Rodrigo Maia afirma que pedido de impeachment não pode ser analisado “da noite para o dia”

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou nesta quarta-feira (24) que ainda não decidiu sobre os pedidos de impeachment do presidente da República, Michel Temer.

“Não posso avaliar uma questão tão grave como essa como num drive thru. Não é assim, temos que ter paciência. Estão dizendo que engavetei. Eu não tomei decisão nenhuma. Não é uma decisão da noite para o dia”, disse.

OAB deve protocolar pedido de afastamento de Temer até quinta-feira

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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve protocolar o pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer, até a próxima quinta-feira (25). Para o presidente da entidade, Carlos Lamachia, Temer cometeu crime de responsabilidade ao não informar às autoridades competentes o teor da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, dono da JBS, no Palácio do Jaburu, no início de março deste ano.

“A peça da OAB e a decisão que foi tomada têm como base as declarações do próprio presidente da República. Em nenhum momento, ele nega os fatos e a interlocução que teve. Mesmo que os áudios pudessem ter alguma edição, as próprias declarações do presidente da República reconhecem o diálogo que ele teve com o investigado”, disse Lamachia.

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Senador Humberto Costa acredita na rejeição da reforma da Previdência

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O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), disse, em entrevista à Rádio Senado, que a oposição continuará defendendo a saída de Michel Temer da Presidência da República e a convocação de eleições. Humberto Costa disse ainda que aposta na rejeição da reforma da Previdência após a perda de aliados já no ano que vem. Segundo o senador, o Supremo Tribunal Federal derrubará o teto de gastos públicos.

“A votação dos destaques da proposta da PEC 55 [que limita o teto dos gastos públicos] já foi difícil e no caso da Previdência Social, onde cada um sabe como vai ser atingido por esse processo, vai ser muito mais difícil para o Governo. Dificilmente a proposta que chegou aqui vai ser aprovada nas discussões que estão sendo feitas”, afirmou Humberto.

O senador afirmou ainda que a grande luta da oposição do Governo vai ser, além da bandeira da Previdência Social, a renúncia do Presidente do Brasil, Michel Temer, e a convocação de eleições diretas.

“A luta pela renúncia do Presidente, ou o seu impeachment, e a convocação de eleições diretas será nossa luta nesse próximo ano. Sem legitimidade do voto, sem legitimidade social, é impossível conseguir governar o país”, afirmou o senador.

Com informações da Agência Senado

Partidos apresentam hoje o pedido de impeachment de Temer

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Devem ser apresentados nesta segunda-feira (28) os pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer, que, segundo seu ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, tentou pressioná-lo a cometer um ato de ilícito, para favorecer interesses pessoais do também ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ontem, em entrevista ao Fantástico, Calero disse que Temer e seus ministros lhe propuseram uma “chicana” jurídica para favorecer Geddel.

Um dos pedidos, com apoio de movimentos sociais, como, CUT, MTST, UNE e Central dos Movimentos Populares, deve ser apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Se Geddel saiu do cargo sob a acusação de tráfico de influência e advocacia administrativa, Temer também tem que sair. Os dois são alvos da mesma acusação”, disse Lindbergh em entrevista ao portal Brasil247. “A entrevista que o presidente deu foi um tiro no pé. Reforçou a gravidade das denúncias e a fragilidade do governo”, afirmou o senador.

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Defesa de Dilma protocola último recurso no STF para tentar anular impeachment

Dilma discurso Senado

A defesa da petista argumenta que ela não cometeu nenhum ato que justificasse o afastamento. (Foto: Internet)

Quase um mês depois de o Senado aprovar o impeachment, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou nesta quinta-feira (29) aquele que deve ser o último recurso pedindo a anulação do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O mandado de segurança, com 493 páginas, questiona o que o advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, chama de “falta de justa causa”, isto é, a falta de motivos jurídicos para o afastamento da petista.

Na peça, Cardozo pede que até que o recurso seja julgado em definitivo, seja concedida uma sentença liminar (provisória) para que Dilma possa voltar à Presidência ou para que, pelo menos, o atual presidente Michel Temer volte à condição de interinidade.

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Senador Alvaro Dias vai ao STF contra manutenção dos direitos de Dilma Rousseff

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Para o senador, o destaque feito por petistas e aliados é inconstitucional. (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

Um dia após a decisão do Senado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Alvaro Dias (PV-PR) protocolou nesta quinta-feira (1º) mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da votação em separado sobre a inabilitação de Dilma para exercer cargos públicos. O argumento é de que o desmembramento seria inconstitucional.

“O mandado de segurança pretende extinguir os efeitos da segunda votação de ontem e eliminar esse precedente perigoso do mundo jurídico”, argumentou.

Para o senador, o destaque feito por petistas e aliados é inconstitucional. Alvaro Dias ressaltou que não houve discussão sobre a inconstitucionalidade do pedido depois que o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, declarou o Senado soberano para decidir sobre o tema.

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MST promete ato ‘com sangue nos olhos’

mst

MST prometeu fazer diversas manifestações no país após o impeachment de Dilma. (Foto: Arquivo)

O coordenador Nacional do MST, Alexandre Conceição, afirmou que o movimento vai reagir “com sangue nos olhos”, que manifestações devem recrudescer e que, o grito da Terra, programado para 7 de setembro, este ano retornará com força total. Depois de permanecer durante os últimos anos em banho-maria, as ações do MST deverão retomar as forças, disse.

“Nos últimos anos, diante do crescimento econômico, da distribuição de terra, de fato nossa luta reduziu a intensidade”, disse, numa referência aos governos Lula e Dilma Rousseff. Agora, com o impeachment de Dilma Rousseff e a saída do PT do governo, o movimento sente-se livre de qualquer compromisso. “O povo vai sentir o golpe na pele. Nossa missão é reorganizar as massas. As manifestações vão incendiar, a luta vai se radicalizar para garantir seus direitos que possam ser ameaçados”.

Com informações do Estado de São Paulo

Impeachment no Senado: discurso final de Humberto Costa (PT-PE)

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Ele disse que Dilma tinha pouco tato para negociar cargos. (Foto: Internet)

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que “estamos vivendo a maior das farsas da nossa história recente”. Segundo ele, o Congresso Nacional “nunca engoliu a presidenta Dilma” e “não aceitava o seu modo de lidar com a rotina parlamentar”.

Ele disse que Dilma tinha pouco tato para negociar cargos e emendas em troca de apoio político e que ela é menos flexível, “mas considera-a criminosa, rotulá-la como criminosa, julgá-la como criminosa é uma verdadeira aberração”.

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Impeachment: Fernando Bezerra Coelho votou a favor do impedimento de Dilma

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O senador ressaltou a importância e a necessidade de recuperar a economia do Brasil. (Foto: ASCOM)

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu à Tribuna do Senado para declarar voto favorável ao impedimento definitivo de Dilma Rousseff à Presidência da República. O senador ressaltou a importância e a necessidade de recuperar a economia do Brasil. “Não será fácil. Mas, é nosso dever colocar o Brasil de volta ao equilíbrio fiscal. Não existe contradição entre uma política fiscal responsável e políticas de distribuição de renda e inclusão social”.

Fernando falou sobre sua participação como ministro no governo de Dilma. “Em 2003, participamos da Administração do Presidente Lula e tivemos a oportunidade de compor uma gestão que possibilitou avanços importantes para o Brasil, para o Nordeste e especialmente para o meu Estado de Pernambuco. Com a eleição da Presidente Dilma, tive a honra de participar da sua gestão como ministro da Integração Nacional. Mas o nosso apoio, ressalto, jamais foi desprovido de senso crítico”.

Por fim o senador declarou o seu voto. “Senhor Presidente, votarei a favor do impedimento definitivo e deposito a minha confiança e a minha esperança na construção de um novo momento na vida nacional, que permita ao Brasil se reencontrar com sua trajetória de crescimento e prosperidade”.

 

Impeachment no Senado: discurso final de Armando Monteiro (PTB-PE)

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“A denúncia está indisfarçavelmente embalada por motivações de natureza política”, disse. (Foto: Internet)

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) afirmou que Dilma foi presidente legitimamente eleita e que “não podem restar incertezas e dúvidas sobre as interpretações jurídicas que moldam este processo”.

“A denúncia está indisfarçavelmente embalada por motivações de natureza política”, disse. “Não tenho dúvida de que a crise política afetou de forma grave o desempenho da economia e agravou o quadro recessivo”, afirmou. Segundo ele, porém, houve superávit primário no primeiro quadriênio do governo Dilma.

Fonte G1

Impeachment: Senado termina debate e votação será a partir das 11h

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A sessão começou às 10h26 desta terça-feira (30) e terminou após as 2h30 desta quarta. (Foto: Internet)

Depois de 14 horas de reunião, o Senado concluiu na madrugada desta quarta-feira (31) a última etapa de discussão do processo de impeachment antes do início do processo de votação, marcado para a manhã desta quarta. A sessão começou com debate entre defesa e acusação e, em seguida, 63 senadores discursaram, por até 10 minutos cada um, sobre o processo.

A sessão começou às 10h26 desta terça-feira (30) e terminou após as 2h30 desta quarta, após dois intervalos que somaram cerca de duas horas. Às 11h, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, reabrirá a sessão para o início do processo de votação.

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Lindbergh Farias diz que impeachment é golpe para ‘varrer’ direitos dos trabalhadores

(Foto: Agência Senado)

Lindbergh acrescentou que o Senado é um tribunal de exceção. (Foto: Agência Senado)

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, nesta quarta-feira (30), que o impeachment é um golpe de classe contra os trabalhadores, negros, mulheres e contra a juventude. Ele declarou que as elites que tentam tirar Dilma Rousseff da Presidência não aceitam a ascensão que os pobres tiveram no governo petista, já que sempre viram a classe trabalhadora como um problema e não como uma solução.

“É um golpe contra o Brasil para todos. É um golpe por um Brasil para poucos. A História será implacável e cobrirá de vergonha todos os que cometeram essa grosseira injustiça como já fez com torturadores e ditadores do passado”, disse.

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Impeachment: advogados de defesa e acusação apresentam últimos argumentos nesta terça-feira

Senado cassa Delcídio

Cada um terá uma hora e meia para reforçar suas teses. (Foto: Internet)

Encerrada a fase do interrogatório das sete testemunhas e informantes e da presidente afastada Dilma Rousseff, a próxima etapa do julgamento do impeachment será o debate entre os advogados da defesa e da acusação, marcado para esta terça-feira (30).

Cada um terá uma hora e meia para reforçar suas teses, mais uma hora de réplica e tréplica. No entanto, um acordo pode fazer com que os advogados abram mão desses 60 minutos finais.

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‘Lamento não ter percebido que Temer era golpista’, diz Dilma

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A presidente afastada Dilma Rousseff demonstrou arrependimento por ter escolhido Michel Temer como vice. (Foto: Internet)

A presidente afastada Dilma Rousseff demonstrou arrependimento por ter escolhido Michel Temer, o atual presidente interino, como seu vice nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014. Questionada pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF) sobre quais qualidades havia enxergado em Temer para se associar a ele, Dilma respondeu que lamentava não ter se dado conta de que o vice poderia se tornar “golpista e conspirador”.

“Michel Temer foi escolhido para ser meu vice porque supúnhamos que ele era integrante do PMDB democrático, progressista e transformador. Mas isso começou a mudar entre o fim do primeiro mandato e o início do segundo. Eu lamento muito por ter construído essa hipótese de que o vice representava o centro democrático que até então havia dado governabilidade ao país”, disse ela.

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Senadores são juízes e não acusadores, adverte Ricardo Lewandowski

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Ao responder uma questão de ordem apresentada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o ministro Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir a sessão de impeachment, advertiu aos parlamentares que eles são juízes e não acusadores de Dilma Rousseff.

Com base nessa premissa, ele disse acreditar que não haverá injúrias ou ofensas de qualquer uma das partes durante essa fase de interrogatório.

Aloysio Nunes quis saber se os senadores teriam o direito de evocar o inciso 8º do artigo 14 do Regimento Interno do Senado, que garante a palavra por cinco minutos ao parlamentar que for citado nominalmente em um discurso.

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