Chuvas intensas geram danos e prejuízos aos produtores de frutas do Vale do São Francisco

Os produtores de uva e manga do Vale do São Francisco contabilizam prejuízos significativos devido às fortes chuvas que atingem a região desde dezembro do ano passado, totalizando mais de R$ 100 milhões em perdas.

Em Petrolina, um dos principais municípios produtores agrícolas do Vale, as precipitações foram particularmente intensas nos meses de janeiro e fevereiro, superando as médias pluviométricas históricas da região.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o acumulado de chuvas atingiu 322,2 milímetros, o maior registrado desde 2004. Em áreas como o projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, os registros chegam a até 500 milímetros neste mesmo período.

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Brasil conquista recorde nas exportações de frutas e alcança mais de 1,2 bilhão em dólares em faturamento com destaque para produção no Vale do São Francisco

(Foto: Ilustração)

O Brasil bateu recorde nas exportações de frutas em 2023 ao ultrapassar a marca de 1,2 bilhão de dólares em faturamento. Este resultado representa um novo ápice para as exportações de frutas brasileiras, pois a variação em relação ao ano anterior foi um expressivo aumento de 26,73%.

Em termos de volume, registraram aumento de 6%, equivalentes ao envio de mais de um milhão de toneladas de frutas para o mercado internacional.

Esse feito reflete a expressiva diversidade de frutas cultivadas no país, assim como o contínuo crescimento e o reconhecimento da qualidade dos produtos brasileiros nos mercados globais.

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Bahia participa da maior feira voltada à fruticultura do mundo, na Espanha

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) é uma das participantes da 15ª Fruit Attraction 2023, maior feira de negócios agropecuários do mundo totalmente voltada à fruticultura.

O evento – que tem o titular da Seagri, Wallison Tum, como representante do Estado da Bahia – é realizado em Madri, capital da Espanha, e se estende até esta quinta-feira (5).

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Produtores rurais cobram acordo para conclusão da CCT 2023, que se arrasta há mais de 100 dias

Os produtores de frutas do Vale do São Francisco, ligados aos sindicatos patronais dos estados de Pernambuco e Bahia, divulgaram um documento nesta sexta – feira (5), cobrando maior agilidade nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho da Fruticultura Irrigada (CCT 2023), que se arrasta há mais de 100 dias.

De acordo com a comissão composta por representantes de 3.500 pequenos, médios e grandes produtores agrícolas, que empregam, aproximadamente, 110 mil trabalhadores rurais, alguns pontos estão impedindo a conclusão das negociações. Em primeiro lugar, o Sindicato dos Trabalhadores está pedindo a contribuição assistencial nacional, de uma diária (mais de R$40,00 reais), para todos os trabalhadores, entre outros pedidos.

A comissão patronal ofereceu  o salário de R$1.354,00 para os trabalhadores, com contrapartidas, garantindo um aumento de 7,12%, que está bem acima de aumentos praticados em outras convenções e da inflação. Esta proposta não foi aceita. Outra proposição apresentada pelos produtores de frutas garante que o valor acumulado, relativo ao novo salário, pode chegar a mais de R$200,00. Em razão disto, a categoria espera concluir as negociações até o final desse mês para que esta quantia passe a ser paga a partir do dia 06 de junho de 2023.

Contabilizando perdas agrícolas recentes pelo excesso de chuvas, os produtores rurais da região, enfrentam ainda problemas como o aumento dos custos de produção, de insumos, implementos agrícolas, acondicionamento, embalagens das frutas, comercialização, aduanas e transporte até os mercados interno e externo. “Ainda sim, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos últimos anos, os produtores rurais sempre tem contribuído para negociações coletivas com resultados satisfatórios para ambas as partes”, ressalta no final do documento, a Comissão dos  Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco nos estados de Pernambuco e Bahia.

Carlos Laerte

Produtores de uvas de Petrolina – PE enfrentam prejuízos com as últimas chuvas

As chuvas intensas, que caíram ininterruptamente por mais de três horas na última segunda -feira (28), e na tarde desta terça (29), em Petrolina – PE e região, causaram inúmeros prejuízos a produtores de uva, com a derrubada de parreiras e enormes perdas da fruta.

No projeto Senador Nilo Coelho, perímetro de irrigação mais prejudicado, o pequeno produtor, Pedrão Romualdo, lamentou a situação do seu lote, no Núcleo 11, após a chuva derrubar um parreiral com mais de 1,5 hectare de uvas que seriam colhidas na próxima segunda -feira. Outro produtor do Nilo Coelho, Augusto Prado, também arregaçou as mangas ao ver a safra comprometida e passou praticamente toda terça -feira tentando levantar um parreiral de um hectare que a chuva levou ao chão.

Além dos parreirais caídos, outra preocupação dos produtores é com a quantidade de frutas perecendo, sem ter como serem colhidas ou apodrecendo por conta das pragas e doenças que se estabelecem no período chuvoso.Segundo o produtor Cristino Guimarães Leite, caíram nestes dois dias mais de 50mm sobre os pomares acostumados com uma irrigação controlada. ” Muitos fruticultores ainda nem tinham calculado direito os prejuízos com os 300 mm de chuvas que castigaram o Vale do São Francisco no último mês de outubro”.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, cerca de 2 mil fruticultores, somente em Petrolina-PE, contabilizaram prejuízos com as últimas chuvas. “Além do aumento das pulverizações para o combate de pragas e doenças e a execução do serviço de drenagem, o produtor de uva tem ainda que investir em cobertura dos parrerais e comprometer boa parte dos ganhos com as despesas de pessoal e os aumentos constantes do preço dos insumos agrícolas “, concluiu.

De acordo com o aviso do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), até a próxima sexta-feira (2), Petrolina está entre as regiões pernambucanas que seguem sendo afetadas por chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos (60-100 km/h).

Guilherme Coelho vai representar fruticultura brasileira em encontro internacional entre autoridades e empresários na Rússia 

 

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados, Guilherme Coelho, representará o setor da fruticultura em encontro econômico, realizado nos próximos dias 15 e 16 de fevereiro, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-Rússia em Moscou. A delegação brasileira será composta pelo presidente da república Jair Bolsonaro, pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, entre outras autoridades públicas e empresários. O objetivo do evento é fortalecer os laços bilaterais entre os dois países.

Guilherme Coelho foi convidado para participar do encontro pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Augusto Pestana, durante a visita que eles fizeram a Petrolina-PE no último dia 31 de janeiro.

O acesso ao mercado russo de fertilizantes é um dos principais focos da viagem da comitiva brasileira. Em novembro de 2021, a Rússia, uma das principais exportadoras do produto para o Brasil, impôs um sistema de cotas para a venda desses itens para o mundo. “Essa medida do governo russo se tornou uma preocupação para o agronegócio, já que não somos autossuficientes na produção de fertilizantes. Contudo, estamos otimistas que tenhamos avanços nas negociações, inclusive, um dos responsáveis pelo encontro é Andrey Guryev, um dos quatro maiores produtores de fertilizantes à base de fosfato do mundo”, explicou Guilherme Coelho.

Durante a reunião econômica, o presidente da Abrafrutas apresentará os bons resultados da fruticultura brasileira no ano passado, quando o setor bateu o recorde de U$S
1 bilhão de dólares em exportações e as potencialidades para 2022, além de reforçar os aspectos sustentáveis da produção de frutas, que não desmata, não polui o meio ambiente e ainda é um grande gerador de postos de trabalho.

Assessoria

Governo de Pernambuco amplia isenção de ICMS para fruticultura no Estado; Produtores do Vale do São Francisco serão os principais beneficiados

O Governo de Pernambuco vai ampliar a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os fruticultores do Estado. A medida atende a uma demanda do próprio segmento, e se aplica aos produtos hortifrutícolas apenas em estado natural ou resfriados, com o objetivo de conservação e transporte. Os produtores rurais do Vale do São Francisco serão os principais beneficiados com a desoneração.

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O decreto do governador Paulo Câmara ampliando a isenção será publicado até a próxima segunda-feira (12.07), no Diário Oficial do Estado. Na isenção de ICMS serão incluídos produtos ralados, cortados, picados, fatiados, torneados, descascados, desfolhados, lavados, higienizados ou embalados em caixas. A uva comercializada em embalagem também está incluída na relação.

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Senar Bahia continua com inscrições abertas para cursos gratuitos em Fruticultura e Agronegócio

(Foto: Ascom/SENAR)

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o SENAR, está com inscrições abertas para os Cursos de Técnico em Fruticultura e Técnico em Agronegócio, na modalidade a distância. Os curso são gratuitos e as inscrições podem ser feitas até o dia 27 deste mês de janeiro pelo site: etec.senar.org.br . Para informações o contato é (74) 3612-5404 ou (71)9 9673-2097 (WhatsApp).

Na Bahia, as vagas para o curso em Fruticultura são para os polos de Juazeiro, Barreiras, Gandu, e Itamaraju. Já para os cursos em Agronegócio, as vagas são para Salvador e Luís Eduardo Magalhães. Os cursos são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e o diploma é válido nacionalmente.

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Reunião entre representantes da prefeitura de Petrolina e Valexport discute realização da Fenagri

(Foto: Ascom/PMP)

Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (20), o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Petrolina, Flávio Guimarães; o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Thiago Brito e o presidente da Valexport, José Gualberto, discutiram como será realizada e quando será feito o lançamento oficial da 28ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada, a FENAGRI.

Com o tema ‘Agricultura 4.0: Tecnologia e Inovação’, a feira tem entre seus objetivos fortalecer e ampliar as relações do agronegócio em toda a cadeia produtiva, contribuindo para a consolidação do Brasil como produtor de frutas no mercado internacional.

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Obra da estrada do Projeto Maria Tereza é concluída e rodovia está totalmente recuperada

(Foto: Alexandre Justino/PMP)

A nova via não se aprece em nada com a estrada que até 60 dias atrás apresentava buracos em vários trechos, dificultando a passagem de caminhões que escoam a produção agrícola daquela região, ônibus escolares e carros de passeio.

Agora os moradores do Projeto Maria Tereza e comunidades vizinhas, já podem viajar sossegados. Com um investimento de R$ 1,4 milhão da Codevasf em parceria com a prefeitura de Petrolina, foi possível realizar um amplo trabalho de restauração,  com serviços de recapeamentos nas áreas mais danificadas e manutenção em outros pontos.

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Confira os preços dos produtos comercializados no mercado do produtor de Juazeiro

Depois do final de semana prolongado, o consumidor pode aproveitar para comprar caju no Mercado do Produtor de Juazeiro a R$ 70,00 a caixa com 20kg. Quem preferir pode comprar no quilo ao valor de R$ 3,50. O 4º maior entreposto em volume de comercialização do país funciona de segunda à sexta-feira das 2h da madrugada às 22h e aos sábados até às 17h.

Confira abaixo a cotação completa dos produtos comercializados no Mercado do Produtor. Os preços são resultado de uma pesquisa diária feita no comércio atacadista do Ceasa municipal.

Cotação 13 De Outubro

Projetos de irrigação da Codevasf produziram mais de 3,7 milhões de toneladas de itens agrícolas em 2019

(Foto: Ilustração)

Mais de R$ 3 bilhões em valor bruto de produção (VBP) – isto é, a estimativa do valor total obtido pelos agricultores com a venda da produção agrícola – e cerca de 249 mil empregos diretos e indiretos. Esse foi o saldo alcançado, em 2019, pelos projetos públicos de irrigação implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na bacia do rio São Francisco. Aproximadamente 3,7 milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas, foram produzidos nesses projetos. Os dados foram divulgados pela Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Companhia.

“Temos observado, anualmente, um investimento em tecnologia por parte dos agricultores, o que proporciona melhoria na qualidade dos produtos oriundos dos projetos da Codevasf, trazendo, como consequência, agregação de valor”, destaca o diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Companhia, Luís Napoleão Casado.

A área cultivada em 2019 foi de 99,6 mil hectares, favorecendo 11,4 mil famílias, a maioria produtores familiares, que representam mais de 10 mil. No período, o carro-chefe da produção agrícola continuou sendo a fruticultura irrigada, com destaque para uva, manga e banana, principais culturas do Vale do São Francisco, de acordo com o valor bruto de produção.

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Inovações marcam realização do Congresso Brasileiro de Fruticultura no Vale do São Francisco

(Foto: Divulgação)

A demonstração do uso de drones para aplicação de película que protege as plantas do estresse provocado pelo sol será uma das inovações apresentadas durante o XXVI Congresso Brasileiro de Fruticultura (CBF), que começou no dia 30 de setembro, e vai até 4 de outubro, no Complexo Multieventos da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA).

O equipamento em ação poderá ser conferido no terceiro dia do evento 02). A película é uma espécie de protetor solar, que faz “baixar a temperatura das folhas e aumentar o conforto térmico da planta”, explica o professor Ítalo Hebert Lucena Cavalcanti, Vice-Presidente da comissão organizadora do evento.

Na fruticultura tropical, em especial na praticada nas áreas irrigadas do Semiárido, o emprego de insumos que amenizam o estresse vegetal em culturas como manga e uva durante o ciclo produtivo amplia a produtividade dos pomares e melhora a qualidade das safras colhidas, afirma o professor.

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Vale do São Francisco exporta 9 milhões de caixas de manga por ano para EUA, segundo dados

Workshop é uma iniciativa da NMB (National Mango Board), entidade de fomento ligada ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Segundo maior mercado consumidor final da manga produzida no Vale do São Francisco (depois da Europa), os Estados Unidos compraram da região 9 milhões de caixas, no ano passado. Entre 2005 e 2018, o consumo dos americanos aumentou 87% e hoje já importam apenas do Brasil 115 milhões de caixas da fruta que também é produzida por países como México, Peru e Equador.

Cientes da importância desse mercado, produtores, técnicos e pesquisadores participaram nesta quarta-feira (7) do ‘XI Workshop Internacional da National Mango Board’, em Petrolina (PE). No evento, eles discutiram a melhoria da produção e da qualidade da fruta.

De acordo com o diretor de marketing da instituição brasileira, Caio Coelho, foi a partir dessa parceria que os produtores da região saíram das 500 mil caixas de manga enviadas aos EUA para chegar aos 9 milhões ao ano, em 20 anos.

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Lideranças políticas de Minas Gerais visitam Petrolina em busca de referências para desenvolvimento da fruticultura

(Foto: Alexandre Justino)

A região do Vale do São Francisco é reconhecida nacionalmente pelo potencial no desenvolvimento da fruticultura irrigada, principalmente devido à produção e exportação de manga e uva. Por isso, durante esta semana, Petrolina está recebendo a visita de prefeitos de cinco municípios do estado de Minas Gerais, que vieram conhecer o trabalho aqui realizado. Na tarde de ontem (6), o grupo se reuniu com representantes da Prefeitura de Petrolina, para trocar experiências e buscar inspirações para o desenvolvimento de políticas de incentivo à fruticultura.

Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Emicio Júnior, apresentou o contexto histórico que permitiu o avanço da fruticultura irrigada na capital do Sertão e pontuou as ações da gestão municipal em apoio ao segmento, como a realização bienal da Feira Nacional de Agricultura Irrigada (Fenagri), atuação junto à instituições financeiras para liberação de linhas de crédito, além da articulação política junto a sindicatos, cooperativas de produtores e outras esferas governamentais.

“Quem iria imaginar que uma cidade em pleno sertão pernambucano chegaria aonde Petrolina chegou. Por isso, dizemos que aqui é a terra dos impossíveis. Esperamos ter contribuído e nos colocamos à disposição para transmitir nossas experiências e incentivar o sucesso de outras regiões do país”, afirma o secretário.

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