Caso Miguel: perícia desconstrói depoimento de Sarí Corte Real

A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) no edifício onde o garoto Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos caiu e morreu no começo de junho concluiu que Sarí Côrte Real apertou o botão que leva o elevador até a cobertura do prédio.

LEIA TAMBÉM

Caso Miguel: mãe de garoto chama ex-patroa de “fria” após encontro na delegacia

Delegacia abre mais cedo para depoimento de Sarí Corte Real no Caso Miguel

O trabalho do IC também não indica a participação de outra pessoa na morte da criança, que caiu do nono andar no dia 2 de junho e morreu no Hospital da Restauração. O documento foi apresentado ao delegado Ramon Teixeira na sexta-feira (26) e a expectativa é que a Polícia Civil conclua o inquérito nos próximos dias.

Perícia desmente fala de Sarí

O principal ponto da perícia é a contradição no depoimento de Sarí, ex-patroa de Mirtes Santana, mãe do garoto Miguel. À polícia, Sarí negou que tenha apertado o botão da cobertura. Frente a frente com Mirtes ela também negou tal fato comprovado pelo IC.

Pelas imagens o IC concluiu que o elevador desceu até o 2º andar, mas Miguel permaneceu dentro e apenas saiu quando o equipamento parou no 9º andar. Para a perícia, a saída do garoto pode ter acontecido pelo fato de ele achado que, após descer e subir, voltou ao andar do apartamento de Sarí, o 5º. A conclusão é que Miguel caiu de forma “acidental” e não foi jogado por outra pessoa.

Abandono

O advogado de Mirtes comentou através de nota que “o laudo pericial detalha o abandono” de Miguel por parte da ex-patroa. “A diferença entre o acidente e o desamparo é a escolha. Optou-se em desproteger. Miguel foi largado no elevador sem ninguém a sua espera. Sempre confiamos no trabalho da Polícia Científica de Pernambuco que, repita-se, por meio do perito criminal subscritor (André Amaral), revelou estudo minucioso, objetivo e esclarecedor”, escreveu o advogado Rodrigo Almendra. A defesa de Sarí não se pronunciou.

Deixe um comentário