Cotidiano: Sexta-feira 13 é dia de azar?

(Foto: Internet)

Hoje é sexta-feira 13, um dia repleto de má sorte e muitas crendices para os supersticiosos, mas como isso tudo começou? Porque o dia de hoje é amaldiçoado? Para muitos, é o dia em que deve-se evitar passar embaixo de alguma escada ou dar de cara com um gato preto.

Entre as muitas explicações uma delas chama atenção por sua coerência, acredita-se que o 12 é um número perfeito, afinal são 12 meses do ano, 12 apóstolos de Cristo ou 12 constelações do zodíaco. Com a perfeição do número 12, restou para o 13 a definição de azar, de número incompleto, irregular e acabou se tornando um sinal de má sorte.

Já sexta-feira aparece por ter sido o dia da semana em que Jesus Cristo foi traído, torturado e crucificado em Jerusalém. Sexta-feira 13, ficou marcado como um dia de azar e foi eternizado em diversos filmes de terror americano, alimentando ainda mais o mito em torno deste dia e perpetuando a má fama.

Não á nada comprovado sobre gato preto está envolvido com má sorte, muito menos passar por debaixo de escada, entretanto é tudo folclore e á que acredite em tudo isso. Para muitos hoje é só mais uma sexta-feira, como qualquer outra e que todos estão sujeitos a dias de má sorte.

Dia Estadual e Mundial de Liberdade de Culto Religioso, promova o respeito

liberdade religiosa

Nesta quarta-feira (25) é celebrado o Dia Mundial de Liberdade Religiosa. Desde 2013, o  calendário pernambucano também conta com a Lei nº 15.102, como dia oficial do estado, para que seja relembrado o respeito as diferenças de culto. Pensando nisso, o blog Waldiney Passos convidou pessoas de diferentes religiões para escrever um artigo em que pudessem se expressar e, claro, promover o respeito entre pessoas de diferentes crenças.

Ao longo do dia, nossos leitores vão poder apreciar os diferentes pontos de vista de praticantes das religiões: espírita, evangélica, católica e do candomblé.

Pratiquem a tolerância e o repeito, o importante é saber que independente do credo, todos devem respeitar a individualidade de cada um.

Nós que fazemos o Blog Waldiney Passos, prezamos pelo pluralismo e pelo melhor conteúdo para nossos leitores. Se você escreve e quer ver seu texto aqui, no nosso blog, nos encaminhe o seu texto/foto para o email: [email protected].

Artigo: Paulo Câmara não reconhece ministério dado ao PSB

 

Marcelo DamascenoO PSB de Pernambuco desautorizou seus membros a degustarem o filé mignon suave e regado a golpe de Michel TEMER. O governador Paulo Câmara chutou o pau da barraca e entortou a pretensão governista do senador Fernando B. Coelho que emplacou o filho FERNANDO FILHO no Ministério das. MINAS E ENERGIA.

Disso, os socialistas pernambucanos seguem para novo racha dessa eleição municipal. Se o PMDB agora manda no Brasil inteiro e ainda manda em Petrolina essa extensa máquina pede reciprocidade a FBC pelo emprego conferido. A gratidão em nome do golpe abortivo.

Se há dúvida quanto ao isolamento de FBC isso agora é muito claro quando o governo de Paulo Câmara sai fora da coalização e sugere um “oposição crítica” ao governo tampão de TEMER e ostensivo apoio da família Coelho em Petrolina neste extremo Oeste de Pernambuco.

FBC também quer o outro filho e deputado estadual Miguel Coelho, como prefeito de Petrolina. Há 300 dias vem se reunindo periodicamente em nome da AGENDA 40 como subliminar dessa epopeia eleitoral. Para ter o ministério Federal em família bastaram os votos do impeachment. Para ter a prefeitura de volta em Petrolina dependerá do eleitor. E ao invés de 367 mais 55 votos do CONGRESSO será obrigado ao porta a porta em Petrolina.

O DEM e PSDB coadjuvantes de tudo que for GOVERNO estão sendo “convidados” a saírem do governo Câmara. Em Petrolina, o PSB com reconhecimento e forma registrada de Paulo Câmara atende por Lucas Ramos.

Escrevi, Marcelo Damasceno.

 

O governo que não começou

Bernardo Mello FrancoNinguém espera surpresas na sessão convocada para determinar, nesta quarta, o afastamento da presidente da República. Os senadores tratam a votação decisiva como uma mera formalidade. O impeachment será aprovado por ampla maioria, e Dilma Rousseff perderá o cargo dois anos e sete meses antes do fim do mandato.

Os governistas entrarão no plenário para cumprir tabela, como jogadores de um time que já foi rebaixado, mas precisa fazer figuração até o fim do campeonato. Pelas contas do Planalto, a presidente não deverá ter mais de 20 votos. Precisava garantir o dobro para se segurar na cadeira.

A folga não se deve à qualidade da denúncia ou aos longos debates no Senado. Dilma será afastada porque seu destino já foi selado na Câmara, quase um mês atrás, e porque a classe política formou um novo arranjo de poder que exclui o PT. Quase todos os partidos que lotearam a Esplanada nos últimos 13 anos continuarão no mesmo lugar. A oposição voltará a ser governo, e o Planalto passará às mãos do PMDB, agora sem intermediários.

De alguma forma, o segundo governo Dilma terminará sem ter começado. Desde a reeleição, em 2014, a presidente foi tragada por uma espiral de crise e impopularidade. Ela rasgou os compromissos da campanha, fracassou ao copiar a política econômica dos adversários e sucumbiu à soma dos próprios erros com as trapaças de um Congresso cada vez mais fisiológico e conservador.

A agonia teve um desfecho tragicômico nesta semana, com a tentativa de anular o impeachment pela canetada de um deputado do baixo clero. O fiasco da operação resume a inabilidade do governo. No último lance pela sobrevivência, o Planalto confiou a sorte ao folclórico Waldir Maranhão. A manobra foi ridicularizada, e o palhaço Tiririca tirou o bigode para não ser confundido com o aliado derradeiro do petismo. É um fim melancólico, que nem os rivais da presidente deveriam desejar.

Bernardo Mello Franco, jornalista, assina a coluna Brasília. Na Folha, foi correspondente em Londres e editor interino do ‘Painel’. Também trabalhou no ‘JB’ e no ‘Globo’.

Aluna e professor da Facape publicam em revista internacional artigo com mapeamento de casos de estupro em Petrolina

O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes/Foto:arquivo

O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes/Foto:arquivo

Uma pesquisa realizada por uma aluna e um professor do curso de Direito da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) fez um mapeamento dos casos de estupro na cidade. O artigo ‘O crime de estupro: um mapeamento da realidade na cidade de Petrolina/PE de janeiro de 2010 a dezembro de 2015’ foi publicado na revista científica internacional InterScience Place, classificada como Qualis B1 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O artigo – que é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Julia Tenório – tem o objetivo de informar a população sobre a realidade local, com dados mais precisos. Um dos resultados alcançados pela pesquisa mostra que a maior parte das vítimas de estupro no município são crianças e jovens. O trabalho, além de servir de referência para outras produções científicas de estudo da violência, pode facilitar a ação dos agentes públicos na contenção desses crimes.

De acordo com o professor Edson Pacheco, co-autor do artigo, esse é o primeiro caso no curso de Direito da Facape que dispensará um estudante da apresentação do TCC. “Hoje o mundo científico tem preferência por artigos, que são trabalhos menores, mais rápidos. Essa possibilidade da faculdade de aceitar artigos como trabalhos de conclusão de curso é uma grande evolução e um incentivo para o aluno que deseja seguir na iniciação científica”, explicou o professor.

Com informações da Assessoria

 

O governo Dilma ainda não está morto

Ricardo Noblat1

O primeiro governo da presidente Dilma foi um desastre, e mesmo assim ela se reelegeu. O segundo, mal começou e começou mal. De alguns meses para cá, só existe formalmente, paralisado pelas crises que assolam o país, a investigação da Lava-Jato e o processo de impeachment.

Nem por isso deve ser considerado morto. Até uma cobra, depois de morta, inspira medo, quanto mais um governo que ainda se mexe. O Titanic bateu no iceberg, adernou, a orquestra parou de tocar, a maioria dos passageiros foge em botes salva-vidas, mas ele ainda não foi a pique.

O comandante imagina que pode evitar a tragédia anunciada. E, nesse caso, é bom lhe dar ouvidos. Dilma só tem uma forma de reparar o estrago que ameaça o navio, apostando que em seguida conseguirá leva-lo até o primeiro porto à vista: comprar apoios políticos no varejo.

Ela está certa. E, desde ontem, parece disposta a pagar qualquer preço pelos 172 votos necessários de um total possível de 513 para sepultar o impeachment na Câmara dos Deputados. A gula dos políticos é grande, sempre foi e sempre será. E Dilma acha que tem como saciá-la.

A Fundação Nacional de Saúde, por exemplo, é um órgão do Ministério da Saúde que tem muito dinheiro a ser gasto ou desviado. Seu presidente, indicado pelo vice Michel Temer, foi demitido há poucos dias. O cargo, ontem, foi oferecido ao Partido Trabalhista Nacional (PTN).

Só ouviu falar do PTN, além do seu minúsculo eleitorado, quem lembra da eleição do presidente Jânio Quadros no remoto ano de em 1960. Sim, Jânio, aquele político genial descabelado e demagogo, que vivia de porre e que renunciou a governar o país depois de seis meses de empossado.

Na eleição de 2014, o PTN elegeu apenas quatro deputados federais e 14 estaduais. Pois seus quatro votos na Câmara estão valendo ouro para Dilma. O governo espalha que já conta no momento com cerca de 190 votos contra o impeachment. Chute. Certos mesmo são 100 a 110.

Por isso decidiu correr atrás de quem lhe garanta mais um, mais um, mais um. Na verdade, o dono do voto não precisará, sequer, comparecer à sessão de votação do impeachment. Ou poderá comparecer e abster-se de votar. Caberá à oposição arregimentar 342 votos para derrubar Dilma.

Sem 342 votos, Dilma permanecerá na presidência à espera que a Justiça Eleitoral julgue quatro ações que pedem a impugnação da sua e da eleição de Temer. Não há data para isso. O mais provável é que a Justiça só decida no início de 2017. O país se arrastará até lá.

Há dois partidos nos quais o governo confia sua sorte: o PP e o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto, em prisão domiciliar. Os dois, juntos, têm 90 deputados. Ao PP está sendo oferecido o Ministério da Saúde, ao PR, o Ministério das Minas e Energia, ambos ainda em mãos do PMDB.

Se o governo obtivesse em troca a certeza de que os dois votariam fechados contra o impeachment, ficaria a um passo da salvação. Aos 90 votos do PP e do PR, se somariam os 58 do PT, e pelo menos mais alguns colhidos no PC do B, PDT, PSB, e demais partidecos.

Não será fácil, mas impossível não é. Há muitos fatores que conspiram contra uma eventual vitória do governo – as ruas, a rejeição a Dilma, a Lava-Jato, a situação das grandes empreiteiras e dos seus donos, e a expectativa de poder que Temer representa.

Fora o juiz Moro, ninguém sabe que novas revelações poderão complicar ainda mais a vida de Dilma. O que Dilma tem para dar a políticos que a detestam, Temer tem em dobro. Não fosse a Lava-Jato, as empreiteiras nem teriam deixado o impeachment chegar ao ponto em que chegou.

O impeachment deverá ser votado na Câmara entre os próximos dias 14 e 21. Daqui até lá, haverá traições à farta – à Dilma e a Temer. É improvável que seja apertada a vitória de um ou de outro. No dia marcado, a maioria dos deputados votará com quem tenha mais chances de vencer.

Ricardo Noblat

Penitentes de Juazeiro há mais de 50 anos alimentando Almas com cânticos e rezas

Penitentes

Há 51 anos, a noite da Terça-Feira Santa é dedicada à visita dos Madeiros das Alimentadeiras das Almas de Juazeiro-BA. Tudo começou no dia 9 de abril de 1964. Sem que houvesse explicação e a mínima possibilidade de defesa, a polícia adentrou o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, dirigido por Francisco Mariano Ribeiro, e o levou preso. Em frente à delegacia, onde hoje é o Terminal de ônibus de Juazeiro, os presos políticos iam se amontoando.

Foi quando Maria Veada, chefe do cordão de Alimentadeiras das Almas mais antigo de Juazeiro, o do bairro Santo Antônio (Atrás da Banca), pediu a dona Emília para, juntas, rezarem uma oração àqueles inocentes filhos de Deus. “Os braços assim, o pau por aqui, amarrado a corda pra jogar dentro do carro”, recordou dona Emília fazendo o gesto de quem é atado a um Pau-de-arara – Instrumento de tortura largamente usado no período da ditadura militar brasileira (1964-1985).

“Maria Veada sentou o joelho no chão e pediu aos braços do Santo Madeiro que cortasse aquelas cordas, que, se eles viessem pra dentro de casa, que ela ia fazer a visita ao Cruzeiro do Maringá. Meu filho, não passou um mês e voltou todo mundo”, me contou dona Emília. Da promessa de Maria Veada, surgiu a tradicional visita dos Madeiros das Alimentadeiras das Almas. Quando havia três cordões, era sempre entoado o bendito, sugestivamente intitulado, “A Independência dos três Madeiros”.

Nesta Terça-Feira Santa, dia 22 de março do ano da graça de 2016, o som ininterrupto da Matraca e a fumaça do Incenso anunciaram a chegada do Madeiro Sagrado do Alto da Maravilha à Casa de Oração do Santo Antônio. Emparelhados, os dois Cordões seguiram em direção ao Cruzeiro do Maringá para rezarem o Pranto de Nossa Senhora.

Quatro meses após a morte de dona Emília, seguem cumprindo a promessa selada entre ela, Maria Veada e o Santo Madeiro em um momento de fé e luta, que revela, entre os mistérios da vida e da morte, uma sentença inexorável: É preciso resistir!

As Alimentadeiras das Almas resistem…

Por Luís Osete Carvalho, jornalista.

Gonzaga deu a senha para a polarização política e eleitoral

Marcelo Damasceno 2

O PSOL em Petrolina quis garantir o debate municipal em torno de uma sucessão ideológica. Definindo seu discurso legislativo com o veterano Antônio Rosalvo e apostando em Perpétua Rodrigues, para o embate majoritário onde dividirá a mesa com candidatos conservadores em cenário populista e outro com “coelhista” puro sangue.

O deputado federal Gonzaga Patriota já é um aliado natural do debutante parlamentar estadual, Lucas Ramos. Ambos do Partido Socialista Brasileiro. ( E rebeldes com uma causa, bater chapa no PSB, como em 2008), com Miguel Coelho, deputado e filho do senador Fernando Bezerra Coelho que parece caminhar na direção da família.

FBC, Aposta em Miguel Coelho e mantém em mistério confidente sua aliança na direção de Guilherme Coelho e seu PSDB, com quem teve uma conversa muito boa nos últimos dias. Sabe que não contará com Gonzaga e muito menos, com o rebelde Lucas. Este último é a aposta implícita do PMDB de Jarbas Vasconcelos e Raul Henry. E tem assento no núcleo político de Paulo Câmara, governador. Gonzaga repete desde 2008 seu refrão e cumpre, não sobe o palanque de FBC “de jeito nenhum”.

FBC, Só tem um caminho, ou está blefando, como bom jogador desse pôquer político e deverá, em Sprint decisivo, ir buscar um reforço bom de urna, Odacy Amorim (PT). Atrairia este e toda espiral evangélica. FBC tem outra obsessão, esvaziar a trupe afraniense que adorna Adalberto Cavalcante em galope quixotesco.

Sem interesse nem pressa, o prefeito Júlio Lossio faz campanha para 2020. Propositadamente narcisista, segue a desidratação em seu próprio grupo e guarda forças para um projeto político em torno do próprio mandato. Enrola o que pode e sabe que não transfere votos em “casa”. Vacilante entre seus assessores, paga obedeço do blefe confuso. E deve ser coadjuvante no PMDB de Jarbas Vasconcelos. Este, estaria costurando o palanque que junta a fome com a vontade comer.

Fechando com o governador Paulo Câmara que não faz esforço algum para ungir Miguel Coelho candidato. Câmara, não tem interesse em fortalecer FBC que não esconde de ninguém, o sonho de ser governador.

A polarização entre FBC e outro palanque oponente, de cacife econômico e político em paridade, deverá ganhar seu contorno final em meados deste mês. FBC não emplaca seu palanque em tom competitivo e enfrenta um racha interno, além da incomoda investigação em fogo brando, da operação lava-jato, onde trava guerra política e judicial. Já em pré-campanha defende-se das acusações, cercado de uma banca advocatícia com peso nacional. Em Petrolina, FBC começou seu rosto porta-a-porta.

Por: Marcelo da Masceno, Radialista petrolinense

Artigo: Fernando Henrique atribui crise a exaustão do atual arranjo político brasileiro

Cartas na mesa

É preciso abrir o jogo: não se trata só de Dilma ou do PT, mas da exaustão do atual arranjo político brasileiro. E mais: o que idealizamos na Constituição de 1988, cujo valor é indiscutível, era construir uma democracia plena e um país decente, com acesso generalizado à Educação pública, Saúde gratuita e Previdência Social. Mais ainda, acesso à terra para os que nela precisassem trabalhar, bem como assistência social aos que dela necessitassem. A execução desse programa encontra dificuldades crescentes porque a estrutura estatal é burocratizada e corporativista. E também porque a sociedade não quer e não pode pagar cada vez mais tributos quando os gastos não param de se expandir.

Era inevitável que nos encontrássemos nessa situação? Não. Contudo, para evitar a crise do sistema de partidos e da relação Executivo/Legislativo, teriam sido necessários, no mínimo, os contrapesos da “lei de barreira” e da proibição de alianças partidárias nas eleições proporcionais, restrição aos gastos de campanha e regras mais severas para seu financiamento.

Mas não é só. A má condução da política econômica tornou impossível ao governo petista seguir oferecendo os benefícios sociais propostos, senão pagando o preço da falência do Tesouro. Não me refiro às bolsas, que vêm do governo Itamar, foram ampliadas em meu governo e consolidadas nos governos petistas: elas são grãos de areia quando comparadas com as “bolsas empresários” oferecidas pelos bancos públicos com recursos do Tesouro. Sem mencionar o grau inédito de corrupção, azeite que amaciou as relações entre governos, partidos e empresas e que deu no que deu: desmoralização e desesperança. Oxalá continue a dar cadeia também.

Diante disso, como manter a ilusão de que as instituições estão funcionando? Algumas corporações do Estado, sim, se robusteceram: partes do Ministério Público e da Polícia Federal, segmentos do Judiciário, as Forças Armadas e partes significativas da burocracia pública, como no Itamaraty, na Receita e em algum ministério, ou no Banco Central. Entretanto, no conjunto, o Estado entrou em paralisia, não só o Executivo, como também a burocracia e o Congresso. Este pelas causas acima aludidas, cuja consequência mais visível é a fragmentação dos partidos e a quase impossibilidade de se constituir maiorias para enfrentar as dificuldades que estão levando ao desmonte do sistema político.

Nada disso ocorreu de repente. Repito o que disse em outras oportunidades: na viagem que a presidente Dilma fez em 2013 para prestar homenagens fúnebres a Mandela, acompanhada por todos os ex-presidentes, eu mesmo lhes disse: o sistema político acabou; nossos partidos não podem ou não querem mudar; busquemos os mínimos denominadores comuns para sair do impasse, pois somos todos responsáveis por ele. Apenas o presidente Sarney se mostrou sensível às minhas palavras.

Agora é tarde. Estamos em situação que se aproxima à da Quarta República Francesa, cujo fim coincidiu com os desajustes das guerras coloniais, tentativas de golpe e, finalmente, a solução gaullista. Aqui as Forças Armadas, como é certo, são garantes da ordem e não atores políticos. É hora, portanto, de líderes, de pessoas desassombradas, dizerem a verdade: não sairemos da encalacrada sem um esforço coletivo e uma mudança nas regras do jogo. A questão não é só econômica. Sobre as medidas econômicas, à parte os aloprados de sempre, vai-se formando uma convergência, basta ler nos jornais o que dizem os economistas.

Mesmo temas sensíveis, nos quais ousei tocar quando exercia a Presidência e que caro me custaram em matéria de popularidade, voltam à baila: no âmbito trabalhista, como disse o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Gandra Martins, citando como exemplo o Programa de Proteção ao Emprego, comecemos por aceitar que o acordado entre os sindicatos prevaleça sobre o legislado, desde que respeitadas as garantias fundamentais asseguradas aos trabalhadores pela CLT. Enfrentemos o déficit previdenciário, definindo uma idade mínima para a aposentadoria que se efetive progressivamente, digamos, em dez anos. Aspiremos, com audácia, que um novo governo, formado dentro das regras constitucionais, leve o Congresso a aprovar algumas medidas básicas que limitem o endividamento federal, compatibilizemos gasto público com o crescimento do PIB e das receitas, e melhorem o sistema tributário, em especial em relação ao ICMS.

Dentre as medidas fundamentais a serem aprovadas, a principal é, obviamente, a reformulação da legislação partidário-eleitoral. O nó é político: eleições com a legislação atual resultarão na repetição do mesmo despautério no Legislativo. Há que mudar logo a lei dos partidos, restringindo a expansão de seu número, e alterando as regras de financiamento eleitoral para evitar a corrupção. Por boas que tenham sido as intenções da proibição de contribuição de empresas aos partidos, teria sido melhor limitar a contribuição de cada conglomerado econômico a, digamos, X milhões de reais, obrigando as empresas a doarem apenas ao partido que escolherem, e por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, que controlaria os gastos das campanhas. A proibição pura e simples pode levar, como ocorreu em outros países, a que o dinheiro ilícito, de caixa dois ou do crime organizado, destrua de vez o sistema representativo.

Ideias não faltam. Mas é preciso mudar a cultura, o que é lento, e reformar já as instituições. É tempo para que se verifique a viabilidade, como proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil e por vários parlamentares, de instituir um regime semiparlamentarista, com uma Presidência forte e equilibradora, mas não gerencial. Só nas crises se fazem grandes mudanças. Estamos em uma. Mãos à obra.

Espaço do leitor: artigo de opinião

Artigo

“Duas Marcam nesta terra”assim é conhecida à bela cidade do sertão de Pernambuco, que ganhou reconhecimento internacional. Como filho desta terra há 33 anos, já vi do passar por ela diversos prefeitos, como podemos destacar alguns deles, a exemplo de Augusto Coelho, Diniz Cavalcante, Fernando e Guilherme, sendo este hoje último companheiro de chapa do atual prefeito Júlio Lossio. Diga-se de passagem, na sua época foi eleito o mais jovem prefeito sendo um dos mais atuante do Brasil.

Mas vale aqui ressaltar e deixar claro que a Califórnia do Sertão passou a ter mais visibilidade e reconhecimento após a chegada de um homem simples e de ideias inovadoras que através de ações simples está deixando sua marca nunca antes vista nos anais desta terra chamada, como sempre, de terra dos impossíveis. Se não vejamos: Petrolina antes de sua gestão, tinha mais crianças na rua do que mesmo pessoas se movimentando no centro da cidade.

Partindo dali, começou a se enxergar o maior e mais exitoso programa, o  “Nova Semente”, que hoje atende mais de 7500 crianças, distribuindo 5 refeições diárias, de segunda a sexta-feira. Programa onde tem hoje tem mais de 3000 pessoas, que numa época de crise, diga-se de passagem, estão trabalhando com carteira assinada e com seus vencimentos em dia. Sem contar os inúmeros avanços no IDEB dentre outros grandes e diversos benefícios que a cidade e a população tem obtido ao longo dos mais de 7 anos e as mais de 10 mil famílias beneficiadas com o maior programa habitacional no norte e Nordeste, e por que não dizer: o maior do BRASIL.

Temos motivos de sobra para nos congratular com essa “cidade dos impossíveis”e por fim o meu agradecimento ao prefeito que deixará sua marca registrada no coração e em vida e cada um dos mais de 320 mil habitantes. Que o melhor não é se cuidar de frutas na terra da irrigação e sim cuidar das pessoas, porque são elas o futuro de uma nação, nação esta que o futuro dela está nas mãos das nossas crianças. Forte abraço de um filho querido desta terra mui amada chamada Petrolina.

Erasmo Charlys

A experiência de participar da festa de Iemanjá: salve Odoyá, salve a rainha do mar!

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Muito se especula das religiões africanas, mas poucos, de fato procuram saber. As críticas, a falta de respeito e de conhecimento, dominam o senso comum que julgam sem ao menos se permitir conhecer. Eu, até pouco tempo nada sabia sobre o universo das religiões de matriz africana. E admito, ainda pouco sei, porém respeito, infinitamente.

Dois de fevereiro, é a data em que se comemora o dia de Iemanjá, a rainha do mar, a mãe de todos os orixás, a protetora das crianças e das famílias. No sincretismo religioso ela é representada na figura de Maria, mãe de Jesus Cristo. Essa jornalista que vos escreve, sempre foi curiosa como o quê, quando o assunto é o desconhecido. Principalmente levando em consideração que nasceu e cresceu na doutrina do catolicismo tradicional, onde assim como demais vertentes do cristianismo, trata as outras religiões como sendo “o lado negro da força”. A convite de amigos, fui conhecer o Ilê Axé Ogum de Ronda, aqui em Petrolina, sertão de Pernambuco. Lá, fui apresentada a Ialorixá Socorro, a quem todos chamam de Mãe Socorro, a “Mãe-Pequena” Edinha e ao Pai Edson.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Não posso deixar de destacar o quão lindo e diferente é o rito.  Flores enfeitam o local, aos poucos os filhos de santo da casa, a mãe Socorro, o pai Edson, os pais e mães de santo da região e os convidados, se reúnem. Com exceção dos convidados, todos começam a dançar ao som do atabaque e entoam cantigas que falam do demais orixás.  O canto alegre contagia o local. Em determinado momento, a “Mãe Edinha” entra, mas não é ela, é a mãe Iemanjá que já está presente. Ela dança com graça, a mãe de todos os orixás, também é guerreira e no seu “baile” faz referência a um combate com espada empunhada.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Todos dançam e cantam, ela está ali, ela é a presença principal da festa. Depois de um certo tempo, a Orixá senta para dar a benção a seus filhos e se despedir. Primeiro os filhos da casa, depois os visitantes. Um a um, deitam sob seus pés e de joelhos a abraçam. Em seguida, ela entra em um quarto e quando retorna, é novamente a Mãe Edinha.

Após o término do momento festivo, um jantar foi servido. Assim como fui ensinada em casa, primeiro os convidados, depois os de casa. É um mundo curioso, enfim, mas não muito diferente daquele fui criada. São pessoas comuns que se divertem e agradecem. Não há bicho-papão, não bebi sangue de animal, nem vi criancinhas sendo sacrificadas. Para falar a verdade, fora os cachorros que por ali estavam, não vi nenhum outro bicho, que não o homem.

Sim, essa religião tem seus rituais, assim como a Católica, a Evangélica, o Espiritismo, o Budismo e tantas outras. E sabe o que mais me surpreendeu? Minha surpresa foi saber que a Umbanda também é católica e espirita, ao mesmo tempo. Os orixás que são cultuados, nada mais são que forças da natureza, que na escala da divindade, está abaixo do “Todo Poderoso”. Com doutrinas diferentes, porém bem semelhantes nas suas crenças.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

O conhecimento, a curiosidade, o respeito e se despir de todo preconceito é o maior poder que qualquer pessoa pode ter. No final das contas, independentemente de crença, cor, partido político e time de futebol, somos todos iguais. Não há motivo para incitar o ódio e o preconceito. Só podemos e devemos criticar o que de fato conhecemos. E é assim, enfeitiçada pelos ritos de Iemanjá que me despeço, peço proteção e a saúdo, até logo, Salve Odoyá, a rainha do mar!

Texto: Giomara Damasceno, Jornalista – Blog Waldiney Passos

Fotos: Pedro Carvalho Diniz

Em artigo radialista questiona honestidade de muitos contemplados em programas sociais

Marcelo DamascenoA Caixa Econômica Federal (CEF), através dos governos do PT, fez a maior distribuição de moradias em seu programa social na cidade de Petrolina, extremo Oeste de Pernambuco. Essa pauta urbana veiculada pelo prefeito de Petrolina, Júlio Lossio (PMDB) possibilitou a construção de onze mil unidades habitacionais. As pessoas de baixa renda construindo seu sonho. E esse governo Lossio correu atrás e trouxe. O benefício cidadão mais reluzente e emblemático de um casal, de uma mãe “carregada de filhos” é o aconchego da casa própria.

Aqui é muito revoltante a colateral verdade das denúncias que entopem nosso “email” revelando gente sem o perfil e sem verdade contemplada com essas chaves. Carros reluzentes na porta. Casas “pra alugar” ao valor médio de 250 reais por mês. E também registro de “festinhas” ao fim de semana invariavelmente. E ainda um expressivo contingente de mães solteiras e trabalhadores que mesmo cadastrados e pesquisados revelam o perfil exigido pelo programa “Minha Casa Minha Vida”. As denúncias de avolumam às vésperas ou durante sorteio para esse básico benefício.

Petrolina vem dessa tradição das casas populares desde 1969 durante a instalação das primeiras vilas residenciais públicas. Surgiram AREIA BRANCA e KM 02. Daí, essa consecução benéfica para uma cidade aquinhoada com perspectivas de vida com qualidade.

Em meio a todos problemas e situações de explosão demográfica. As demandas sociais para o ensino público e na rede da saúde dão esse substrato político. Os cadastros se avolumam nas mesas e gavetas da Prefeitura e Caixa. As evidências apontam falhas ou esperteza má em certas situações que produzem uma injustiça inabitada. Alguém que não foi beneficiado em favor do cadastro feito com mentira ou apropriação indébita.

Mesmo com o rigor que cataliza esse cadastro é provável que “alguém mentiu”. Houve má fé ou “empurrão fisiológico” ou “tráfico influente”? Certamente que numa investigação mais adequada ou um “flagrante delito” é possível “chegar” nessa gente nem um pouco humilde. Deve se chamar o japonês da Federal?

Escrevi, Marcelo Damasceno.

As lições da seca exigem guardar essa chuva

Marcelo DamascenoO volume de água desde o Lago de SOBRADINHO DA BAHIA é surpreendente. Os sertanejos embriagam-se por justíssima razões dada a calamitosa seca que encolheu todas as economias de rebanhos e produção agrícola.

Dito isso agora é pressionar os prefeitos e deputados locais. Desde Petrolina PE e Juazeiro da Bahia para se praticar a tecnologia do armazemanento de água. Isso não é somente medida inteligente. Trata-se de sobrevivência. A EMBRAPA é parte dessa responsabilidade local. Desses 40 anos de instalação em Petrolina a EMPRESA Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA teve assegurados seus recursos durante algum tempo do governo petista e tucano.

E mesmo com as dificuldades do governo Dilma Roussef às turras com setores que não param de mobilizar seus bruxos e toda feitiçaria do erro para apea-la do mandato a EMBRAPA tem pesquisa e instrumentos.

O desperdício de tal volume hídrico que vem nosso rumo é um pecado mortal. Um governo com vergonha na cara vai disponibilizar sim seu aparato como medida preventiva sob pena de um vindouro ciclo de seca e muitos ciclones implacáveis desse semiárido peculiar com seu clima de devastação.

O desperdício de água equivale a uma geração de produtores rurais, dizimada. A tarefa está acima desse calendário eleitoral que já provoca insônia e seduz os neurônios de quem é doido apenas por dinheiro.

O desperdício de água nos atormenta. Assim como as vulnerabilidades de Petrolina que não resiste a “um xixi de cachorro”.

Desde o desconforto geográfico até a perene pobreza da periferia pessimamente instalada. A coordenação da DEFESA CIVIL sob o número 087-3862-9213 ou simplesmente, 193 do Corpo de Bombeiros e 156 da Prefeitura de Petrolina, hoje devem está ao aalcance das prováveis vítimas da péssima infraestrutura de atribuiçao pública.

A comemoração dos barreiros em sangria ou as barragens engolidas por dilúvio tão zen e saboroso nos convida à sensatez de guardar pra seca.

Por Marcelo Damasceno é jornalista.

Dicas para obter sucesso em 2016

Rumo-ao-SucessoMais um final de ano passou, e com certeza você já se pegou refletindo sobre sua vida, suas conquistas, suas perdas, o que poderia ter sido evitado, o que poderia ter feito, dito ou mesmo vivido. No meio disso tudo, você já preparou a sua lista de metas 2016? Ter esta reflexão é importante para tomar consciência e assim, obter maior foco para a realização de seus novos objetivos. Mais importante que fazer promessas para o novo ano que começa é definir seus objetivos e metas.

Pode ser que ao colocar isso em uma lista, você tenha descoberto que possui diversos objetivos totalmente distintos. Isso não é um problema, só precisamos organizar definindo prioridades. De 0 a 10 quanto você está determinado a realizar esses objetivos? Quando deseja dar início a eles? Qual a ordem dos objetivos mais importantes para você? Quais são os passos necessários para alcançá-los? Saber a resposta para essas perguntas é fundamental para começar um ano de sucesso, e para isso, autoconhecimento é algo que se torna fundamental.

Quer começar 2016 com o pé direito? Então saiba que antes de tudo é preciso estar seguro do caminho escolhido, isso te propiciará maior firmeza em suas ações, maior motivação e determinação. Confira agora algumas dicas que ajudarão você a ter um ano de sucesso:

Crie, recicle e reveja suas metas: no meio do caminho, pode ser que novas metas surjam, mas lembre-se das antigas que se não realizadas, podem lhe atormentar. Por isso, saiba distinguir quais metas são realmente importantes.

Mantenha o foco em um objetivo: ter uma lista de objetivos pode fazer com que você não dedique tempo suficiente ao que é realmente importante. Para evitar a procrastinação, tenha um objetivo principal.

Planeje: esse é o segredo do sucesso. Tenha um planejamento adequado à realidade, com metas alcançáveis e prazos concretos.

Reveja seus hábitos: analise seus hábitos e trabalhe de forma a abandonar aqueles que lhe causam atraso ou distrações.

Mantenha o foco e a determinação: as coisas só vão acontecer se você executar as ações relacionadas em seu planejamento, então não se deixe desanimar, pois este é um projeto que deve ser realizado por você e os benefícios serão seus.

Por José Roberto Marques

Opinião: desdém com o dinheiro público

Na semana passada, diversas notícias deram conta de mais problemas estruturais em apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, em vários estados, mas com especial ênfase no Rio Grande Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

O problema não é novo, mas as denúncias aumentaram no ano passado. Vejamos, como exemplo, alguma notícias veiculadas em 2015:

“Problemas no programa Minha Casa, Minha Vida representam hoje um dos mais importantes focos de investigação do Ministério Público Federal. No Rio Grande do Sul, o disque-cidadão do MPF contabilizou nos últimos anos mais de mil irregularidades a serem checadas. A imensa maioria, problemas de acabamento nos imóveis ou inadimplência e falência de empreiteiras. Em alguns casos, revenda ou aluguel dos apartamentos, vetados pela lei quando não estão quitados (na faixa de menor renda dos mutuários).”

 “…Um pesadelo de infiltrações, rachaduras, remendos e consertos sem fim? Pois isso é comum no Minha Casa, Minha Vida. A maioria dos casos referentes ao programa governamental que chegam aos tribunais é a respeito de ‘vícios construtivos’ – falhas na construção da residência. É o que ocorre na 24ª Vara Federal de Porto Alegre, especializada em casos relacionados ao Sistema Financeiro da Habitação ocorridos em todo o Rio Grande do Sul. Dos cerca de 3,8 mil processos que tramitam ali, o que mais cresce em volume de casos envolve programas de habitação popular da Caixa Econômica Federal, como o Minha Casa Minha Vida.”

 “Inaugurado há dois anos, um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no Rio de Janeiro, está dando muita dor de cabeça para os moradores. Novecentas famílias reclamam das péssimas condições dos apartamentos e da área do condomínio.
O condomínio é a realização do sonho da casa própria para 320 famílias inscritas no programa em Campo Grande. Ao invés de comemorar, todos estão revoltados.

A pia da cozinha da técnica de enfermagem Natália Alves está lotada de louça porque não sai nenhuma gota de água da torneira. A companhia de abastecimento faz manutenção no local e o reservatório do condomínio está inoperante desde maio, quando rompeu. Duas caixas de água foram instaladas, mas, de acordo com os moradores, nunca foram ligadas.”

 Bem, senhores, como disse, estas são notícia veiculadas ao longo de 2015. E tais fatos, mais aquela dezenas de outros que acontecem em todo o Brasil neste setor, só fazem confirmar o absoluto desdém das ditas autoridades de governo em relação ao dinheiro público. Aliás, elas só levam a sério o erário quando se trata de encher seus próprios bolsos.

É inadmissível que construções financiadas pela Caixa Econômica Federal, órgão que de há muitíssimo tempo tem vasta experiência em habitação, apresentem tais falhas, oriundas, obviamente, da má construção por parte de empreiteiras que cobram caríssimo e querem gastar cada vez menos para construir, principalmente quando se trata de “casa pra pobres”.

Houvesse um mínimo de seriedade no chamado “trato com a coisa pública” e logo nas primeiras denúncias deveria ter ocorrido uma verdadeira devassa nos projetos, uma investigação séria, colocando para correr empreiteiras fajutas, que constroem arapucas, mas ganham bilhões com elas.

No entanto, diante da escandalosa permissividade que se verifica, é de se suspeitar até que pode estar havendo conivência de setores do governo, inclusive da CEF, em troca sabe-se lá de que (hum!) com a baderna que domina as construções do referido programa.

Mas assim caminham, de um modo geral, as obras públicas neste País. Mais um exemplo? Preste atenção na fragilidade das estradas e pontes em regiões atingidas por cheia provocadas por chuvas previsíveis desde séculos. Em qualquer lugar do mundo, é verdade (excetuando-se, talvez, Tóquio, Copenhague e Oslo, para citar algumas cidades do mundo verdadeiramente civilizado), tormentas repentinas causam inundações e podem, sim, derrubar algumas construções.

No entanto, no Brasil, estradas e pontes derretem-se como geleia. E para começar a entender a razão dessa fragilidade absurda, basta prestar atenção nas imagens fartamente mostradas atualmente na TV e internet e notar a finíssima camada asfáltica, sem  QUALQUER  base, que constitui as estradas brasileiras.

Não será preciso dizer mais nada. Mas somos um País onde fazer obra pública significa exatamente construir mal para logo sejam necessárias mais obras e se ganhe mais e mais dinheiro dos cofres públicos. Um escândalo. Mas aposto que nada vai mudar…

Por Alex Ferraz, jornalista.

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