Casos de Hepatite B aumentaram 27% em Pernambuco, entre 2015 e 2018

(Foto: Miva Filho)

O Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids/HV) lançou o novo boletim epidemiológico. O documento é produzido anualmente e traz uma análise detalhada sobre o comportamento das hepatites em Pernambuco.

O boletim revela dados sobre os três tipos de hepatites virais em circulação no Estado. Os casos de hepatite B apresentaram um aumento de 27% entre 2015 e 2018. A principal forma de contágio é pela relação sexual sem preservativos, pelo sangue, compartilhamento de objetos perfurocortantes ou passada da mão para o filho durante a gravidez (congênita).

Vem sendo notado, em todo o Brasil, um aumento de casos das infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e a própria hepatite B. Isso ratifica a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais”, afirma o diretor geral de Controle de Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), George Dimech.

Já as ocorrências da hepatite A, entre 2015 e 2018, tiveram redução de 72%, devido principalmente pela vacinação de crianças, implantada no Brasil desde 2014. A transmissão da doença é feco-oral, por alimentos ou água contaminada, ou sexual.

A vacinação contra a hepatite A deve ser aplicada em meninos e meninas de 15 meses, podendo ser feita até os 4 anos. Nos últimos dois anos, mais de 80% das crianças com 1 ano foram vacinadas contra a enfermidade.

O tipo B também tem vacina disponível no calendário vacinal para toda a população. Todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Em seguida, mais três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho.

Para a população em geral, que não completou o esquema na infância ou não sabe, devem ser feitas três doses da vacina contra a hepatite B: a segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira.

Em relação à hepatite C, os casos de 2015 e 2018 foram iguais: 198. Esse é o único tipo que não possui vacina. A doença é prioritariamente transmitida pelo contato com sangue contaminado, vias sexuais e transmissão vertical (da mãe para o bebê).

Com informações do Diário de Pernambuco

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