Dados do IBGE revelam que a desigualdade salarial entre homens e mulheres pode chegar a quase R$ 1 mil no país

As mulheres gastam 10,5 h a mais que os homens em trabalhos domésticos. Por conta disso, a jornada total feminina por semana fica mais alta que a masculina, geralmente. (Foto: Ilustração)

Neste sábado (26), é comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, entretanto dados divulgados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que mulheres trabalham mais, com nível de escolaridade maior, mas a média salarial é menor que a dos homens.

Segundo os dados divulgados pelo o G1, as mulheres brasileiras enfrentam desigualdades em casa e, principalmente, no trabalho. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2015, a mais recente e completa, o rendimento médio dos brasileiros era de R$ 1.808, mas a média masculina era mais alta (R$ 2.012), e a feminina, mais baixa (R$ 1.522).

Apesar de a diferença nacional entre os sexos já ser alta (R$ 490), a situação fica ainda mais desigual a depender da região ou estado do país. A maior diferença é encontrada no Distrito Federal. Os homens ganham, em média, R$ 3.965, contra R$ 2.968 das mulheres – uma diferença de R$ 997.

Já o estado com os valores mais próximos é Roraima: R$ 1.684 para os homens e R$ 1.646 para as mulheres, uma diferença de R$ 38. Em nenhum estado, porém, o rendimento médio feminino é mais alto que o masculino.

“Norte e Nordeste têm salários menores e, com isso, a desigualdade é pequena, mas continua sendo desigualdade. Em regiões com salários mais altos e em centros urbanos, que têm maior concentração de empresa, a disparidade aumenta”, diz a pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cristiane Soares.

Tarefas de casa

De fato, os homens trabalham mais no trabalho principal que as mulheres – uma média de quase seis horas a mais por semana. Mas, na contrapartida, as mulheres gastam 10,5 horas a mais que os homens em trabalhos domésticos (lavando pratos, arrumando a casa, cuidando dos filhos, entre outros afazeres). Por conta disso, a jornada total feminina por semana fica mais alta que a masculina, geralmente.

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