Covid-19 em 2021 será ainda pior, diz secretário de saúde da Bahia

Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde da Bahia. (Foto: Reprodução)

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas-Boas, deu uma declaração nada animadora sobre a Covid-19, nesta sexta-feira (18). Em entrevista a um jornal de Salvador, o gestor falou que em 2021 e pandemia do novo coronavírus será pior que em 2020. Ele disse também que, a previsão é de os números aumentem ainda mais com as festas de Natal e Réveillon.

“Tenho uma lamentável convicção que vai haver uma piora com o Natal e o Réveillon. Isso vai se expressar 15 dias depois, com o aumento da taxa de contágio, e um mês depois, com o aumento do número de óbitos. É inevitável. Muitas pessoas não vão deixar de visitar seus parentes, não vão deixar de fazer festas particulares. Muitas pessoas vão visitar sua vovozinha, sua tia, sua mãe, e vão, infelizmente, levar a doença. E elas irão morrer um mês depois”, previu Villas-Boas.

O secretário disse também que assim que a Anvisa liberar, a Bahia vai adquirir a vacina contra a Covid-19.

“Depende exclusivamente da Anvisa autorizar o uso emergencial das vacinas. A partir do momento que houver a autorização e que as vacinas chegarem ao país, nós temos a condição de montar a distribuição dentro de uma semana e iniciar. O problema é que nós só teremos no país as vacinas do Butantan, que já estão sendo envasadas, e a vacina russa Sputnik V, que será produzida no país a partir do dia 5 de janeiro. Só teremos essas duas vacinas para uso imediato assim que for feita a aprovação regulatória. As demais dependem de produção externa e importação para serem distribuídas. Existe um cronograma de quantidades de cada um dos fornecedores, que começarão a ser enviadas ao país a partir do mês de janeiro”, disse.

Fábio Villas-Boas também falou que levará um tempo para vacinar todas as pessoas, por isso que não for vacinado de imediato terá que continuar tomas os cuidados necessários para evitar contaminação.

“A previsão é que sejam quatro meses de vacinação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, dos mais idosos e dos mais frágeis e vulneráveis. Depois desses meses, começamos a vacinação das outras pessoas, que basicamente são as que têm menos de 60 anos e não possuem comorbidades. A vacinação desse grupo deverá ocorrer apenas em junho ou julho. Até lá, temos que manter todas as medidas de proteção. Ninguém está livre do risco, estamos vendo pessoas saudáveis morrerem. Precisamos manter todas as medidas de proteção até termos nossa população toda vacinada. O fato das pessoas com mais risco estarem vacinadas não significa que pessoas com menos risco vão deixar de morrer.”

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