Comitê acusa Univasf de descaso com estudantes e trabalhadores terceirizados da instituição

(Foto: Arquivo)

O Comitê em Defesa dos Trabalhadores Terceirizados (CDT) enviou nota na tarde desta sexta-feira (9) ao blog Waldiney Passos acusando a Univasf de descaso em relação a estudantes e trabalhadores de uma empresa terceirizada chamada Terceirize Serviços que encerrou o contrato com a Universidade e está demitindo os funcionários, incluindo motoristas, sem pagamento dos direitos trabalhistas, segundo eles.

Os trabalhadores também reclamam que, durante a pandemia não tiveram direito a quarentena plena, tendo que ocupar seus postos mesmo que as aulas na UNIVASF não estivessem ocorrendo presencialmente. segundo comitê, foram enviados alguns e-mails para a reitoria com uma carta que solicitava alguns direitos mínimos para estes trabalhadores. Mesmo enviada mais de uma vez, até hoje não obtiveram resposta.

O grupo ameaçado de demissão, procurou o blog Waldiiney Passos e relatou a situação. Nossa produção enviou e-mail a Assessoria de Comunicação da Univasf no dia 1º de Outubro, que no mesmo dia nos respondeu informando que encaminharia nossa solicitação para o Setor de Apoio à Comunicação da Reitoria (SEAC), responsável pelo atendimento destas demandas. Até agora também não tivemos resposta.

Hoje (9), o Comitê em Defesa dos Trabalhadores Terceirizados (CDT) enviou a seguinte nota a imprensa.

Segue a íntegra do documento:

“O Comitê em Defesa dos (as) Trabalhadores (as) Terceirizados (as) (CDT) vem a público denunciar o descaso da gestão da reitoria da Univasf com os estudantes e trabalhadores da instituição, que alertavam para a ameaça, que hoje (09/10) se torna uma ação concreta com o fim do aviso de demissão aos motoristas da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

É sabido que desde o começo da pandemia os trabalhadores não tiveram direito a quarentena plena, tendo que ocupar seus postos mesmo que as aulas na UNIVASF não estivessem ocorrendo presencialmente. O comitê enviou alguns e-mails para a reitoria com uma carta que solicitava alguns direitos mínimos para estes trabalhadores. Mesmo enviada mais de uma vez, até hoje não obtivemos qualquer resposta.

A questão é que entre estes pontos, estava a manutenção destes empregos, para que nenhum trabalhador fosse demitido. A carta já previa o que agora é uma realidade: 8 motoristas da UNIVASF estão sendo demitidos em plena pandemia sem nenhuma justificativa plausível, um descaso com estes trabalhadores, que sempre são invisibilizados, mas que são essenciais para o funcionamento dessa universidade pública. Estes motoristas estavam rodando, pois além da rota entre esses campi havia também o turno do H.U. (Hospital Universitário).

Na sexta (02/10) foi denunciado na reunião do Conselho Universitário (CONUNI), ao qual até então, a reitoria que não tinha nos dado resposta alguma, se comprometeu a nos responder até terça-feira (06/10), entretanto até hoje esta resposta nunca chegou. Paralelo a isso, trabalhadores têm seus contracheques descontados de um salário que já é tão pouco e comprometido às contas mensais.

Se aproveitam do momento, da ausência física de estudantes e professores, para que covardemente e de forma velada, esses trabalhadores sejam jogados para escanteio enquanto precisam lidar com suas dificuldades diárias. Não estamos falando somente de oito motoristas, estamos falando de famílias, de trabalhadores que contribuíram e contribuem para uma Universidade que é de toda a comunidade do Vale do São Francisco.

Que exemplo e contribuição temos de uma Universidade que ignora seus alunos nos meios de comunicação institucionais, que ignora a realidade de seus trabalhadores? Tem uma gestão para atuar por nós e para o crescimento da nossa universidade ou para se enaltecer através de cargos que nada servem quando mais precisamos?! Nossa nota (anexada abaixo) foi assinada por algumas entidades da instituição e demais organizações.

Segue abaixo o print dos últimos e-mails que não foram respondidos, tal como a fala do vice-reitor se comprometendo a nos dar repostas.”

Atenciosamente,

Comitê em Defesa dos Terceirizados Univasf.

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