Com aval da Câmara, igrejas e templos religiosos entram para lista de serviço essencial em Petrolina

A insistência dos vereadores da Bancada Evangélica surtiu efeito e o projeto de lei que classifica as igrejas e templos religiosos como serviço essencial em Petrolina foi aprovado por 17×1. A votação aconteceu na manhã desta sexta-feira (27), de forma remota. Agora falta a sanção do prefeito Miguel Coelho (MDB) para a matéria se tornar lei.

LEIA TAMBÉM

Após críticas de representantes religiosos, Wenderson Batista rebate: “Eu não sou vereador de pastor”

Primeiro falaram os “cabeças” do projeto. “Sou adepto à liberação de forma responsável”, disse Ruy Wanderley (PSC), um dos primeiros a votar. O edil lembrou a celeuma que foi para a matéria entrar em votação e ressaltou que acima de tudo, é imprescindível o cumprimento do protocolo sanitário.

Apoio católico

Representante da igreja católica, Rodrigo Araújo (Republicanos) citou o bispo de Petrolina ao justificar seu voto. “Se o bispo fosse contra, eu não ia me posicionar. Concordo plenamente. A igreja é o local onde o pessoal que está procurando uma palavra de fé [procura]. Estou acompanhando com todo prazer a bancada evangélica“, afirmou.

Praticamente todos os membros da chamada Bancada Evangélica discursaram e foram favoráveis do projeto. Josivaldo Barros (PSC) citou algo importante. Apesar da votação na Casa, a decisão final é do prefeito Miguel Coelho (MDB). O prefeito Miguel Coelho vai se posicionar e seu Deus quiser, vai dar o ok“, relatou.

O evangelho fortalece a autoestima do cidadão“, lembrou Osinaldo Souza (MDB). Um dos autores da matéria, Diogo Hoffmann (PSC) reiterou que as igrejas e tempos estão sim cumprindo os protocolos e criticou os que desenham dos trabalhos prestados pelas entidades religiosas.

O divergente

Gilmar Santos (PT) destoou dos colegas e foi o único a votar contra. Na sua justificativa ele lembrou que o essencial no momento é a vida. E como vereadores, o interesse dos políticos da Casa não deve ser voltado a um grupo (evangélico) e sim ao povo. Para ele, o gesto da Câmara é eleitoreira. “Considerando que os senhores invadem o embate, os senhores deveriam dar uma estudada. Isso não encontra amparo nem na Constituição Federal“, afirmou.

Deixe um comentário