uma pessoa inocente como autor do crime que vitimou sua filha. O que segundo eles, causaria um outro crime e deixariam no anonimato os verdadeiros criminosos.

“Estamos indignados com a forma que a Polícia Civil de Pernambuco está conduzindo o inquérito do Caso Beatriz. Além da omissão em responsabilizar os culpados e auto sabotagem nas perícias, vemos uma superproteção ao colégio Auxiliadora. Estamos acompanhando de forma paralela a movimentação dos novos delegados, quando estão em Petrolina, e percebemos que eles estão a ponto de cometer um outro crime: culpar um inocente”, revelou Lucinha.

Lucinha Mota chega a revelar o nome da pessoa que seria apresentada como o homem que matou sua filha. Segundo a mãe de Beatriz, a família tem informações de que “testemunhas estão sendo induzidas a apontar um suposto autor, conhecido como Rogério,”

“Rogério é flanelinha e bastante conhecido por moradores e comerciantes da área central da cidade. Lembrando que Rogério foi investigado nos primeiros dias após o crime e também descartado pela própria polícia na época”, disse.

Sandro Romilton, pai de Beatriz, também falou sobre o assunto. Segundo ele, “mesmo que a polícia apresente provas, como um DNA, temos razões para acreditar que tudo isso possa ter sido plantado”.

“Conversamos com familiares de Rogério e ouvimos que durante o velório de um irmão dele, o Diego, um homem que se apresentou como policial civil retirou sangue do corpo do morto, sem dar explicações a família”, disse.

Lucinha Mota afirmou que não quer e nem vai aceitar “bode expiatório para que a polícia encerre o caso e diga a sociedade que elucidou o crime. Queremos justiça e isso passa pela prisão do real assassino de minha filha.”

Por causa da demora na elucidação do crime, a família mantém uma investigação paralela, com recursos próprios e doações, na tentativa de encontrar os verdadeiros autores desse crime bárbaro.

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