Chuva no 2º semestre determinará risco de apagão no Brasil

O risco de um apagão no Brasil, como ocorreu em 2001, voltou a assombrar a população. E diante deste cenário, o volume das chuvas no segundo semestre deste ano vai indicar o que pode acontecer nos próximos meses, especialmente em 2022.

Especialistas que acompanham o setor garantem que o risco de uma nova interrupção é uma realidade, se chover abaixo do esperado no Brasil. O pesquisador sênior no núcleo de energia da Fundação Getulio Vargas (FGV), João Teles alerta para a possibilidade de o Brasil ingressar no próximo ano com um nível insuficiente.

Apagão em 2022?

“Decretar um racionamento durante uma estação seca é ineficaz, porque há pouco tempo para se economizar. Deve-se esperar as chuvas até fevereiro e, se a situação permanecer muito crítica, é possível recorrer pelo racionamento. Existe esse risco [de apagão] para 2022”, explica.

Já o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CIBE), Adriano Pires é outro a não descartar o apagão. “A gente sabe que o risco é muito grande. Talvez a primeira coisa que vai acontecer é o corte de carga, de uma ou duas horas, mediante à possibilidade de não existir capacidade para atender os picos de energia durante determinados dias quentes“, destaca.

ONS nega risco

Por fim, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pelo abastecimento de 99% da energia elétrica consumida no Brasil, diz que tem alertado a respeito da situação hídrica nacional desde o ano passado. Porém, nega risco de apagão neste ano.

“Estamos operando o sistema elétrico brasileiro num cenário desafiador e temos a certeza de que estamos conduzindo a operação de forma bastante segura e compatível com a demanda elétrica da sociedade brasileira“, analisa a ONS.

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