Renda habitual média dos brasileiros cresceu 3,1% de 2022 para 2023

Estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta um crescimento de 3,1% na renda habitual média do trabalhador brasileiro em 2023 frente a 2022. A pesquisa, divulgada nessa sexta-feira (8), tem como base os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

As estimativas mostram que o rendimento habitual médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100) foi 0,7% maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078) e 3,9% superior ao valor de dezembro de 2022 (R$ 2.985). Em janeiro de 2024, a estimativa mensal avançou para R$ 3.118. De acordo com o Ipea, no segundo trimestre de 2023, a renda média ficou acima da observada no mesmo trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia (0,6%). Já no quarto trimestre de 2023, superou o mesmo trimestre de 2019 em 2,1%.

“O rendimento habitual refere-se à remuneração recebida por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, ou seja, sem parcelas que não tenham caráter contínuo”, informou o instituto.Perfil Os maiores aumentos na renda em comparação ao quarto trimestre de 2022 foram registrados nas regiões Norte (4,1%) e Nordeste (4%), entre os trabalhadores de 40 a 59 anos (4,1%), com ensino médio completo (3,2%).

Apenas os trabalhadores que têm no máximo o ensino fundamental completo apresentaram queda na renda. O crescimento foi menor para os que vivem no Sul e Centro-Oeste, os maiores de 60 anos, homens e chefes de família.

Ainda de acordo com o estudo, os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres registraram crescimento interanual maior que os dos homens ao longo de todos os trimestres de 2023 – revertendo o desempenho de anos anteriores. No quarto trimestre, o aumento entre as mulheres foi de 4,2%, contra 2,5% de alta na renda média habitual dos homens.

Setores
Empregados do setor privado sem carteira apresentaram um maior crescimento interanual da renda no quarto trimestre de 2023 (6,9%). Depois de alguns trimestres com forte elevação nos rendimentos, os trabalhadores autônomos obtiveram um aumento de 0,3% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já os trabalhadores do setor público e os empregados com carteira assinada registraram altas de 3,9% e 2,1%, respectivamente.

No recorte por setor, no quarto trimestre de 2023, houve queda da renda no transporte (-1,7%) e na construção (-3,8%), em relação ao mesmo período de 2022. Já os trabalhadores da indústria (5,7%), do comércio (5,9%) e da administração pública (4,6%) obtiveram as maiores altas no último trimestre do ano passado.

“Outro ponto positivo foi a recuperação da renda na agricultura (0,9%), após uma forte queda de 4,6% no trimestre anterior”, destacou o Ipea.

Agência Brasil

Butantan desenvolve teste que detecta leptospirose em estágio inicial

O Instituto Butantan desenvolveu um exame pioneiro que será capaz de detectar a leptospirose no estágio inicial. Com isso, o tratamento poderia ser iniciado precocemente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Isso será possível por meio de uma proteína desenvolvida em laboratório por pesquisadores do Butantan. Essa nova tecnologia se mostrou superior ao teste convencional recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção da doença e que só identifica anticorpos quando a infecção já está avançada, o que prejudica o tratamento.Segundo o Butantan, o novo exame foi capaz de detectar a doença em mais de 70% dos pacientes que tinham obtido resultados falsos negativos nos primeiros dias de sintomas. Outro aspecto positivo do exame é que ele mostrou 99% de especificidade, ou seja, detectou especificamente os anticorpos contra a leptospirose, sem demonstrar reação cruzada com outras doenças infecciosas como dengue e malária.

O teste utiliza uma proteína quimérica recombinante, construída de forma sintética e denominada rChi2. Ela foi criada pelo grupo da pesquisadora Ana Lucia Tabet Oller Nascimento, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan. O estudo foi publicado na revista Tropical Medicine and Infectious Disease, e os pesquisadores depositaram um pedido de patente em março de 2023.

Agora, o objetivo do Butantan é desenvolver um teste rápido utilizando a mesma proteína quimérica, semelhante aos testes que são feitos para detecção da covid-19 em farmácias. No entanto, em vez de secreção nasal, a coleta poderia ser feita por meio da urina ou sangue.

Causada por bactéria
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, chamada Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais. Ela é transmitida ao homem principalmente em enchentes ou contato com água contaminada. A OMS estima que cerca de 500 mil novos casos ocorram em todo o mundo a cada ano.

Os sintomas principais da doença são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo (principalmente na panturrilha), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. A leptospirose pode evoluir para a forma grave e afetar diferentes órgãos, principalmente fígado e rins, podendo levar à morte.

Agência Brasil

Procon de Juazeiro realiza pesquisa de preços de material escolar

 

Com o início do ano e a proximidade de volta às aulas, o Procon de Juazeiro – órgão vinculado à prefeitura, realizou uma pesquisa de preços dos materiais escolares. Mais de 280 itens que compõem a lista de materiais de escolas integraram a pesquisa, a exemplo de cadernos, lápis, mochilas, estojos, canetas, entre outros. A proposta da pesquisa de preços do Procon é orientar os pais na hora da compra do material escolar.

De acordo com o coordenador executivo do Procon de Juazeiro, Carlos Macedo, a pesquisa foi realizada no dia 9 deste mês e a equipe do órgão percorreu cinco estabelecimentos. “A pesquisa serve para ajudar os pais na hora da compra destes materiais, dando parâmetros para que eles possam economizar, comprando nos locais com preço melhor. É importante que os pais façam pesquisa em vários estabelecimentos, na internet e planejamento para a compra”, explicou Carlos Macedo. A lista completa da pesquisa em anexo.

Dicas e Recomendações

Além da pesquisa, o coordenador do Procon também ressaltou algumas dicas valiosas que podem ajudar na hora da compra do material escolar, tais como planejamento e pesquisa nas lojas físicas e virtuais, compra com antecedência para encontrar preços mais viáveis e analisar com mais calma, agrupamento de pais para compra coletiva que proporciona poder maior de barganha nos preços. “Os pais também precisam ter em mente a respeito da utilização das sobras de materiais do ano anterior e a compra de livros usados”, disse Carlos Macedo. Importante destacar que produtos com marcas licenciadas têm preços mais altos.

O que não pode

O Procon de Juazeiro também orienta que o material escolar pode ser entregue conforme cronograma escolar; a escola não pode cobrar produtos de uso coletivo, tais como produtos de higiene, limpeza, materiais de escritório, pincéis de lousa, por exemplo; as escolas não podem obrigar que os pais comprem determinada marca ou que a compra seja, obrigatoriamente, realizada na escola ou em determinada loja; a escola não pode cobrar taxa de material se não der alternativa da compra de material pela lista.

Também é proibido que a escola cobre taxa para uso de água e energia elétrica. “É bom lembrar que o que sobrar do material entregue deve ser devolvido no final do ano. Além disso, as instituições de ensino têm obrigação legal de apresentar o plano pedagógico vinculado com a lista de itens do material escolar e os pais devem observar se os itens comprados têm o selo do Inmetro”, disse. Para compras fora do estabelecimento comercial (internet ou telefone), o consumidor tem um prazo de 7 dias contados a partir do recebimento do produto para desistir da compra.

Denúncias

Podem ser feitas através do número (74) 3611-0109 ou presencialmente na sede do Procon, de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h, localizada à Rua Minas Gerais, nº 46, 4º andar, Edifício Centro Médico e Empresarial Renato Cerqueira, bairro Santo Antônio, vizinho à Galeria Rio Fitness.

Amanda Franco/Ascom

Pesquisadores desenvolvem hidrogel anti-inflamatório de baixo custo

Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um hidrogel de baixo custo com ação anti-inflamatória capaz de ajudar a tratar feridas crônicas na pele, especialmente recomendado para pacientes com diabetes. Elaborado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista  e da Universidade Federal de São Paulo, o produto contém aminoácidos que vão do número dois ao 26 na cadeia de peptídeos e que forma a proteína AnxA1, necessária para diminuir as células inflamatórias.

O efeito da substância foi avaliado em testes com camundongos que tiveram um quadro semelhante ao do diabetes tipo 1 induzido. Três dias após o início do uso do novo hidrogel, a redução da inflamação começou a ser percebida. Após 14 dias, as feridas estavam completamente cicatrizadas. Camundongos que não passaram por nenhum receberam apenas aplicação de um hidrogel simples, sem a proteína, tiveram características comuns da fase aguda da inflamação, com lesões mais intensas no terceiro dia.

Segundo a pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce-Unesp) e coordenadora do estudo, Sonia Maria Oliani, esse novo hidrogel é altamente absorvente, mantém o meio úmido ideal para a cicatrização e mostra eficiência para levar ao processo de cicatrização completa da lesão, com redução de tempo de cicatrização.

A coordenadora explica em nota que o gel ainda está em período experimental, na parte pré-clínica, mas tem uma possibilidade muito grande de entrar no comércio assim que tiver passado pela fase clínica, quando é testado em pessoas . Em seguida, é necessária autorização para a produção.  Algumas  indústrias mostraram interesse no novo produto, mas ainda não há previsão de quando estará disponível e nem o preço.

A nota ainda destaca o novo hidrogel é de fácil produção e baixo custo, o que o torna muito viável economicamente. Os resultados dos testes em animais foram divulgados na revista Biomedicine & Pharmacotherapy.  O estudo é feito com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Diabetes
Para quem sofre de diabetes, o processo de cicatrização de lesões é mais complicado porque a hiperglicemia aumenta a produção de substâncias oxidantes e, ao contrário da cicatrização normal, as feridas diabéticas têm resposta inflamatória maior e o processo da formação de vasos sanguíneos é prejudicado.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o sexto país em número de pessoas com a doença, que atingiu proporções epidêmicas e se tornou a quinta causa de morte no mundo. São 17,7 milhões de indivíduos sofrendo diariamente com as alterações metabólicas, como nefro e neuropatias e dificuldades na cicatrização de feridas. Estima-se que um entre cinco pacientes com diabetes possa desenvolver feridas crônicas, como a úlcera do pé diabético.

Agência Brasil

Plataforma pretende reunir pesquisas sobre a Doença de Chagas

Com objetivo de reunir o conhecimento produzido a respeito da Doença de Chagas, a organização não governamental (ONG) Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, em inglês) lançou uma plataforma voltada para a América Latina. O projeto é uma iniciativa do consórcio Lead Optimization Latin American (Lola), que reúne instituições como Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP).

O diretor da DNDi, Jadel Kratz, explica que a plataforma Open Chagas vai permitir a troca de informações entre diversos grupos de pesquisa e instituições para aprimorar o tratamento contra a doença. “É um projeto de ciência aberta, que visa abrir um canal seguro e estruturado para os pesquisadores de toda América Latina compartilhem os seus projetos de pesquisa acadêmica, que são realizados nas universidades com o time da DNDi para poder trabalhar juntos nesse objetivo comum de desenvolver novos tratamentos”, disse em entrevista à TV Brasil.

O consórcio Lola foi criado há 10 anos para ajudar no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para doenças que atingem grandes populações, mas que têm pouca atenção da indústria comercial, devido ao baixo retorno financeiro. “Existe um grupo de doenças, as doenças negligenciadas, que são um grupo por volta de 20 doenças, que afetam populações mais pobres e que moram em áreas de infraestruturas mais precárias”, disse Kratz nominando enfermidades como a Doença de Chagas, a leishmaniose e a hanseníase.

A iniciativa recebe ainda financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo Barbeiro, inseto semelhante a um besouro. A infecção pode afetar diversos órgãos, como o sistema digestivo e o coração. Segundo o Ministério da Saúde, existem aproximadamente 1 milhão de pessoas com a doença no Brasil, que causa cerca de 4,5 mil mortes por ano.

Em todo o mundo, de acordo com o diretor da DNDi, existem cerca de 1 bilhão de pessoas afetadas por doenças negligenciadas.

Agência Brasil

Estudo aponta perfil de quem compartilha notícias falsas sobre vacinas

Pessoas entre 35 anos e 44 anos de idade, educação inferior ao ensino médio, das classes D ou E, independente de sexo, e que frequentam igrejas evangélicas, são as que mais compartilham notícias falsas sobre vacinas no Brasil. O perfil foi delineado pelo estudo A Comunicação no Enfrentamento da Pandemia de Covid-19, realizado em agosto, no Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS/UnB), que ouviu 1.845 pessoas com acesso à internet.

“Não quer dizer que pessoas que têm essas características são pessoas que automaticamente compartilham notícias falsas, mas o contrário, que pessoas que compartilham esses tipos de desinformação sobre vacinas costumam ter essas características”, explicou o pesquisador que está a frente do estudo e coordenador do CPS/UnB, Wladimir Gramacho.

Segundo o pesquisador, quando comparado a outros levantamentos que também trataram sobre desinformação na internet, é possível observar que o comportamento de pessoas que divulgam informações incorretas, ou notícias falsas, variam conforme o tema. De acordo com Wladimir, quando o tema político é observado, há uma tendência de pessoas idosas mais facilmente compartilharem notícias erradas, mas quando o assunto é vacina esse padrão é diferente no Brasil, inclusive quando comparado a pesquisas realizadas em outros países.

“A principal explicação para isso talvez seja o fato de pessoas mais velhas terem sido socializadas em uma época em que o país viveu grandes conquistas no seu Programa Nacional de Imunizações”, disse.

Metodologia
Para seleção da amostra nacional, os pesquisadores utilizaram um cadastro online com mais de 500 mil inscritos, no qual foram aplicadas cotas de gênero, idade, região e classe social para representar adequadamente a população brasileira. Os participantes selecionados responderam um questionário online no qual foram convidados a compartilhar 12 notícias sobre vacinas, identificadas apenas pelo título, sendo metade com conteúdo verdadeiro e outras seis falsas.

De todos os pesquisados, 11,3% informaram que compartilhariam ao menos uma das notícias falsas e 3,7% informaram que compartilhariam cinco das notícias inverídicas.

Hábitos de mídia
Na amostra também foram analisados os hábitos de uso de mídias das pessoas que afirmaram que compartilhariam as notícias falsas. Os pesquisadores puderam observar que as pessoas que mais espalhariam desinformação são as que têm nas mídias digitais a principal fonte de informação. “São usuários mais frequentes de plataformas como Telegram e Tik Tok que têm maior tendência de compartilhar notícias falsas sobre as vacinas”, disse Wladimir.

Quando os pesquisadores analisaram o comportamento de uso da televisão, principal meio de informação no país, eles verificaram que, na comparação entre os que declararam fazer parte da audiência do Jornal Nacional e os que declararam fazer parte da audiência do Jornal da Record, os primeiros tiveram a metade das chances de divulgarem notícias falsas.

Para os analistas, uma possível justificativa para esse comportamento seria um processo de exposição seletiva dos brasileiros entre esses dois telejornais. “A audiência mais frequente do Jornal da Record reúne pessoas simpatizantes do governo Jair Bolsonaro, que foi um governo que difundiu muitas informações incorretas sobre as vacinas e que, ele próprio, fez campanha contra a vacinação”, destaca Wladimir.

Seminário
No dia 7 de novembro, uma análise sobre as possibilidades de intervenção para diminuir a divulgação de informações incorretas nos meios digitais será divulgada pelos pesquisadores durante o 2º Seminário A Desinformação Científica como um Problema Público Transnacional, que acontecerá na Faculdade de Comunicação da UnB.

Agência Brasil

IPA retoma pesquisas com raças bovinas leiteiras para oferecer material genético a pequeno produtor de Pernambuco

Dono de uma dos maiores bancos genômicos do Brasil na área de gado leiteiro adaptados ao clima do Nordeste, o Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco (IPA) está retomando suas pesquisas nas unidades de São José do Belmonte, Arcoverde e Serra Talhada visando passar a oferecer ao pequeno produtor material genético para melhoria de seu plantel de modo a melhorar sua produtividade.

Nos últimos meses, os pesquisadores do IPA se dedicaram a fazer uma seleção de animais das raças Holandesa, Girolando e Guzerá de modo a que eles passem o oferecer material genético aos produtores através de lâmina de sêmen e embriões produzidos nos laboratórios do IPA a preços mínimos sempre acompanhados de assistência técnica.A diferença desse material genético para os oferecidos no mercado pelo setor privado além do menor preço é a origem da captação já que ele é colhido de animais que o IPA vem trabalhando há várias há décadas de modo que o toros e vacas de raças tradicionais estão adaptados geneticamente às condições climáticas do Nordeste.

O IPA possui uma plantel de animais de gado Holandez de pura linhagem com muitas premiações. Na unidade de São José do Belmonte o trabalho foi feito com os animais do IPA da raça Holandesa que existe na Estação de Pesquisas desde 1935 e cuja adaptação se deu ao longo de quase 90 anos de modo que o sêmen oferecido aos produtores é de animais inteiramente aclimatados.

No caso dos animais da raça girolando, o trabalho foi feito na Estação de Arcoverde e no de Serra Talhada com a Guzerá todos focados na produção de leite. O objetivo do IPA é passar a oferecer sêmen para serem introduzidos nos animais do pequeno produtor assim como, em breve, embriões de modo a ganhar qualidade no material do rebanho. Segundo o presidente do IPA, Joaquim Neto, a diferença do material genético que a instituição oferece está exatamente na seleção de animais dessas raças para leite que foi feita ao longo de décadas.

O IPA detém o maior banco de germoplasma do Nordeste, além de semem pode produzir embriões de modo a antecipar a melhoria da qualidade dos produtores que hoje só podem contar com produtos de animais de outras regiões oferecidos pelo mercado privado. O objetivo do IPA é a partir já no início de 2024 oferecer esse material aos pequenos produtores acompanhado de assistência técnica. O IPA tem 12 estações de pesquisa espalhadas pelo estado onde ao menos em três delas existem animais puros de origem (PO) que foram sendo aclimatados ao longo do tempo constituindo a base de material genético diferenciado. A oferta desses produtos é dar maior suporte a bacia leiteira de Pernambuco que é a maior do Nordeste e estava sem ter acesso a esse material.

JC Online

Covid-19: pesquisa reforça segurança de vacinas para gestantes e bebês

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforçou as evidências científicas de que as vacinas CoronaVac e Pfizer contra covid-19 são seguras para gestantes e bebês, independentemente da fase da gestação. O trabalho faz parte do projeto Vigivac e foi publicado no periódico científico International Journal of Epidemioloy, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O pesquisador Manoel Barral, um dos que assina o artigo, considera que o trabalho é mais uma evidência da segurança do uso das vacinas contra a covid nessa população, que merece atenção especial pelas suas características imunológicas. “As vacinas [contra a covid] usadas no Brasil são efetivas e seguras”, assegurou.

Resultados

Os dados apontam que a vacinação contra covid-19 não aumenta o risco de resultados adversos no nascimento. Não foi encontrado um aumento significativo de bebês com nascimento prematuro, com baixo peso ou pequeno para a idade gestacional, com Apgar abaixo de cinco (escala de avaliação clínica rápida de recém-nascidos) ou de morte neonatal.

Além disso, foi constatada uma proteção leve, mas consistente, contra o nascimento prematuro em mulheres que receberam diferentes plataformas de vacinas durante o terceiro trimestre de gravidez. As conclusões partem de dados de mais de 17 mil nascidos vivos no Rio de Janeiro em 2021, em uma parceria com a prefeitura carioca.

Agência Brasil

IBGE abre seleção simplificada para agente censitário de pesquisas, com remuneração de R$ 3.100

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou edital, nesta segunda (24), para seleção simplificada de Agente Censitário de Pesquisas e Mapeamento (ACMAP). São cinco vagas para o Recife, sendo três para ampla concorrência; uma para pessoas pretas e pardas; e uma para pessoas com deficiência. Para se candidatar é preciso ter completado o ensino médio.

As pessoas contratadas vão da apoio ao IBGE em ações que acontecem depois do Censo Demográfico. As inscrições vão até o dia 13 de agosto e custam R$ 30. O edital está disponível na internet.

As pessoas aprovadas receberão remuneração de R$ 3.100 e benefícios como auxílio-alimentação (R$ 658), auxílio-transporte e auxílio pré-escolar. O contrato tem duração de até um ano, podendo ser renovado por mais dois anos. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais (oito horas por dia).

As provas acontecerão em 24 de setembro, das 13h às 17h (horário de Brasília), e o resultado final tem previsão de divulgação em 25 de outubro. O conteúdo das provas inclui Língua Portuguesa, Matemática e Raciocínio Lógico, Ética no Serviço Público e Geografia.

G1 Pernambuco

Jovens devem ser ouvidos sobre soluções para os nem-nem

Os jovens brasileiros estão em desalento, e é preciso ouvi-los para construir soluções. A análise é da pesquisadora Mônica Peregrino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), especialista em juventude, mas também está na voz de lideranças juvenis que alertam para o desperdício de talentos, da força e da energia dos jovens.

Em mais uma reportagem da série especial sobre jovens nem-nem, a Agência Brasil ouviu especialistas e jovens que apontaram políticas necessárias para enfrentar a falta de oportunidades que atinge 36% dos jovens brasileiros, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Estudar e trabalhar é uma característica muito singular do jovem brasileiro, trabalhar é uma parte bastante importante da identidade dos jovens, ao contrário de outros países”, pontua a professora da Unirio, Mônica Peregrino. No artigo Tendências na Transição Escola-Trabalho, ela apresenta a situação do jovem brasileiro na pesquisa das juventudes Ibero-Americanas. De acordo com o estudo, que ainda será publicado, o jovem brasileiro, principalmente os mais pobres, sofrem ausência de integração.

“Não estudar e não trabalhar é presente em todas as faixas socioeconômicas: se vê que é praticamente residual entre os grupos mais providos, mas três vezes maior nos grupos mais pobres. Não é uma questão de desejo pessoal, esses jovens têm uma dificuldade de engajamento institucional.”  O estudo mostra ainda como se dá a transição entre a escola e o mercado de trabalho. “No estudo se vê claramente que a transição para os mais ricos é suave, já essa transposição dos jovens mais pobres, é muito mais abrupta e sem a mediação da possibilidade de estudar e trabalhar”, observa Mônica.

A pesquisadora lamenta, no entanto, que, entre os jovens mais pobres, esta situação de nem estudar, nem trabalhar os deixa à margem da sociedade. “As consequências para os mais pobres, as mulheres, e principalmente entre pretos e parte dos pardos, é que se faz uma transição para a vida adulta por fora dos engajamentos sociais regulares, como escola e trabalho, portanto por fora das políticas públicas, dos direitos de cidadania, que são questões de integração.”

Na avaliação de Mônica Peregrino, as últimas reformas no país dificultaram a manutenção do jovem na escola e a entrada no mercado de trabalho. “A reforma do ensino médio, que estabelece um tempo maior de estudo dos jovens, está, em contrapartida, diminuindo significativamente, em nível dos estados, a escolarização regular noturna, isso é empurrar esses indivíduos que estavam tentando se integrar”, adverte. “Já a reforma trabalhista precarizou um trabalho que já era bastante problemático e piorou a qualidade do trabalho para os jovens.”

Diante disso, o que se vê é o desalento da juventude. “Existe um movimento em busca de integração, mas existe um desalento juvenil, um cansaço, uma falta de horizonte, estes últimos anos cobram seu preço, e os efeitos disso é que há muito mais dificuldades desses jovens para se integrarem às possibilidades plenas da sociedade”, considera a professora.

Para desenvolver ações eficazes, segundo ela, é preciso ouvir os jovens. “Temos que ouvir os jovens e as suas necessidades específicas. Por exemplo, muitas mulheres jovens têm dificuldades de estudar porque não têm com quem deixar suas crianças, então precisamos de creches ou espaços que possam comportar os cuidados dos filhos dessas mulheres, seria um elemento importante.”

Ações de incentivo e estímulo ao aprendizado também podem ter bons resultados, opina Mônica Peregrino. “Ter uma política de reavivamento de ensino de jovens e adultos seria outro elemento importante, porque essas pessoas que estão à beira da sociedade entram nesses espaços pelas instituições que conseguem compor as beiradas. São necessárias políticas de suporte para a educação, para o trabalho e de suporte à composição entre estudo e trabalho, principalmente que garantam que o jovem vai poder estudar e trabalhar ao mesmo tempo.”

Políticas de permanência
Na opinião da recém-eleita presidente na União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirela, é preciso aproveitar o momento para avançar economicamente e assim, envolver os jovens.

“O Brasil atravessa a sua janela demográfica – momento em que a população economicamente ativa é a maior que todo o restante – e é neste momento que o país pode produzir, avançar economicamente, criar reservas para quando entrarmos no ônus demográfico previsto para a próxima década”, ressalta.

“Os chamados nem-nem representam uma grande preocupação e é, sobretudo, um grande desperdício da força e energia da juventude, tanto para o jovem, que se vê em meio ao trabalho precarizado para gerar renda e sem perspectivas, quanto para o desenvolvimento nacional para essa e as próximas gerações”, completa.

Para Manuella, o momento é de retomar os incentivos aos jovens. “Precisamos de agenda de retomada para o trabalho decente, para conter o avanço da ‘uberização’, programas para conter evasão escolar e universitária – as políticas de permanência – e um ensino médio com foco em formação técnica sem negligenciar as disciplinas tradicionais”, afirma.

Presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz ressalta a evasão do jovem da escola. “O ensino médio é um gargalo educacional, em que temos índices de evasão muito altos – 500 mil por ano. A ideia é que essa etapa aprimore o pensamento crítico, ofereça base para as graduações e prepare para o mundo do trabalho. Porém, não acontece. Muitos estudantes abandonam a escola para gerar renda para suas famílias, porém acabam caindo no trabalho precarizado, autônomo, sem direitos trabalhistas.”

Jade lamenta que a condição precária e, portanto, fora das estatísticas, levam esses jovens para essa situação. “Assim, se enquadram no nem-nem, quando, na verdade, estão vivendo o extremo da ‘uberização’ – e sem qualquer condição de continuar a formação, quanto mais seguir para a graduação.”

A solução, no entendimento dela, é o investimento na educação. “Pensando na etapa do ensino médio, o Brasil precisa de investimentos em escolas técnicas, para conter essa evasão e garantir que esse estudante possa migrar do trabalho precarizado para o decente, obter renda, ser força de trabalho para o desenvolvimento nacional e ainda seguir para o ensino superior”.

Agência Brasil

Pernambuco registrou 25 mil casos de violência doméstica e familiar contra mulheres até o mês de junho

O número de denúncias de violência contra a mulher cresceu em Pernambuco em comparação com o ano passado. Entre janeiro e junho de 2022, o estado havia registrado 20.290 casos deste tipo, enquanto em 2023 já são 25.207 ocorrências – um aumento de 24% neste tipo de violência contra as mulheres.

Especificamente em relação aos casos de feminicídio, o número caiu de 40 casos, entre janeiro e junho de 2022, para 30 crimes do tipo, este ano. Uma redução de 25% no número de denúncias. Os casos de crimes violentos letais intencionais contra as mulheres também aumentaram em Pernambuco. São crimes como homicídio, latrocínio, feminicídio e lesão corporal seguida de morte. Em 2022, foram 126, até o mês de junho; nos seis primeiros meses deste ano, somam 134. Somando todas as ocorrências, o estado registrou, em 2022, 43.933 casos de violência contra a mulher.

“Ele chegou a pegar uma faca quando estava comigo em outra residência, depois quando viemos morar mais perto dos familiares aconteceu que ele pegou uma arma, se trancou comigo dentro do quarto e engatilhou aquela arma prometendo que ia tirar a minha vida e a vida dele”, disse, em entrevista à TV Globo, uma mulher que foi casada por 11 anos e pediu para não ser identificada.

Outra vítima, atendida pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher no município de Paulista, no Grande Recife, contou as agressões psicológicas que sofreu durante quatro anos e meio de casamento. Ela contou que o ex-companheiro a proibia de sair com os amigos, alegando que estava cuidando dela e que foi difícil identificar que era uma relação abusiva.

“Ele ficava me diminuindo, dizendo que eu tava gorda, falando da minha aparência. (…) Ele ficava dizendo que estava preocupado; só que era um cuidado excessivo e às vezes também chegou a dar murro na parede pegando no meu pescoço com um pouco mais de força. Eu dizia que estava machucando, mas ele continuava fazendo”, disse, também pedindo para não ser identificada. A secretaria da Mulher de Pernambuco lançou o projeto “Pernambuco: lugar de respeito às mulheres”, para tentar reduzir os índices de violência contra a mulher no estado.

Segundo a secretária Regina Célia Almeida, o objetivo é fazer as pessoas falarem mais sobre o que é e como acontece a violência contra a mulher. “Se não diretamente, através de uma ouvidoria, através do WhatsApp, através dos centros de atendimento a mulheres em situações de violência. Trabalhar na prevenção para que as pessoas tenham mais esclarecimentos sobre a violência; ao mesmo tempo divulgar mais, para que mais pessoas falem que estão sofrendo violência”, detalhou Regina Célia.

G1 Pernambuco

Petrolina registrou 83 homicídios no primeiro semestre; maioria das vítimas tinha entre 21 e 30 anos

Na madrugada do dia 12 de janeiro, um homem de 24 anos foi assassinado a tiros no bairro João de Deus, em Petrolina, no Sertão. Esse foi o primeiro dos 83 homicídios registrados no município nos seis primeiros meses de 2023, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS). Em todo estado, foram contabilizados 1.776 assassinatos.

Dentre as 83 vítimas, a mais nova era uma criança de apenas um ano de idade. A menina foi assassinada na madrugada do dia 7 de março, no Residencial Nova Vida 1. Além dela, foram mortas a mãe, de 19 anos, e uma mulher trans, de 23. Todas foram executadas a tiros. O acusado de cometer o triplo homicídio foi preso no dia 12 de maio, em uma operação da Polícia Civil, batizada de “Na Mira”.

O caso do Residencial Novo Tempo não foi o único triplo homicídio registrado em Petrolina no primeiro semestre. No feriado da Sexta-feira Santa, no dia 7 de abril, três pessoas da mesma família foram mortas. As vítimas, eram uma mulher de 55 anos, o filho dela, de 33, e a neta, uma adolescente de 12 anos. A família dormia em uma casa de taipa, na antiga Fazenda Butiá II, BR-407, saída para Afrânio, quando foi surpreendida pelos tiros. Não há informações sobre autoria e motivação do crime.

A mulher de 55 anos é a pessoa mais velha entre os 83 mortos violentamente em Petrolina entre janeiro e junho. A média de idade das vítimas é de 31,02 anos. Dois homens não tiveram a idade revelada.

Segundo o levantamento da SDS, 28 vítimas eram jovens entre 21 e 30 anos, seguido por 24 pessoas entre 31 e 40 anos. Confira os dados completos no gráfico abaixo.

Faixa etária das vítimas de homicídios em Petrolina no primeiro semestre de 2023

1 a 10 anos: 211 / a 20 anos: 1121 / a 30 anos: 2831 / a 40 anos: 2441 / a 50 anos: 13 / Acima de 51 anos: 3 / Idade não revelada: 2
Fonte: Secretaria de Defesa Social de PE

Os homens são maioria entre os mortos. Nos seis primeiros meses de 2023, foram 71 assassinatos. No mesmo período, 11 mulheres e uma mulher trans tiveram a vira abreviadas pela violência.

Abril violento
Abril foi o mês mais violento de Petrolina no primeiro semestre. 20 pessoas foram assassinadas. Em seguida, vem fevereiro, com 17 mortes violentas. Com 16 homicídios, maio fecha o ranking. Com oito mortes cada, janeiro e junho foram os meses menos letais.

G1 Petrolina

Robô explorador da Nasa encontra matéria orgânica em Marte

O robô explorador da Nasa encontrou matéria orgânica em Marte. O achado foi publicado na revista científica “Nature”, nessa quarta-feira (12).  O material foi localizado pelo robô Perseverance, lançado pela empresa em 2020, com o objetivo se buscar vestígios de vida em Marte, e que pousou no ponto investigado em 2021.A matéria orgânica foi achada na Cratera Jezero, que foi um lago há bilhões de anos, é o que sugere o “Sherloc”, instrumento capaz de mapear e analisar minerais de moléculas orgânicas.

A hipótese se baseia na interação entre água e rocha, depósitos de poeira interplanetária e possível colisão de meteoros. As buscam pretendem entender a formação e evolução do planeta, além de seus processos geológicos ao longo do tempo e possibilidade de vida.

Portal Folha de Pernambuco

 

Em seis meses, número de ataques em escolas já supera 2022 e bate recorde

O ataque a tiros ocorrido nesta vsegunda-feira, 19, em uma escola em Cambé, no Paraná, que deixou uma aluna morta e um aluno gravemente ferido, foi o sétimo desse tipo registrado neste ano no Brasil. Segundo o Instituto Sou da Paz, que em abril passado lançou um estudo reunido informações sobre ataques praticados dentro de escolas brasileiras desde 2002, este é o recorde de casos em um mesmo ano.

Em apenas seis meses já foram registrados mais casos do que no ano inteiro de 2022, até então o recordista, com seis ataques em escolas. O terceiro ano com mais casos foi 2019, com três episódios.

Dos 22 anos analisados, em 12 não houve nenhum ataque em escolas Em 2002 ocorreu um caso, em 2003 mais um, em 2011 foram dois, em 2012 houve um, em 2017 mais um, em 2018 também um, em 2019 foram três, em 2021 ocorreram dois, em 2022 foram seis e este ano já soma sete casos.

Desde 2002 foram contabilizados 25 ataques, com 139 vítimas: 46 pessoas morreram e 93 sobreviveram. As armas de fogo foram usadas em 12 casos (48% do total) e geraram 35 mortes (76% do total). Outras armas, cortantes ou perfurantes, foram usados em 13 casos (52% do total) e causaram 11 mortes (24% do total).

“O estudo mostra que a disponibilidade de armas em residências favorece esse tipo de crime e aumenta a letalidade, colocando em evidência o quão crucial é o controle do acesso e do armazenamento dessas armas para redução da letalidade destes eventos, já que ferimentos com armas brancas e de pressão são menos graves e têm mais chances de defesa, socorro e recuperação da vítima”, afirma Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

Crimes praticados por homens
Só homens – adolescentes ou adultos – praticaram os crimes. As maiores parcelas são de alunos (57%) e ex-alunos (36%) das escolas atacadas. Em pelo menos dois casos o agressor estava havia meses sem ir às aulas e não foi praticada nenhuma providência de busca ativa, o que, segundo o estudo, contribui para o isolamento e radicalização desses estudantes ao ficarem longe do ambiente escolar.

Em pelo menos 20 dos 25 casos houve planejamento por semanas ou meses. No ataque desta segunda-feira em Cambé, a polícia encontrou com o agressor anotações sobre ataques em escolas, incluindo um de Suzano, em São Paulo.

“Este diagnóstico reforça tanto um diálogo entre os casos e os autores como reforça que há um prazo hábil para que funcionários, professores, alunos e pais possam notar mudanças de comportamento ou até atos preparatórios e consigam tomar medidas para intervir precocemente e prevenir os ataques”, registra o Instituto Sou da Paz. “É necessário estruturar e preparar a comunidade escolar para identificar os sinais antes dos ataques e agir com eficácia”, recomenda texto divulgado pela entidade nesta segunda-feira.

Estadão Conteúdo

Lula fica igual a Bolsonaro no Datafolha após 6 meses

Pesquisa Datafolha realizada de 12 a 14 de junho mostra que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está muito próxima, quase empatada  no limite da margem de erro, à da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro depois de 6 meses de governo. Dos entrevistados, 37% consideram o governo ótimo ou bom e 27% “ruim ou péssimo”. Outros 33% afirmam que a gestão do petista é regular.

Neste momento do mandato, Bolsonaro registrava 33% de aprovação e 33% de reprovação, o que fica próximo de um empate no limite na margem de erro.

A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e ouviu 2.010 pessoas em 112 municípios brasileiros de 12 a 14 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula tem uma ligeira vantagem numérica, mas do ponto de vista estatístico, é pouco para dizer que está realmente à frente das taxas de aprovação registradas por Bolsonaro depois de 6 meses no Palácio do Planalto.

Leia os números das pesquisas Datafolha sobere a a avaliação do governo Lula de março a junho deste ano:

  • de 29 a 30 de março – ótimo ou bom: 38%; ruim ou péssimo: 29%; regular: 30%;
  • de 12 a 14 de junho –  ótimo ou bom: 37% ; ruim ou péssimo: 27%; regular: 33%;

Apesar de haver uma perda dentro da margem de erro nas taxas de Lula de março a junho, o que a pesquisa do Datafolha indica é uma estabilização com leve viés de baixa. Aparentemente, os números relativamente positivios na economia – como inflação em queda, por exemplo – não foram suficientes para alavancar uma alta na aprovação do petista.

Comparando o desempenho de Lula com seu 1º mandato em 2003, o Datafolha mostra que o petista piorou. Eram 42% de “ótimo ou bom”, 43% de “ruim ou péssimo” e 11% o consideravam “regular”..

Em relação aos 6 meses de governo do 1º mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1995 (40% de ótimo/bom) e para a sucessora, Dilma Roussef (PT), em 2011 (49%, 38% e 10%), Lula também sai atrás.

Pose 360

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